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Solos do Rio Grande do Sul

O Estado do Rio Grande do Sul apresenta 5 grandes regiões fisiográficas (condicionadas por especificidades geomorfológicas e climáticas), as quais afetam a formação e a distribuição dos solos no estado. Por isso, as diferentes unidades de solos do RS são separadas abaixo pela região de ocorrência.

Observação: Os dados dos perfis de solos foram extraídos do Relatório do Levantamento de Reconhecimento de Solos do RS (Boletim técnico nº 30 – BRASIL, 1973), enquanto as imagens foram cedidas pelos professores Fabrício Pedron (UFSM) e Ricardo Dalmolin (UFSM), por isso, pode não haver a equivalência na sequência e profundidade dos horizontes.

Links relacionados:

Solos da Depressão Central

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho Distófico arênico.

Caracterização geral: Esta unidade de mapeamento caracteriza-se por apresentar solos profundos, avermelhados textura superficial arenosa, friáveis e bem drenados. São solos ácidos, com saturação por bases baixa (menos de 35% no horizonte A) e média (ao redor de 45% no horizonte B) e pobres em matéria orgânica e na maioria dos nutrientes. Apresentam sequência de horizontes A-B-C ou A-E-B-C bem diferenciados.

Variações e inclusões: Como variações, tem-se perfis de solos com horizonte A mais leve (arenoso) e perfis com transição abrupta para o horizonte B. Também é comum a presença de horizonte E no perfil. Como inclusões, tem-se a ocorrência em cerca de 20% da área de solos hidromórficos indiscriminados, principalmente Gleissolos. Também pequena ocorrência de perfis de solos da unidade Santa Maria (Argissolo Bruno-Acinzentado).

Uso potencial: As principais limitações dizem respeito a fertilidade natural que é baixa, susceptibilidade a erosão e baixa capacidade de retenção de umidade. Podem ser cultivados com culturas anuais e mecanizados sem maiores problemas, mas necessitando adubação e correções maciças, bem como práticas de conservação do solo e da água. Quando possível o solo deve ser manejado de forma a aumentar o teor de matéria orgânica, a fim de melhorar suas propriedades físicas e químicas. Utilização destes solos com culturas perenes ou pastagens cultivadas é bastante recomendável. O melhoramento dos campos através da limpeza, manejo adequado, adubação e correção traz bons resultados.

Distribuição geográfica: Ocorre nos municípios de São Pedro do Sul, Santa Maria, Restinga Seca, Formigueiro, Jaguari, General Vargas, Cacequi, São Gabriel, São Francisco de Assis, Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Santana do Livramento e Rosário do Sul.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos arenosos pobres em matéria orgânica e nutrientes).

Erosão: Moderada a forte (solos arenosos com gradiente textural elevado em relevo declivoso).

Falta de água: Moderada (solos com baixa capacidade de retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos bem drenados e muito porosos).

Mecanização: Ligeira (limitações associadas à solos hidromórficos associados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A10-250,90,80,080,031,12,55,43338
A225-651,20,50,050,031,02,95,73236
BA65-1003,10,90,050,041,04,19,24520
Bt1100-1303,21,20,100,141,33,79,64822
Bt2130-1602,01,20,060,031,73,28,24034
Bt3160-210+2,10,70,060,031,92,57,34040

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
6,943030012015080470,80
6,9460320100120100170,83
6,0340260110290180380,38
6,8300240110350270230,31
5,2290270120320270160,38
4,026027012035010970,34

 

Classificação (SiBCS): Argissolo Bruno-Acinzentado Ta Alumínico típico.

Caracterização geral: Esta unidade de mapeamento caracteriza-se por apresentar solos medianamente profundos, com cores bruno acinzentadas e textura arenosa no horizonte A e cores bruno amareladas ou bruno acinzentadas e textura média no horizonte B. São friáveis e imperfeitamente drenados. São solos ácidos, com saturação por bases baixa nos horizontes superficiais, aumentando em profundidade. Apresentam sequência de horizontes A-B-C ou A-E-B-C bem diferenciados. Ocorrem em relevo suave ondulado e são derivados de siltitos e arenitos. Os perfis derivados de siltitos, geralmente, são menos profundos e mais argilosos, com maior restrição à drenagem.

Variações e inclusões: Como variações, tem-se perfis de solos com horizonte A mais leve (arenoso) e mais profundos. Também aparecem perfis com transição abrupta para o horizonte B e com presença de horizonte E. Como inclusões, tem-se a ocorrência em cerca de 20% da área de solos hidromórficos indiscriminados, principalmente Planossolos da unidade Vacacaí e Gleissolos. Também pequena ocorrência de perfis de Neossolos Litólicos, onde o horizonte A assenta diretamente sobre o arenito.

Uso potencial: As principais limitações dizem respeito a fertilidade natural que é baixa, susceptibilidade a erosão e ao frequente excesso de umidade (drenagem imperfeita). Podem ser cultivados com culturas anuais e mecanizados sem maiores problemas, mas necessitando adubação e correções maciças, bem como práticas de conservação do solo e da água. Quando possível o solo deve ser manejado de forma a aumentar o teor de matéria orgânica, a fim de melhorar suas propriedades físicas e químicas. Utilização destes solos com culturas perenes ou pastagens cultivadas é bastante recomendável.

