Em 1948 José Mariano da Rocha Filho convocou integrantes que participavam do movimento Pró-criação da Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas de Santa Maria, para se unirem a ele na Campanha Pró-Faculdade de Farmácia. A criação de uma entidade que incentivasse o crescimento do ensino superior em Santa Maria foi proposta pelo reitor na primeira reunião.
Em março do mesmo ano foi aprovado em assembléia o estatuto que orientaria a Associação Santamariense Pró Ensino Superior (ASPES), tendo como primeiro presidente o reitor da UFSM. Entre os membros do conselho deliberativo estavam o prefeito da cidade, presidente da câmara de vereadores, juiz de direito, generais, bispos católicos e diretores dos centros de ensino.
No início da década de 60 iniciou-se a construção de forno e galpões da olaria da ASPES, para produzir tijolos maciços para a obra do Centro Politécnico, sendo logo necessário a construção da segunda olaria. Na continuidade das obras da cidade universitária era imprescindível a instalação de uma marcenaria com dois pavilhões e máquinas necessárias para a confecção de marcos e portas de madeira e móveis. Também foi instalada uma serralheria para produzir esquadrias de ferro. A marcenaria e a serralheria também participavam da Ação Cívico-Social (ACISO) onde profissionalizavam soldados e civis do exército, influenciando na criação da Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (FUNDAE), e empregava mais de 140 trabalhadores.
Outras ações da ASPES incluem a importação da Alemanha das primeiras máquinas da gráfica, doação dos primeiros transportes internos para deslocamento e a criação de uma pedreira. O convênio celebrado entre a ASPES e a universidade determinava que a associação doasse espaço necessário para a instalação dos prédios.
Fotógrafo não identificado. Arquivo Fotográfico UFSM.1968.025.001.
Texto: Kátia Moreira, Acadêmica do 5° semestre do Curso de Jornalismo da UFSM.
Audiodescrição da imagem: Fotografia quadrada, em preto e branco, de quatro homens dentro de um galpão amplo com esquadrias, bancadas, equipamentos e vergalhões. Na parte superior, o telhado escuro preso às paredes claras, com vigas metálicas em forma de arcos. Distribuídos na parte central, os homens em pé, de cabelos curtos e escuros, calças jeans desbotadas, com exceção de um, e chinelos de dedos. À esquerda, na parte mais iluminada da foto, dois deles manuseiam uma esquadria retangular de metal escuro deitada sobre dois cavaletes de madeira. A esquadria possui três retângulos verticais, articulados, dispostos lado a lado, fixados da esquerda ao centro. O primeiro homem está de frente, atrás da esquadria. É moreno e usa camisa branca de mangas curtas. Segura os retângulos articulados quase na vertical, sorri e olha para a direita, em direção ao outro homem, que está de costas, inclinado à esquerda, no lado oposto da bancada. Ele tem a pele clara e veste regata branca e avental escuro sobre a roupa. Segura e olha uma serra paralelamente à borda da esquadria. No chão, logo no final da bancada, um amontoado de vergalhões com uma dobra em forma de gancho numa das extremidades. Ao lado, outro homem, de frente, atrás de uma bigorna apoiada sobre um pedaço de tronco grosso. Ele é moreno, usa chapéu escuro com abas viradas para cima, camiseta de manga curta e calças escuras. Em uma das mãos segura uma marreta e com a outra sustenta um vergalhão preso à bigorna. Atrás dos vergalhões, ao fundo e à direita de outra bancada, um homem negro, de frente, com camiseta branca, calça com a barra dobrada até o joelho e um avental escuro, manuseia outro equipamento. À direita, um móvel de madeira quadrado, um cavalete e uma esquadria preta em pé. No piso, à esquerda, uma balança mecânica, escrito na lateral, em branco, 570 kg. Ao centro, quatro esquadrias iguais, empilhadas, com sete retângulos verticais articulados, lado a lado. Ao fundo, paredes de tijolo aparente com três grandes janelas basculantes e dois armários de madeira.
Comissão de Audiodescrição da UFSM.