Potencialidades do cultivo da canola no RS
A canola (Brassica napus L. e Brassica rapa L.) é a terceira oleaginosa mais produzida no Brasil, tendo o início de seu cultivo no estado do Rio Grande do Sul em 1974. No cenário mundial a intensificação de sua produção ocorreu a partir da Segunda Guerra Mundial, na demanda de lubrificantes advindos de óleos vegetais. Sendo que, o produto pode ser utilizado para produção de óleo de cozinha, biocombustível, lubrificantes, farelo para nutrição animal e até mesmo para melhor produção de mel – com a instalação de colmeias na lavoura na fase de floração.
A estatura média da planta é de 116 a 130 centímetros (cm), para tanto é recomendado a distância de 45 cm entre plantas na linha, a fim de obter 40 plantas/m² uniformemente distribuídas. A canola apresenta maior adaptabilidade em solos bem drenados, sendo que seu sistema radicular é mais profundo quando comparado com outros cultivos de safrinha.
Em relação à fertilidade, depende das características específicas do solo em questão. Entretanto, o ideal é que o solo tenha pH entre 5,5 e 6,0 e que apresente média a alta fertilidade.
Quanto a pragas e doenças, o maior inimigo é a canela-preta, originada pelo fungo Leptosphaeria maculans, a qual apresenta como sintomas feridas basais no caule, pequenas lesões cinza nas folhas e podridão radicular – caso uma lavoura tenha sido infectada com essa doença, recomenda-se não utilizá-la para o mesmo cultivo em um perímetro de 1km – além da doença esclerotínea e presença de pragas como os corós, os quais podem ser combatidos com pulverizações de produtos fitossanitários licenciados e indicados para a cultura.
A produtividade média no estado do RS subiu 30% para safra de 2016, chegando a 1.544 kg por hectare, esperando um aumento de mais 2,5% para safra de 2017, chegando a 1.552 kg por hectare, com um preço base de R$67,00 o saco de 60kg. O seu cultivo então, é uma boa alternativa socioeconômica, ao agregar renda aos produtores e beneficiar a rotação de culturas, principalmente com o trigo, melhora a qualidade do solo, e de todo o sistema produtivo , de acordo o especialista da Embrapa Dr. Gilberto Tomm.
Texto publicado no Jornal Integração Regional na sexta- feira dia 27 de outubro a 02 de novembro de 2017. Pg 4.
Gabriel Alberto Sans
Acadêmico do 4º semestre curso de Agronomia
Bolsista PET Agronomia
Universidade Federal de Santa Maria
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Foto: Diego A. Rizzatto