Distribuição geográfica: Ocorre nos municípios de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Rio Pardo, Candelária, Cachoeira do Sul, Restinga Seca, São Sepé, São Gabriel, São Pedro do Sul, Santa Maria, Formigueiro, Jaguari, General Câmara, Cacequi, São Francisco de Assis, Mata, Rosário do Sul, Santana do Livramento, São Vicente do Sul, Dona Francisca, Nova Palma e Faxinal do Soturno.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (solos ácidos com baixa saturação por bases).

Erosão: Moderada a forte (solos arenosos com gradiente textural elevado em relevo declivoso).

Falta de água: Moderada (solos com capacidade moderada de retenção de água).

Falta de ar: Moderada (solos imperfeitamente drenados).

Mecanização: Moderada (devido a drenagem interna do solo e a presença de voçorocas).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A10-203,40,80,100,062,25,612,13528
A220-402,80,50,060,063,25,411,42637
Bt140-554,30,60,060,116,23,815,03461
Bt255-7512,71,50,070,254,92,422,35564
C75-11517,42,20,080,350,40,821,3943
           

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
16,724032030014030792,14
12,025031028015040721,84
6,42102303302300981,47
5,42013063022001002,68
1,62017072010001007,20
        

Classificação (SiBCS): Planossolo Háplico Eutrófico arênico.

Caracterização geral: Predominam solos mal a imperfeitamente drenados, onde ocorrem processos de redução, com o desenvolvimento no perfil de cores cinzentas, características da gleização. Além destas cores, apresentam mosqueados de várias tonalidades, principalmente, nos horizontes inferiores onde a presença da água é mais marcante. Apresentam as seguintes características bem evidentes: Presença de horizontes glei; transição abrupta entre A e B; presença de horizonte E, mais leve, de eluviação máxima, e horizonte B, de textura média a argilosa, com estrutura prismática fortemen­te desenvolvida. A sequência típica de horizontes é A, E, B e C. São solos derivados de sedimentos aluviais recentes e ocorrem em relevo plano a suave ondulado.

Variações e inclusões: As principais variações desta unidade de solo dizem respeito à presença e espessura do horizonte E, ao horizonte superficial mais claro com teores menores de matéria or­gânica, à perfis mais pesados e mais férteis. As principais inclusões são os Gleissolos Háplicos ou Melânicos nas partes mais abaciadas do relevo e os Neossolos Quartzarênicos, principalmente ao longo dos rios.

Uso potencial: A melhor utilização para estes solos é para pastagem em rotação com arroz irrigado. Os campos em geral são de regular ou boa qualidade. Pode ser feito seu melhoramento por meio de limpeza, adubação e introdução de espécies de crescimento hibernal, ou mesmo, pastagens cultivadas em locais de campo mais pobres. Nos últimos anos, em áreas onde a drenagem eficiente é possível, essas áreas estão sendo utilizadas para o cultivo da soja, principalmente em rotação com o arroz irrigado.

Distribuição geográfica: Ocorrem nas várzeas ao longo de praticamente todos os rios da Depressão Central e alguns do Escudo Cristalino e da Campanha. Também estão presentes na porção central do Litoral gaúcho.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada a forte (solos ácidos com baixa saturação por bases).

Erosão: Nula (ocorrem em relevo plano).

Falta de água: Ligeira (quando drenados a irrigação torna-se importante).

Falta de ar: Moderada.

Mecanização: Moderada (solos frequentemente encharcados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A10-300,70,60,060,091,73,36,52353
A230-450,50,50,030,091,41,73,71670
E145-600,30,30,020,050,61,22,21860
E260-700,50,50,020,060,30,71,63833
Btg70-1207,52,60,130,521,32,915,07211
Cg120-200+14,04,70,140,6701,920,5950

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
7,421043026010040602,60
2,52104302808010873,50
1,42104602904001007,25
0,0721045032020010016,00
0,24130310220340180470,64
0,0570250380300270101,26

Classificação (SiBCS): Planossolo Háplico Eutrófico típico

Caracterização geralPredominam solos medianamente profundos, imperfeitamente drenados, com cores bruno e acinzentadas nos horizontes super­ficiais e amareladas nos mais profundos. Normalmente são solos que apresentam teores elevados da fração silte e argilas expansivas, apresentando plasticidade e pegajosidade. São solos derivados de siltitos em relevo suave ondulado a ondulado.

Variações e inclusões: As principais variações destes solos são relativas a espessura do horizonte A que pode ser maior e a textura que pode apresentar menores teores da fração silte. Podem ocorrer também perfil que apresentam teores elevados de sódio nos horizon­tes B e C. Como inclusões têm-se solos hidromórficos, em cerca de 20% da área da unidade, ocupando as depressões e partes mais baixas do relevo.

