Em 1979 uma comissão formada por professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foi responsabilizada por tornar viável a implementação e funcionamento do seu Jardim Botânico (JBSM). Utilizando de verbas do curso de paisagismo, foi inaugurado em dezembro de 1981 em uma cerimônia presidida pelo Reitor Derblay Galvão. Um ano antes de sua inauguração foram plantadas 1680 mudas de 120 espécies, predominando plantas nativas e medicinais, que seriam utilizadas em aulas práticas dos cursos de farmácia e bioquímica, e futuramente utilizadas para pesquisas em cursos como Agronomia, Engenharia Florestal e Ciências Biológicas.
Um dos seus objetivos é constituir-se um local didático a fim de criar uma consciência ecológica e aproximar a juventude, formar uma reserva de todas as espécies nativas, e caracterizar-se como um repositório de espécies raras ou em extinção.
Até o ano de 1982 ocupava apenas três dos 13 hectares destinados as JBSM com 1800 mudas de 135 espécies e torna-se um órgão suplementar do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE). Na metade do mesmo ano o Prof. Santo Masiero do Departamento de Biologia (CCNE), um dos grandes idealizadores do JBSM, fez uma visita a Porto Alegre aumentando o catalogo em 78 espécies, das quais 54 não existiam no JBSM. Posteriormente buscou mil mudas pertencentes a cem espécies e também obteve arvores frutíferas nativas, com intuito de alimentar a fauna do jardim. Assim no final deste ano o JBSM totalizava 3325 mudas de 250 espécies vegetais diferentes.
Atualmente atua no Jardim Botânico um Grupo de Educação Ambiental, o qual realiza a recepção de visitantes e auxilia na organização de oficinas de Educação Ambiental, dentre elas: Cultivo de Espécies Arbóreas Nativas; Bioconstrução com Bambu; Plantas Medicinais; Compostagem e Vermicompostagem; Fontes Renováveis de Energia.
Fotógraf: Rubens Gadêa. Arquivo Fotográfico UFSM.1981.364.001.
Texto: Vágner Fabris, acadêmico do 5° semestre do Curso de História da UFSM.
Audiodescrição da imagem: Fotografia horizontal, em preto e branco, de homem agachado ao lado de uma muda de árvore plantada sob o olhar de três adultos e cinco crianças em dia ensolarado. Eles formam um semicírculo em torno da muda, com uma mulher, duas meninas e dois meninos à esquerda e um homem jovem, uma mulher loira e outro menino à direita. Todos têm pele clara, cabelos curtos e ocupam toda a largura da foto. Ao centro, o homem agachado, de lado, virado à direita, olha para a mão direita, espalmada na terra ao lado da muda, e segura a escora e o caule com a mão esquerda na altura do joelho. Ele é calvo na parte central da cabeça, tem cabelos e veste roupa clara de manga longa. A muda tem cerca de dois metros, está inclinada à esquerda, acima da cabeça do homem, tem poucas folhas e está fixada em terra escura entre terreno gramado. À esquerda do homem, mais à frente, um menino agachado, sorri, e olha à esquerda, com a mão direita perto da terra. Ele tem cabelo preto, brilhoso, usa franja, camiseta clara e calças escuras. Atrás dele, as meninas e o menino com camiseta e shorts, e mais atrás, a mulher com cabelo ondulado alto, óculos escuros, camisa e calça claras e bolsa escura. Elas observam as mãos do homem. À direita da muda, o homem jovem, agachado, de frente, com a cabeça virada à esquerda, olha para baixo em direção à muda. Ele tem cabelo escuro, veste camisa clara e calça escura. À direita, em frente ao primeiro homem, a mulher loira, em pé, de lado, virada à esquerda, com o corpo inclinado à frente, mão direita sobre o cabo de uma pá de corte cravada no chão próximo à muda, observa o primeiro homem. Ela veste blusa e calças claras e tem no punho as alças de uma grande bolsa quadrada com listras em zigue-zague. Atrás da mulher, o outro menino, de frente, com o rosto encoberto por ela. Ao fundo, tela com postes de concreto, veículos, arbustos, morros, poste de energia com fios e céu claro. No chão, grama.
Comissão de Audiodescrição da UFSM.