Ao tomar conhecimento de minha condição histórica, percebo os rastros de memória que me conectam com o presente. Nesse entrelace do que foi e o que é passado/presente), forma-se o emaranhado do tempo, ora vivido, ora vivo e também a viver. Consciente ou inconsciente. Novamente as tramas e tessituras fazendo-se presentes como trajetórias necessárias enquanto reminiscências e presenças. Ocupando o meu e os nossos espaços. Sempre o espaço e a natureza. O ar pedindo abrigo para ser visto como presença. Meus deslocamentos no Curso de Artes Visuais
sempre foram na busca de entrelaçamentos cognitivos que assumam, em mim, potência e leveza suficientes para multiplicarem-se. Mantendo-se flutuantes embora submersos no espaço. Lugar de aparente vazio, porém pleno de possibilidades e chamamentos. Feito oceano habitado e inabitado, faço dele o espaço natural para instalar meus (des)caminhos suspensos e submersos. Meus trajetos tecidos e tricotados feito armaduras prontas ao embate. Protetoras, porém, ansiosas e abertas ao conflito dialógico, à conversação dos olhares e reflexões dos outros (lugares?).