Uso potencial: Como na maioria dos solos onde predominam argilas expansivas, as condi­ções de drenagem e as más propriedades físicas são as maiores limitações à utili­zação agrícola. Normalmente são solos com boa fertilidade natural, apresentando, entretanto, teores baixos de fósforo disponível. Quando cultivados requerem, além da adubação, especialmente a fosfatada, práticas de conservação do solo e da água (terraceamento, plantio direto, rotação de culturas e cultivo em nível), pois são solos muito susceptíveis à erosão em voçorocas. Conforme foi visto, são solos difíceis de trabalhar, tornando-se plásticos e pegajosos quando molhados. Em épocas chuvosas a mecanização se torna difícil, atrasando, ou mesmo em casos extremos, impedindo o plantio, principalmente, das culturas de inverno.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de São Gabriel, São Sepé, Dom Pedrito, Cachoeira do Sul, Encruzilhada do Sul, Rio Pardo e Formigueiro.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (solos com boa saturação por bases, mas com deficiência de fósforo).

Erosão: Ligeira a moderada (solos suscetíveis a erosão, com presença de voçorocas).

Falta de água: Ligeira a moderada (apesar dos solos retêrem bastante água, ocorrem períodos de secos na região).

Falta de ar: Moderada (solos pouco porosos, pesados e imperfeitamente drenados).

Mecanização: Moderada (drenagem e elevado grau de consistência do solo).

            Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-205,39,50,350,222,94,222,56816
Btg20-4012,99,60,270,944,15,032,87215
BC40-5519,414,70,371,212,02,640,3895
C55-6820,218,50,481,321,32,344,1923
R68-130+26,324,80,511,651,13,858,2922

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
14,07040540350220371,54
12,92010290680440350,42
4,9100410580400310,70
2,600500500360281,00
1,22010510460350241,10

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho Distrófico típico.

Caracterização geral: Esta unidade é constituída por solos profundos, podzolizados, bem drenados, de coloração avermelhada, textura franca no horizonte A e argilosa no B, sendo desenvolvidos a partir de argilitos e siltitos, em relevo ondulado. Quimicamente, são solos moderadamente ácidos, com saturação por bases média (variando de 40 a 56%) e, relativamente pobres em nutrientes, principalmente em fósforo. A sequência de horizontes é A, B e C.

Variações e inclusões: Apresentam algumas variações, principalmente, em locais mais influencia­dos por condições de umidade, com a ocorrência de perfis com cores mais acin­zentadas e amareladas. Ocorrem também alguns solos com textura superficial mais leve, constituindo já uma transição para os solos da unidade Rio Pardo. Como inclusões, tem-se: Em 5% da área solos da unidade São Gabriel; Outros 5% da área são encontrados com solos das unidades Rio Pardo e Cerrito e também, em algumas áreas é encontrada pequena incidência de solos hidromórficos.

Uso potencial: Os solos desta unidade de mapeamento, tem ótimas condições para o desenvolvi­mento de uma agricultura produtiva. Não apresentam limitações ao uso de implementos agrícolas, o que pro­picia boas condições para o seu aproveitamento em grandes lavouras mecani­zadas. Sua principal limitação diz respeito à fertilidade natural, pois são solos relativamente pobres, necessitando adubação e calagem. Por isso são solos que apresentam elevado potencial para o cultivo anual de grãos, desde que respeitadas as práticas conservacionistas do solo, tais como plantio direto, terraceamento, cultivo em nível, etc.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de São Gabriel, São Sepé, Encruzilhada do Sul, Butia, Rio Pardo, Cachoeira do Sul e Pinheiro Machado.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (apresentam deficiência, principalmente, de fósforo e potássio).

Erosão: Ligeira a moderada (necessitam de práticas de controle da erosão).

Falta de água: Ligeira (devida a períodos de seca).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira.

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A10-401,91,10,330,041,14,38,83924
A240-702,01,10,070,041,95,410,53037
B170-1102,91,50,050,052,63,710,84237
B211-1552,01,60,040,052,02,38,04635
B3155-2301,61,80,040,041,82,07,34834
C230-300+1,21,70,050,031,82,06,94438

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
10,0250200220230100570,96
9,1200160320320230281,00
7,0130110240520360310,46
3,812014026048040910,54
2,213012030045001000,67
1,817014027042001000,64

Classificação (SiBCS): Latossolo Vermelho Distrófico argissólico.

Caracterização geralEsta unidade é constituída por solos profundos de colora­ção avermelhada, de textura média no horizonte A e argilosos no B e bem drenados. Ocorrem em relevo ondulado, derivados de arenito. Quimicamente são solos ácidos, com saturação por bases baixa (decrescendo com a profundidade) e pobres em nutrientes e matéria orgânica. Apresentam sequência de horizontes A, B e C.

Variações e inclusões: Em cerca de 20% da área da unidade, são encontrados Neossolos sobre arenitos e em 5% da área, afloramentos de rochas.

Uso potencial: São solos com boas propriedades físicas. As principais limitações dizem respeito à fertilidade natural, susceptibilidade a erosão e impedimentos ao uso de implementos. Estas condições podem ser melhoradas com o emprego de práticas conservacionistas do solo (plantio direto, terraceamento, cultivo em nível, etc.), adubação corretiva para fósforo e potássio e adubação de ma­nutenção. Uma vez corrigidas as deficiências estes solos podem ser satisfatoriamente utilizados para a produção de culturas anuais e perenes.

Distribuição geográfica: Ocorrem no município de São Sepé.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada a forte (solos pobres em nutrientes e matéria orgânica).

Erosão: Moderada a forte (solos de textura média em relevo ondulado).

