O Concurso Vestibular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) de 1974 foi um dos primeiros ofertados pela instituição e um dos que mais geraram polêmica. Uma denúncia feita por uma professora levou a uma investigação sobe uma suposta fraude nas provas e depois da confirmação da quebra de sigilo o concurso foi anulado e transferido. Acreditava-se que pelo menos 20% de todos os candidatos estavam envolvidos, além de dois funcionários da imprensa universitária e um estudante de Medicina, que foram enquadrados nos crimes de estelionato, quebra de sigilo administrativo, roubo e fraude. O inquérito apontou que as provas estavam sendo vendidas por um valor de 1500 a 3000 cruzeiros. A anulação por sua vez atingiu igualmente as doze extensões da UFSM, localizadas nas cidades de Livramento, Alegrete, Bagé, São Gabriel, São Borja, Santiago, Cruz Alta, Santa Cruz do Sul, Treze de Maio, Frederico Westphalen e Santo Ângelo.
Fotógrafo não identificado. Arquivo Fotográfico UFSM.1974.005.002.
Texto: Kátia Moreira, acadêmica do Curso de Jornalismo da UFSM.
Audiodescrição da imagem: Fotografia vertical em preto e branco, enquadrada levemente da direita para a esquerda, de um grupo de pessoas sentadas em cadeiras escolares. O canto inferior direito da imagem está mais claro. São aproximadamente 60 jovens na faixa etária entre dezoito e trinta anos, a maioria mulheres. Eles estão sentados, enquadrados dos joelhos para cima, com as cabeças abaixadas e expressões concentradas, lendo ou escrevendo em folhas de papel que estão em frente a eles. Vestem roupas casuais, como blusas, camisas e calças. Na primeira fileira, à esquerda, parte do corpo de uma mulher. Ao lado, um jovem sentado entre duas cadeiras com bolsas escuras em cima. Ele tem cabelo e barba escuros, veste camisa xadrez e segura com a mão direita um lápis e com a mão esquerda uma folha de papel. À direita na mesma fileira, uma jovem está sentada de pernas cruzadas e escreve em uma folha de papel. Na segunda fileira, atrás do homem da primeira,outro homem, com cabelos claros, veste camisa e calça claras, usa óculos e relógio no pulso esquerdo. As cadeiras estão organizadas uma ao lado da outra, em fileiras. São escuras, estofadas e com braço de apoio para material. Ao fundo, o encontro de duas paredes. À esquerda, uma parede larga dividida em duas partes, a de cima clara com duas caixas de som fixadas e a de baixo escura. à direita uma parede amadeirada, com uma porta larga aberta, por onde entra luminosidade e pode-se ver outro ambiente com janelas retangulares de vidro. Em frente à porta, a silhueta de um homem com as mãos na cintura. O teto é claro, com sancas e oito pequenas lâmpadas retangulares acesas.
Audiodescritora Roteirista: Isabel Motta.
Audiodescritora Consultora: Fernanda Taschetto