No dia 23 de abril de 1908, deu-se a chegada em Silveira Martins da Congregação do Imaculado Coração de Maria, em um número de quatro irmãs: Madre Irmã Maria Cecília de São Luiza Gonzaga (Luiza Seffner), Irmã Maria Cristina do Coração de Maria (Maria Klein), Irmã Maria Modesta de Santo Afonso (Maria Bortolotto) e Irmã Maria Wendelina do Perpétuo Socorro (Anna Maria Rudell)
Essa vinda aconteceu a pedido do então Padre Palotino Frederico Schiwnn, pároco do lugar. Surgiu assim o Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho: uma escola que foi o divisor de águas em Silveira Martins. A cidade era uma antes e tornou-se outra depois do advento desse educandário. Com o ingresso anual de um número médio de 200 alunos, vindos em sua grande parte da região da fronteira do estado, Silveira Martins cresceu e desenvolveu-se.
Surgiram quatro hotéis para dar conta da demanda de familiares que vinham visitar as filhas e filhos matriculados na escola. Silveira Martins passou a se destacar por sua importância no turismo, pelas suas belezas naturais, e na educação, pelo alto conceito que, na época, o Colégio Bom Conselho adquiriu em todo o estado.
A escola, além do ensino regular, oferecia aulas de música, bordado, corte e costura, pintura, datilografia, entre outras atividades. O curso de datilografia foi o primeiro do interior do estado, sob a tutela da Remington e validado em todo país. Foi ponto de encontro da comunidade: reuniões, palestras, exposições e eventos importantes da cidade frequentemente aconteciam em seu espaço físico. O Bom Conselho, que sempre deteve o protagonismo em nossa cidade, é, sem dúvida, uma das escolas mais antigas e importantes do Rio Grande do Sul. O slogan da escola define bem a sua importância: “Sou BC de coração”.
Texto: Prof. Rodrigo M. Savegnago (07 de dezembro de 2019)