Falta de água: Moderada (devido a períodos de secas na região).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Moderada (devido a afloramentos rochosos e Neossolos Litólicos associados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-351,00,80,040,051,62,86,33046
AB35-600,90,50,030,032,12,35,92558
BA60-940,80,40,030,042,41,95,692365
B194-1360,70,40,050,042,52,25,92068
B2136-10700,90,90,030,032,51,95,41971

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
8,5230360190220120450,86
6,0190340180290190340,62
4,317029019035020940,54
2,221023016040001000,40
6,814031017038001000,45

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho Alumínico abrúptico.

Caracterização geral: Predominam nesta unidade solos profundos de coloração bruno e vermelha, arenosos, porosos e bem drenados. Quimicamente são ácidos com saturação por bases baixas, pobres em nu­trientes e matéria orgânica. Apresentam elevado grau de argiluviação, e sequência de horizontes A, B e C. Ocorrem em relevo ondulado a forte ondulado e são derivados de arenito.

Variações e inclusões: Existem perfis com menor grau de argiluviação que o perfil modal, podendo inclusive serem menos arenosos. Em cerca de 20% da área da unidade ocorrem solos hidromórficos que si­tuam-se nas depressões abaciadas entre as elevações. Ainda ocorrem afloramen­tos de rochas e solos mais rasos em pequena porcentagem da área.

Uso potencial: As principais limitações destes solos dizem respeito à elevada suscetibilidade a erosão, à fertilidade natural que é muito baixa, além da pequena capacidade de retenção de umidade devido à tex­tura muito arenosa. Para serem cultivados satisfatoriamente necessitam adubação corretiva e de manutenção, bem como, adição de matéria orgânica a fim de melhorar as condições físicas e químicas. A melhor utilização destes solos se dá com culturas perenes (reflorestamento ou fruticultura) ou pastagens cultivadas. As culturas anuais sofrem mais as restrições anteriormente citadas, devendo ser conduzidas com práticas de conservação do solo e da água, principalmente.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Gravataí, Esteio, Sapucaia, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Santo Antonio, Canoas, Taquara, Rolante, Igrejinha, Três Coroas, Estância Velha, Portão, São Sebastião do Caí, Ivoti, Monte Negro, Triunfo, Taquari, Bom Retiro, General Câmara, São Salvador do Sul, Dois irmãos e Torres.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos pobres em nutrientes e ácidos).

Erosão: Forte (solos arenosos em relevo ondulado a forte ondulado).

Falta de água: Moderada (solos com pouca capacidade de retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira a moderada (devido aos solos hidromórficos associados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%) 
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7 
Ap0-200,3 –0,050,030,81,22,41767 
A120-420,1 –0,060,031,21,63,0786 
A242-650,1 –0,040,030,91,32,41782 
A365-800,1 –0,030,021,21,52,9786 
Bt80-1030,5 –0,090,034,52,77,8888 
BC103-1250,5 –0,160,045,42,78,8889 

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
2,93604401208060251,50
2,735042013010070301,30
2,13304501507060142,14
2,429045015011080271,26
4,819030013038025340,34
4,71802709046001000,20

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho Distrófico típico.

Caracterização geralUnidade constituída por solos profundos, bem drenados, avermelhados, com argiluviação e textura média. Estes solos de maneira geral, são ácidos, pobres em matéria orgânica, com saturação por bases média a baixa e teores baixos de alumínio trocável na su­perfície, aumentando com a profundidade. Apresentam sequência de horizontes A, B e C. Ocorrem em relevo suave ondulado a ondulado e são derivados de arenitos.

Variações e inclusões: Como inclusões (cerca de 20%), encontra-se solos pertencentes à unidade Bom Retiro, em áreas com maior influência do arenito Botucatu. Em depressões situadas entre as elevações, incluem-se Gleissolos, ocupando menos de 10% da área.

Uso potencial: Estes solos apresentam boas condições de utilização agrícola, desde que as limitações de fertilidade sejam corrigidas. Apresentam boas condições físicas, mas práticas conservacionistas são necessárias para evitar a degradação do solo por erosão hídrica. As áreas arenosas, com maiores declividades e, consequente, maior susceptibilidade à erosão, são mais adequadas aos cultivos perenes. Já as áreas hidromórficas e em torno das nascentes dos cursos d’água e suas margens, deve-se incentivar práticas de reflorestamento.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Gravataí, Cachoeirinha, Esteio, Sapucaia, Novo Hamburgo, Santo Antônio, Porto Alegre e Canoas.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada a forte (solos pobres em nutrientes e matéria orgânica).

Erosão: Moderada a forte (solo com textura média em relevo ondulado).

Falta de água: Ligeira (apresentam boa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos profundos, porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira (apenas nas pequenas áreas hidromórficas associadas).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)  
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7  
A1 0-16 1,8 1,4 0,04 0,06 0,6 3,8 7,7 43 15  
A2 16-35 1,5 0,5 0,02 0,04 1,8 4,2 8,1 26 46  
AB 35-67 1,9 0,8 0,02 0,05 1,9 4,2 8,9 31 40  
BA 67-100 1,9 1,1 0,02 0,05 2,0 3,6 8,7 36 39  
B1 100-135 2,0 1,4 0,02 0,06 1,8 3,2 8,5 41 34  
B2 135-175 1,3 1,5 0,03 0,05 1,3 2,7 6,9 42 31  
B3 175-200+ 1,1 1,2 0,02 0,04 0,9 1,8 5,1 47 27  

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
11,2 210 330 280 180 120 33 1,56
9,3 190 310 250 250 140 44 1,00
7,5 160 280 240 320 130 56 0,75
6,1 130 250 240 380 10 97 0,63
5,1 120 220 220 440 0 100 0,50
3,1 120 240 250 390 0 100 0,64
2,2 130 270 260 340 0 100 0,76

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho Distrófico típico.

