A Escolinha de Artes iniciou seu vínculo com a UFSM a partir de 1965, mas foi apenas em 1978 que se tornou órgão suplementar do Centro de Artes e Letras (CAL). Na década de 70 quando mudou-se para o Campus, a Associação Artístico Cultural Santamariense (ASAC), fundada para incentivar as artes, adquiriu uma Kombi para levar as crianças a Camobi. Foi denominada como Laboratório de Iniciação e Criatividade em Artes (LICA), e mantém relação com os cursos do CAL oferecendo estágio para o curso de licenciatura na área das Artes Visuais. Desde a sua criação oferece um espaço onde são realizadas atividades referentes às artes plásticas e teatro, desenvolvendo exposições e apresentações dos trabalhos das crianças. Por vários anos consecutivos, nas décadas de 70 e 80, Lia Maria Cechella Achutti exerceu o cargo de diretora da Escolinha.
Fotógrafo não identificado. Arquivo Fotográfico UFSM.1970.282.001.
Texto: Lidiane Castagna Gonçalves, acadêmica do 4° semestre do Curso de Desenho Industrial da UFSM.
Audiodescrição da imagem: Fotografia vertical em preto e branco de crianças pintando papéis no chão, ao ar livre, sob a supervisão de uma freira mais cinco homens e duas crianças maiores que as observam. Em primeiro plano, as crianças, na faixa etária de seis anos, sendo seis meninas e um menino, estão posicionadas em um trio a esquerda, um trio ao centro e uma menina sozinha e de costas a direita. As crianças dos trios estão de perfil direito, uma ao lado da outra, sendo a menina a frente do trio central a única que olha para a fotografia e esta agachada, pois as demais estão sentadas ao chão, todas vestem roupas de manga comprida, o menino veste calça, as meninas vestem saia ou vestido, uma delas com touca, outra com laço e ainda com dois elásticos de cabelo. A freira está junto às crianças, na metade direita da fotografia, em pé e de frente. Ela tem a pele clara, cabelos escuros, está com o olhar direcionado para a segunda menina do trio central, veste capuz e hábito de corpo escuro com colarinho claro, além de segurar ao braço esquerdo pelo menos dois casacos infantis. Logo após a freira e as crianças, os cinco homens estão em pé, de frente e ao largo da imagem, com expressões atentas as pinturas. Três deles estão a esquerda da freira, um deles está atrás dela, apenas com o rosto de pele escura e um chapéu claro de aba reta visíveis, e o quinto a direita. O homem da esquerda, de pele escura e chapéu na cabeça, veste um blazer escuro e aberto e tem as mãos nos bolsos da calça. O segundo homem tem pele escura, veste um chapéu escuro de aba pequena e reta e um blazer escuro abotoado apenas na altura da cintura, camisa clara e calça escura. O terceiro homem, mais jovem que os demais, na faixa etária de vinte e cinco anos, tem pele clara, cabelo curto, liso e escuro, veste terno com gravata escura e na mão esquerda segura livros. O quinto homem, tem pele escura, veste boina, jaqueta escura e fechada, bombacha clara e bota apenas no pé esquerdo, pois o direito está envolvido por gesso, apenas com a ponta dos dedos para fora, além de segurar uma pasta escura na mão esquerda. Um menino, pouco a frente do segundo e terceiro homens, na faixa etária de dez anos, está em pé, levemente voltado para a esquerda, com expressão de atenção às pinturas das crianças. Ele tem pele e cabelo escuro, veste jaqueta, e calça escuros, além de segurar, com as duas mãos, uma caixa de madeira escura, retangular em frente ao corpo, na altura da coxa. Outro menino, a direita do homem de bombacha, está em pé, de frente e levemente voltado para esquerda, na faixa etária de dez anos, com expressão corporal de quem caminha; tem pele escura, cabelo mediano e escuro, veste jaqueta, calça e tênis claros. Na extrema esquerda da imagem, ao lado dos homens, o ombro e a perna esquerda, de uma pessoa, em pé, vestindo calça e casaco escuros; enquanto na extrema direita, a frente das crianças, o ombro e braço direitos de uma criança, usando blusa xadrez. Bem ao fundo, ao largo da imagem, uma parede clara com seis janelas verticais de vidro e uma porta aberta entre elas. Entre os homens e a parede, a extrema esquerda, a parte de um canteiro com arbustos de um metro de altura e tom escuro. Após o canteiro, às costas do primeiro homem, a parte de um automóvel claro. Atrás do segundo homem, uma árvore mediana de tronco fino e folhagem escura próxima a primeira janela. Próximo a janela da extrema direita, entre o homem de bombacha e o menino, uma pessoa sentada em um banco, de costas para a imagem, vestindo roupa escura. E entre essa pessoa e a janela, um carro estacionado, com formas arredondadas e tom claro.
Audiodescritora roteirista: Cintia Pasa Lopes
Audiodescritor consultor: Cristian Sehnem