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Conservação do solo no tabaco: aliando lucro do produtor à preservação dos recursos naturais



Há alguns anos o método mais frequente para a produção de tabaco era com o preparo das áreas por meio do revolvimento do solo, ou seja, através do preparo convencional, além do levante dos canteiros e/ou camaleões para o plantio das mudas. Segundo o Sindicato Interestadual da indústria do tabaco (Sinditabaco) houve uma redução de 83% para 35% na utilização deste tipo de preparo das lavouras na última década.

Além disso, a adoção do plantio direto nessas áreas aumentou de 17% para 65%, indicando um aspecto positivo no que diz respeito a conscientização da utilização de técnicas conservacionistas. Entre os aspectos positivos da adoção dessas técnicas cita-se a maior umidade do solo, muito importante em períodos de estiagem, e que ainda colabora na manutenção da temperatura ideal do solo, uma vez que a superfície não está exposta à radiação solar, mas está protegido sob a palhada.

Sobretudo, a palhada aumenta o teor de matéria orgânica e aporte de carbono do solo e ao introduzir uma cultura que aproveita os nutrientes deixados pela cultura antecessora, tem-se a reciclagem de nutrientes. Com isso, aumentase a fertilidade do solo e, consequentemente, o uso dos fertilizantes e corretivos pode ser otimizado, pois os nutrientes são perdidos em menor quantidade por lixiviação e no processo de erosão.

Com a presença de material vegetal há o aumento da atividade biológica que, associado com a presença de raízes no perfil do solo, reduz a compactação.

 
Fonte: Afubra

Essas melhorias nas características físicas, favorecem a infiltração e reposição da água no solo. Por fim, a redução do preparo do solo e utilização de maquinário, reduz o consumo de combustíveis, de fertilizantes e de mão de obra. O resultado imediato é a redução de custos de produção, trazendo maior lucro ao produtor.

Dessa maneira, percebe-se que a utilização de uma técnica contribui de diversas formas com o sistema de produção e que também são concomitantes e interligadas a outras. É importante salientar que a adoção dessas práticas depende da associação entre técnicos, produtores e pesquisadores, devendo-se manter essa relação.

Autora:

Mariana Miranda Wruck, acadêmica do 6º semestre de Agronomia e bolsista do grupo PET Agronomia — Universidade Federal de Santa Maria.

marianamwruck@gmail.com

(55) 99676–3285

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