Caracterização geralPredominam nesta unidade solos profundos de coloração avermelhada em toda a extensão do perfil, argilosos, bem drenados, em relevo ondulado, derivados de siltitos e arenitos. Apresentam limitações devido a fertilidade natural baixa, sendo fortemen­te ácidos, pobres em nutrientes, com saturação por bases baixa e com teores de alumínio trocável médio a alto.

Variações e inclusões: Como inclusões nesta unidade ocorrem solos hidromórficos em 20% da área, que são encontrados ocupando as depressões do terreno. As variações encontradas dizem respeito à textura, mais leve em alguns perfis, com o horizonte A francoarenoso e B argiloso.

Uso potencial: Como são solos profundos, porosos e bem drenados, com relevo bastante favorável a mecanização, quando corrigidas as limitações de fertilidade natural, podem ser utilizados para a produção de culturas anuais. Sua utilização sustentável requer adubação e calagem maciça, além das práticas de conservação do solo. Alguns locais, principalmente, de solos mais arenosos ou algumas áreas mais declivosas, devem ser utilizadas com cultivos perenes ou reflorestamento.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Rio Pardo, Cachoeira do Sul, General Câmara, Butiá e São Jerônimo.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada a forte (solos ácidos com baixos teores de nutrientes).

Erosão: Moderada a forte (solos de textura média em relevo ondulado).

Falta de água: Ligeira (solos com boa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira (apenas nas áreas hidromórficas associadas).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-500,90,90,100,063,03,67,71473
AB50-700,90,90,130,073,33,88,21375
B170-1130,80,80,050,073,83,68,31181
B2113-1540,70,70,110,073,51,86,21580
BC154-2300,70,70,030,052,91,35,01678
C1230-2800,50,50,040,072,51,04,11581
C2280-400+0,50,50,050,081,50,62,72271

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
7,3120420150280160430,54
7,1140390130350170510,37
5,8100330130420240430,31
3,79033016041040900,39
1,58041023033001000,70
1,47041024028001000,86
0,915043026016010941,63

Classificação (SiBCS): Chernossolo Argilúvico Órtico saprolítico.

Caracterização geralPredominam nesta unidade solos medianamente profundos, moderadamen­te drenados, com cores escuras nos horizontes superficiais e bruno amarelados nos mais profundos, textura média, friáveis e desenvolvidos a partir de siltitos e arenitos finos, em relevo ondulado. Quimicamente são solos ácidos, com saturação e soma de bases alta e po­bres em matéria orgânica.

Variações e inclusões: São encontradas variações como perfis mais pesados, com maiores percentagens de fração silte, já desde o horizonte superficial, além de solos que apresentam um horizonte de transição AB sem características bem definidas. Como inclusões tem-se em 10% da área da unidade, perfis de solo das unidades São Pedro e Santa Maria, e em 20% da área, perfis de solos rasos (Neossolos Litólicos), com horizonte A desenvolvido diretamente sobre a rocha matriz (siltitos).

Uso potencial: Apresentam sérias limitações a mecanização devido ao relevo, admitindo na maior parte da área somente tipos leves de maquinaria agrícola. São também bastante susceptíveis à erosão necessitando, quando cultivados, de práticas intensivas de conservação do solo e da água, como terraceamento e fai­xas de proteção, requerendo também, para que possam ser alcançadas boas produ­ções por vários anos seguidos, de adubação corretiva e de manutenção de acordo com a cultura, além de correção da acidez. Nestas condições, podem ser cultivados com a maioria das culturas anuais. Entretanto, principalmente as áreas de relevo mais adverso, são mais recomenda­dos para culturas perenes: fruticultura ou reflorestamento, também podendo ser utilizados com pastagens.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Santa Maria, Restinga Seca, Triunfo, Taquari, São Sepé e São Gabriel.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (devido aos baixos teores de P e K).

Erosão: Moderada a forte (solos de textura média e relevo ondulado).

Falta de água: Moderada (devido à períodos de seca na região);

Falta de ar: Ligeira a moderada (solo moderadamente drenados).

Mecanização: Moderada a forte (devido ao relevo e a presença de voçorocas)

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-2811,32,00,140,090,45,419,37029
B28-4215,02,20,140,198,64,230,35833
C42-7515,41,60,120,308,83,229,45934
Cr75-10020,52,10,070,625,31,830,47719
C (g kg-1)Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
13,435029017019080580,89
6,4270240200290170410,69
2,223035025017070591,47
1,514022059050402011,80

Classificação (SiBCS): Chernossolo Háplico Órtico típico.

