Em primeiro lugar, praticamente toda a minha formação acadêmica aconteceu e acontece na UFSM, desde as graduações em Jornalismo, História e Artes Cênicas até o atual mestrado em Artes Visuais. Ou seja, são quase 20 anos da minha vida, dentre alguns hiatos, ligados diretamente à universidade. E, nessa história, pude construir uma narrativa, além de trajetórias poéticas, possíveis não somente pelas formações que realizei, mas também pelos encontros que vivi, pelas condições subjetivas e concretas que se impuseram ao longo do caminho e pela própria estrutura da UFSM. Foi na universidade onde pude realizar, por exemplo, experimentos radiofônicos e performativos ao vivo, na rádio UniFM 107.9; onde atuei e dirigi exercícios e espetáculos teatrais, no Centro de Artes e Letras e no Anfiteatro Caixa Preta; onde criei poéticas sonoras e visuais, no espaço do Campus Camobi; onde, enfim, pude aprender, desconstruir-me e reconstruir-me, ouvir e falar, exercer a pesquisa e a criação, com liberdade, afeto, acolhimento e empatia, para o mundo. Com a certeza de que sempre haverá o que ser feito, na época que for, sob as condições que se apresentarem, sejam elas as mais favoráveis ou não.