O artista plástico santa-mariense Eduardo Trevisan foi um grande pintor fotográfico e muralista e possui uma vasta obra espalhada pelo país e no exterior. Realizou uma série de painéis em prédios do Campus, sendo que um dos seus painéis mais famosos está localizado no Salão Imembuí, 2º andar do prédio da Administração Central. A Lenda de Imembuí foi pintado em 1976 e representa em imagens a fábula sobre a origem da cidade de Santa Maria. Retrata em diversos momentos a comunidade indígena, os bandeirantes e elementos da história da cidade, delineia as figuras de maneira realistas, destaca o corpo humano e a natureza. Através de linhas vigorosas e traços impactantes Eduardo Trevisan deixa, com sua pintura de cunho social e tradicionalista, um legado cultural importante para a cidade.
Fotógrafo não identificado. Arquivo Fotográfico UFSM.1995.044.0001.
Texto: Jaqueline Inês Both, acadêmica do 6º semestre do Curso de Arquivologia da UFSM.
Audiodescrição da imagem: Fotografia horizontal e colorida de uma parede coberta por imagens de pessoas e de farta vegetação, feitas em traços fortes, em tons de verde e marrom. Galhos e raízes de árvores interligam as imagens. A maioria das pessoas tem características indígenas, tais como: pele parda, cabelos escuros e lisos, olhos pequenos e amendoados, corpos com musculatura definida. Na parte superior da parede, três imagens. A primeira é de uma jovem indígena com cabelos castanhos claros, magra e nua. Está de perfil direito, com o quadril apoiado em uma pedra e o rosto inclinado para cima. Toca com a mão direita o rosto de um homem que está em pé, de perfil esquerdo, com os braços para trás do corpo contornando o tronco de uma árvore. Ele tem aproximadamente quarenta anos, pele e cabelos claros na altura dos ombros, é alto e magro. Veste uma camisa branca acinturada, comprida até o quadril, uma calça branca e bota marrom claras de canos longos. Olha atentamente para o rosto da jovem indígena. Do tronco que ele contorna com os braços, saem galhos e raízes que interligam algumas outras imagens. Ao fundo, no canto superior esquerdo o pôr do sol e vegetação de folhas grandes e verdes. A segunda imagem, ao centro, é de um homem em pé e de frente, e voltados para ele, uma mulher e um homem ajoelhados. O homem em pé tem aproximadamente cinquenta anos, tem cabelo castanho escuro e curto, veste túnica marrom escura. Está levemente curvado, com a mão esquerda acima da cabeça da mulher e a mão direita apontando para o céu. A mulher tem cabelo castanho escuro e liso até o meio das costas, veste túnica rosa claro e está descalça. O homem ao lado, tem cabelo castanho claro até o pescoço e veste túnica marrom claro. Em primeiro plano um galho vindo do tronco da primeira imagem, cruza horizontalmente na altura das costas da mulher e do homem ajoelhados. Ao fundo, distante, cerca de duas casas brancas e o horizonte com o pôr do sol. Na terceira imagem, um jovem indígena, com o corpo nu e com a perna esquerda flexionada sobre um tronco de árvore que está no chão. Está curvado e segura as patas dianteiras de uma onça que está deitada com a boca aberta e o dorso neste mesmo tronco. Deste tronco, saem galhos para as laterais que interligam outras imagens. Ao redor, troncos de árvores. Abaixo, no centro da parede, mais duas imagens. A primeira é de três jovens indígenas, dois homens e uma mulher, enquadrados da cintura para cima. Os homens estão de perfil direito e um deles tem o braço sobre os ombros do outro. Em frente à eles, a mulher, de perfil esquerdo, nua, com os cabelos longos e lisos, os observa. Os homens estão de costas para o tronco da primeira imagem da parte superior da parede, de onde sai um galho que passa por cima e a direita deles. Na segunda imagem, uma jovem indígena, está em pé. Tem cabelos escuros um pouco abaixo dos ombros, rosto inclinado para a esquerda e os olhos fechados, está coberta do pescoço para baixo por uma túnica larga de cor marrom claro. As mãos também estão cobertas e seguram em frente ao rosto, uma bandeja com objetos redondos dentro. Ao fundo, o tronco com a onça deitada de dorso da terceira imagem na parte superior da parede, e dele sai, um galho que passa em frente à esta jovem indígena na altura da cintura. Na parte inferior da parede, mais três imagens. Na primeira, um homem indígena, com cerca de trinta anos, está nu, de perfil direito, curvado, com as mãos em um tronco de árvore comprido que está no chão. Ao fundo, encontro com a primeira imagem da parte superior da parede. Na segunda imagem, uma mulher indígena sentada. Está nua até a cintura e Usa um pano longo na cor marrom escuro, sobre as pernas, deixando apenas à mostra a coxa, perna e pé esquerdos. Ela é magra, tem os cabelos escuros, longos, lisos e com franja. Olha com expressão séria para uma cumbuca alta em frente à ela, que segura com a mão esquerda. Com a mão direita, segura uma colher comprida de madeira acima da cumbuca. À esquerda, raízes do tronco da primeira imagem na parte superior da parede, e ao fundo, continuação do galho que passa em frente à jovem indígena da segunda imagem no centro da parede. Na terceira imagem, uma jovem mulher indígena e um homem. A mulher está de frente, com o quadril apoiado em uma pedra grande e as pernas voltadas para a esquerda. Ela é magra, tem os cabelos longos e lisos, está nua e inclina ligeiramente o rosto para a direita, próximo ao rosto do homem. Ele tem pele clara, cabelo castanho escuro, e barba preta. Usa uma faixa branca na testa e um chapéu preso atrás da cabeça. Veste camisa branca com manga dobrada até o cotovelo, calça branca e uma manta comprida verde. Está com a perna esquerda flexionada sobre a pedra, com o antebraço esquerdo sobre a coxa e olha para baixo. Atrás deles, um galho horizontal, vindo do tronco de árvore em que a onça está deitada de dorso. Perpendicular à parede com as imagens, uma parte do teto, feito com quadrados pequenos e brancos.
Audiodescritora roteirista: Cíntia Pasa Lopes
Audiodescritora consultora: Fernanda Taschetto