Caracterização geral: Solos profundos e siltosos, com cores brunas, porosos, friáveis e bem drenados embora sujeitos a inundações ocasionais. São moderadamente ácidos a neutros, com saturação e soma de bases altas e livres de acidez nociva. Apresentam sequência de horizontes A, B e C. Ocorrem em relevo plano, derivados de sedimentos de basalto.

Variações e inclusões: As principais variações destes solos são relativas à ocorrência de perfis com horizonte B apresentando cores bruno amareladas. Também podem apresentar texturas mais pesadas, com maiores percentagens da fração argila. Como inclusões ocorrem Planossolos da unidade Vacacaí, em cerca de 10% da área da unidade e solos hidromórficos (Gleissolos Háplicos) em aproximadamente 10% da área.

Uso potencial: Solos com ótimas condições para a produção de culturas anuais, devido ao relevo favorável (praticamente plano e sem problemas de erosão), e boas propriedades físicas e fertilidade natural alta. Suas principais limitações são devidas ao risco a inundações, pois ocorrem em várzeas ao longo de cursos d’água, e a mecanização que pode ser dificultada em épocas chuvosas, especialmente, no inverno. Nestas condições podem ser utilizados com um grande número de culturas anuais, somente com restrições aos cereais de inverno, pelas causas citadas anteriormente. Nestes solos, os cultivos forrageiros prosperam bem, podendo ter uma utilização que vise a produção de feno ou silagem para os animais. São também bastante apropriados para a exploração olerícola, especialmente, em áreas próximas aos grandes centros.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Rio Pardo, Osório, Muçum, encantado, Arroio do Meio, Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Candelária, Novo Hamburgo, Sapiranga, Santo Antônio, Taquara, Rolante, Igrejinha, Três Coroas, Dois Irmãos, São Sebastião do Caí, Ivoti, Nova Petrópolis, Feliz, Caxias do Sul, Montenegro, Taquari, Bom Retiro, General Câmara, Venâncio Aires, Cruzeiro do Sul, Lageado, Estrela, São Pedro do Sul, Garibaldi, Roca Salles e Torres.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira (solos com boa fertilidade, com exceção do P).

Erosão: Nula (ocorrem em relevo plano).

Falta de água: Ligeira a moderada (devido a períodos secos).

Falta de ar: Ligeira (solo porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira a moderada (apenas em épocas chuvosas).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-3015,03,10,180,170,24,323,0801
AB30-6314,43,70,180,180,23,121,8851
B163-9913,63,70,141,160,53,221,3833
B299-14712,74,80,140,160,83,522,1814

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
13,21030600360280221,67
6,41060570360320441,58
5,5109054036034061,50
5,2107055037035051,49

Classificação (SiBCS): Argissolo Amarelo Alumínico endorredóxico.

Caracterização geral: Esta unidade de mapeamento é constituída por solos com cores bruno escuras e bruno amareladas no matiz 10 YR, textura média, porosos e mode­radamente drenados. São solos ácidos com saturação por bases baixa e pobres em nutrientes e ma­téria orgânica, derivados de siltitos, em relevo ondulado.

Variações e inclusões: Como inclusões tem-se 25% de solos hidromórficos que ocupam as depressões da área da unidade de mapeamento. As variações dizem respeito a profundidade maior do horizonte A nas partes mais coluviais.

Uso potencial: São solos ácidos, com saturação por bases baixa e pobres em nutrientes e matéria orgânica. A capacidade de troca de cátions é elevada devendo responder bem a adubação. Para produzir boas colheitas necessitam calagem maciça e adubação de correção para fósforo e potássio. Quando cultivados necessitam práticas conservacionistas intensivas, pois são susceptíveis a erosão.

Distribuição geográfica: Ocorrem no município de Cachoeira do Sul.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos pobres em nutrientes).

Erosão: Moderada a forte (solos de textura média em relevo ondulado).

Falta de água: Ligeira (podem ocorrer em épocas de seca).

Falta de ar: Ligeira (em épocas chuvosas, pois apresentam drenagem moderada a imperfeita).

Mecanização: Ligeira a moderada (devido aos solos hidromórficos associados).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-45 0,9 0,5 0,07 0,06 3,1 4,9 9,5 16 67
AB 45-63 0,7 0,3 0,07 0,19 3,9 3,5 8,7 15 75
BA 63-77 1,0 1,0 0,05 0,10 4,9 3,1 9,2 13 80
77-97 0,8 0,8 0,11 0,14 4,4 3,4 8,9 12 80
BC 97-136 0,8 0,8 0,06 0,08 2,4 3,0 6,3 14 73
C 136-170+ 0,6 0,5 0,06 0,07 4,9 2,7 8,8 14 80

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
9,3 100 400 330 170 120 29 1,94
7,4 90 400 290 220 160 27 1,32
6,5 70 320 280 330 180 45 0,85
5,6 60 320 280 340 80 76 0,82
2,8 190 220 270 320 0 100 0,84
2,2 50 220 260 470 0 100 0,55

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho-Amarelo Alumínico típico.

Caracterização geralEsta unidade é constituída por solos profundos, bem drenados, siltosos com presença de horizontes A-B-C. No campo os horizontes são bem diferenciados. Quimicamente são moderadamente ácidos, com saturação por bases baixa, com exceção dos primeiros horizontes. Ocorrem em relevo ondulado, derivados de siltitos.

