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Projeto Retalhos da Memória de Santa Maria – artigo 019 O Primeiro Coral Universitário de Santa Maria



Fotografia em preto e branco e formato paisagem de um ambiente interno com aproximadamente 70 coralistas sob a regência de uma mulher. O coral está posicionado na horizontal, sobre degraus, em uma perspectiva que forma um triângulo que afunila da esquerda para a direita. Os coralistas vestem camisetas brancas, calças de diversos tons e sapatos escuros. A maioria tem pele clara, cabelos escuros e são mulheres. Ao centro, na primeira fila, uma delas segura um pandeiro na mão direita com o braço esticado para baixo. Ao lado, à direita, outra coralista abraça um tambor embaixo do braço esquerdo e espalma o couro do tambor com a mão direita. A próxima tem cabelos claros abaixo dos ombros. Entre elas, na segunda fila, o rosto de uma mulher de pele negra, com cabelo crespo e volumoso. De frente para os coralistas e levemente voltada para a esquerda, a regente, de pele e cabelos claros, com um coque farto, vestido estampado e mãos esticadas na altura do rosto. Ela encobre os participantes da direita, dos quais se vê apenas a última coralista. À direita, um ventilador de pedestal. Ao fundo do coral, cortinas altas de cor clara e frisos verticais do teto ao chão. Os degraus são claros e o piso é escuro.

No segundo semestre de 1964 alunos e professores da UFSM, além de pessoas da comunidade santa-mariense – 30 vozes, passaram a integrar o coral da Faculdade de Belas Artes – atual Centro de Artes e Letras da UFSM, fundada pela docente Anna Maria Molz. Em 1971 uma portaria do Reitor incumbiu a profa. Molz de formar e reger um coral na universidade. Após teste de voz com 120 interessados, o coral iniciou suas atividades com 90 cantores, entre alunos professores e funcionários. O primeiro uniforme, recebido da Reitoria, era um pala verde com franjas rosa com a marca da UFSM no peito.

A partir da década de 80 até 1993, Zobeida Prestes – aluna de Música e participante do coral desde 1972 – passou a reger o grupo. As duas foram peças fundamentais na construção da história do coral, desenvolveram inúmeras atividades, promoveram cursos de regência para músicos e regentes de Santa Maria, utilizando o coral como laboratório e transformando-o em uma escola de formação de regentes.

Nos primeiros anos o coral já era presença ativa em apresentações, recepções, festivais internacionais e universitários, visitas ilustres de governos da América do Sul e países como a Alemanha e Estados Unidos. Representou o Brasil no Primeiro Encontro Internacional de Corais Universitários em 1992, na Espanha, classificado como um dos quatro melhores corais.

Destaca-se a gravação de um disco de vinil, juntamente com a banda sinfônica do corpo de bombeiros no Rio de Janeiro, em 1972, e mais recentemente prestou homenagem às 242 vítimas do incêndio na boate Kiss (2013). O Coral da UFSM transformou-se em um símbolo para a UFSM e também para Santa Maria.

Fotógrafo não identificado. Arquivo Fotográfico UFSM.1971.290.001.

Texto: Kátia Moreira, Acadêmica do 4° semestre do curso de Jornalismo da UFSM.

Audiodescrição da imagem: Fotografia em preto e branco e formato paisagem de um ambiente interno com aproximadamente 70 coralistas sob a regência de uma mulher. O coral está posicionado na horizontal, sobre degraus, em uma perspectiva que forma um triângulo que afunila da esquerda para a direita. Os coralistas vestem camisetas brancas, calças de diversos tons e sapatos escuros. A maioria tem pele clara, cabelos escuros e são mulheres. Ao centro, na primeira fila, uma delas segura um pandeiro na mão direita com o braço esticado para baixo. Ao lado, à direita, outra coralista abraça um tambor embaixo do braço esquerdo e espalma o couro do tambor com a mão direita. A próxima tem cabelos claros abaixo dos ombros. Entre elas, na segunda fila, o rosto de uma mulher de pele negra, com cabelo crespo e volumoso. De frente para os coralistas e levemente voltada para a esquerda, a regente, de pele e cabelos claros, com um coque farto, vestido estampado e mãos esticadas na altura do rosto. Ela encobre os participantes da direita, dos quais se vê apenas a última coralista. À direita, um ventilador de pedestal. Ao fundo do coral, cortinas altas de cor clara e frisos verticais do teto ao chão. Os degraus são claros e o piso é escuro.

Comissão de Audiodescrição da UFSM.

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