Em meu processo acadêmico e artístico, a UFSM se faz presente com suas possibilidades e com sua diversidade, permitindo a construção de uma trajetória, dentro da universidade, onde me reconstruí como pessoa e continuo em modificação. Neste trabalho em específico, a diversidade de pessoas e suas diferentes características, dentro do campus da UFSM, permitiu que este corpo queer fosse introduzido, de forma natural, no ambiente da Biblioteca Central, transitando entre livros, prateleiras, alunos e funcionários. O corpo que pode ser modificado pelo ambiente, aqui, torna-se o elemento de modificação. Usando acessórios como um vestível cerâmico, sapatos de salto e maquiagem, este corpo possui um deslocamento visual e de presença com a biblioteca, pois faz muito barulho devido à cerâmica e não possui uma imagem padrão, mas busca-se inserir, de maneira natural, relacionando-se com o ambiente. Nesta performance filmada e, posteriormente, exibida por uma televisão no mesmo corredor onde a ação ocorreu, foram possíveis diversas relações entre o espaço de trânsito do performer e de quem anda pela biblioteca.