Variações e inclusões: Entre as variações, verificam-se perfis com horizonte B de textura argilosa e perfis com saturação por bases baixa desde o horizonte superficial. Como inclusão, encontram-se perfis da unidade Santa Maria e solos hidromórficos como os Gleissolos.

Uso potencial: Estes solos podem ser cultivados com culturas anuais, com elevadas produtividades. No entanto, deve-se tomar o cuidado de evitar a erosão por meio de práticas conservacionistas.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Rio Pardo, Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul e General Câmara.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira a moderada (a erosão pode expor horizontes com teores elevados de Al).

Erosão: moderada a forte (solos de textura média e relevo ondulado).

Falta de água: Ligeira a moderada (pode ocorrer períodos de seca no verão).

Falta de ar: Ligeira (apenas em épocas chuvosas).

Mecanização: Ligeira (apenas em pequenas áreas de solos hidromórficos associados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A10 – 1510,93,50,180,2104,819,6760
A215 – 255,000,60,120,050,64,611,0539
AB25 – 522,500,50,050,043,46,713,22352
BA52 – 801,200,40,050,045,25,612,51475
B180 – 1051,000,50,070,057,74,714,01183
B2105 – 1451,200,80,110,067,43,513,11777
B3145 – 1701,401,00,160,076,64,713,91972
BC170 – 210+1,501,10,120,075,97,313,02268

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
41,73080640250160362,56
13,74010069017090654,06
12,71509063023080652,14
9,94080600280180362,14
8,23060500410340171,22
5,62060490430320261,14
4,52060500420220481,19
3,6206053039010971,36
Solos do Planalto Meridional

Classificação (SiBCS): Neossolo Litólico Eutrófico fragmentário.

Caracterização geral: Esta unidade é constituída por solos pouco desenvolvidos, rasos (<50 cm), bem a moderadamente drenados, desenvolvidos a partir de rochas vulcânicas básicas. São ligeiramente ácidos a neutros, com elevados teores de cálcio, magnésio e potássio, alta saturação por bases e sem problemas de alumínio trocável.
 

Variações e inclusões: Estes solos apresentam pequenas variações quanto à textura, cor e profundidade do horizonte A. Raras vezes apresentam horizonte B incipiente. Na área da unidade ´é comum a ocorrência de perfis de Neossolos Regolíticos Eutróficos lépticos, Chernossolos Argilúvicos da unidade Ciríaco e Cambissolos Háplicos, além de afloramentos de rocha.

Uso potencial: Nestes solos desenvolveu-se colonização intensa, sendo o manejo do solo, em geral, executado de maneira bastante primitiva, através de agricultura extrativa e rudimentar; isto decorre em parte das boas condições químicas dos solos e das condições topográficas adversas ao emprego de tecnologia mais avançada onde a mecanização agrícola tem papel relevante. A mecanização nestes solos é extremamente difícil; somente algumas ferramentas com tração animal podem ser utilizadas. Num cultivo racional necessitam práticas conservacionistas intensivas e complexas. De uma maneira geral sua melhor utilização é com culturas permanentes — reflorestamento ou fruticultura. Em áreas com declividades acima de 20% devem ser destinados a preservação ambiental.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Tapejara, Sertão, Getúlio Vargas, Erechim, Jacutinga, Catuipe, Alecrim, Candido Godoi, Santo Angelo, Guarani das Missões, Porto Lucena, São Paulo das Missões, Cerro Largo, Porto Xavier, Roque Gonçalves, São Luiz Gonzaga, São Nicolau, Santo Antônio das Missões, Cruz Alta, Caibate, Cotegipe, Ajuricaba, Condor, Panambi, Ijuí, Augusto Pestana e todos os municípios localizados na área do rebordo do Planalto.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira (solos com boa fertilidade).

Erosão: Forte (solos rasos em relevo forte ondulado).

Falta de água: Moderada a forte (solos com baixa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Forte (elevada pedregosidade e relevo muito declivoso).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-2033,05,40,560,040,26,645,8850
R

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
22,014014062011090235,6

Classificação (SiBCS): Chernossolo Argilúvico Férrico típico.

Caracterização geral: Estes solos não constituem uma unidade de mapeamento simples, estando sempre associados aos solos da unidade Charrua formando a ASSOCIAÇÃO CIRÍACO-CHARRUA. Os solos Ciríaco são medianamente profundos (80 a 120 cm), moderadamen­te drenados, de coloração bruno avermelhada escura, textura argilosa e desen­volvidos a partir de basaltos, em relevo forte ondulado. Apresentam horizonte A e B bem desenvolvidos. São ligeiramente ácidos, com saturação de bases alta (de 81 a 67 % no A) e com alumínio trocável praticamente nulo. A sequência de horizontes é A, B e C.

Uso potencial: A mecanização nestes solos é extremamente difícil, somente algumas fer­ramentas de tração animal podem ser utilizadas. Entretanto, algumas áreas onde predominam os solos Ciríaco podem ser melhor trabalhadas. Num cultivo racional necessitam práticas conservacionistas intensivas e com­plexas. De maneira geral, sua melhor utilização é com culturas permanentes — reflorestamento ou fruticultura.

Distribuição geográfica: Ocorrem em mais de 140 municípios do RS, ao longo dos rios Pelotas e Uruguai, iniciando em Bom Jesus e Vacaria e se estendendo a´te Porto Lucena. Na encosta do Planalto (rebordo do Planalto), desde Santiago e São Francisco de Assis até Torres.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira (solos com boa fertilidade).

Erosão: Forte (devido ao relevo).

Falta de água: Ligeira (podem ocorrer em períodos de seca).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Forte (devido a presença de pedregosidade superficial e ao relevo).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
Ap0-2510,92,00,080,0305,017,7720
AB25-4811,42,00,060,0303,717,0790
B48-9016,14,00,040,0402,622,8890
R90-150+ – – – – – – – – –

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
16,526016040018060662,22
10,8220150400230120501,73
5,9110130360390230170,92

Classificação (SiBCS): Nitossolo Vermelho Distroférrico típico.

Caracterização geralSão solos profundos, bem drenados, vermelhos, argilosos, friáveis em toda a extensão do perfil e derivados de basalto. Estes solos apresentam perfis bem desenvolvidos, formados por horizontes A, B e C sendo que A+B varia de 170 a 200 cm de espessura. Embora haja uma pequena podzolização, não há uma grande diferenciação entre os horizontes A e B, com transição gradual ou difusa entre eles. Ocorrem em relevo suave ondulado, derivados de basalto. A Saturação por bases é média passando de 50% no horizon­te superficial para 43% no B.

Variações e inclusões: Nesta unidade ocorrem perfis moderadamente drenados, nos quais há o desenvolvimento de um horizonte A mais proeminente, tornando-os mais podzolizados. Na região de Alegrete ocorrem perfis com horizonte A mais leve, principal­mente na área de transição para os Latossolos da unidade Cruz Alta. Como inclusões, ocorrem Luvissolos da Unidade Virgínia em cerca de 20% da área e Neossolos e Plintossolos das Unidades Pedregal e Durasnal, respectivamente, em 10% da área.

Uso potencial: Embora necessitem adubação e correção para produzirem boas colheitas, apresentam boa fertilidade natural. Ocorrem em relevo suavemente ondulado, sendo facilmente mecanizáveis. As práticas conservacionistas usuais na região (terraceamento e plantio direto), con­trolam satisfatoriamente a erosão nestes solos. Podem ser cultivados com inúmeras culturas anuais. As áreas de inclusões de solos hidromórficos e Neossolos são mais aconselhadas para pastagens ou reflorestamento.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de São Borja, Itaqui, Alegrete e São Francisco de Assis, Santo Antonio das Missões e Bossoroca.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira a moderada (baixos teores de P).

Erosão: Moderada (demandam cuidados quando cultivados com culturas anuais).

Falta de água: Ligeira a moderada (podem ocorrer períodos secos).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira (apenas em pequenas áreas com solos hidromórficos e pedregosos).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A

0-15

   5,7   2,0

0,10

0,04

0,3

7,4

15,6

50

3

AB

15-40

4,8

0,9

0,05

0,03

0,9

6,2

12,9

45

13

BA

40-65

4,5

1,1

0,03

0,03

0,9

5,2

11,7

48

16

B165-95

3,3

1,1

0,03

0,08

0,6

5,3

10,4

43

12

B295-130

1,2

1,1

0,03

0,03

1,5

4,1

10,0

43

   25
BC130-170 +

2,9

1,1

0,03

0,02

1,5,

3,8

9,4

43

26

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
19,2

40

60

410

490

300

40

0,83

12,9

40

40

370

560

330

41

0,66

8,7

30

30

     290

650

380

42

0,44

6,1

20

40

190

760

20

98

0,25

4,5

30

20

170

780

10

99

0,21

3,0

30

20

200

750

10

99

0,26

Classificação (SiBCS): Latossolo Vermelho Distroférrico húmico.

Caracterização geralOs solos que predominam nesta unidade de mapeamento são profundos (mais de 200 cm de espessura), bem drenados, de coloração avermelhada, argilo­sos, desenvolvidos sobre rochas vulcânicas básicas, em relevo ondulado. São compactos apresentando resistência a introdução do martelo pedológico. Quimicamente são ácidos, com saturação de bases baixa (inferior a 17% desde o horizonte superficial) e elevados teores de matéria orgânica e alumínio trocável (maior que 3,8 cmolc kg-1 de solo no horizonte A e maior que 4 cmolc kg-1 de solo no B). A sequência de horizontes é A, B e C.

Variações e inclusões: A principal variação está relacionada à profundidade do perfil. Ocorrendo perfis mais rasos quando o relevo se torna mais declivoso. Como inclusões ocorrem: Neossolos da unidade Guassupi associados indiscriminadamente e solos da associação Ciríaco-Charrua, ocorrendo ao sul, principalmente nas áreas mais declivosas. Solos hidromórficos indiscriminados, localizados nas depressões do relevo, com topografia plana. Afloramento de rochas visíveis em várias elevações quebrando a monotonia da elevação.

Uso potencial: Apresentam sérios problemas de alumínio trocável, neces­sitando de calagens maciças, superiores a 5 toneladas/ha, e de forte correção para o fósforo, além de adubação de manutenção. Exigem o terraceamento para evitar a erosão. Esta prática pode ser dificul­tada devido aos afloramentos que podem ocorrer. Sanadas estas dificuldades, a maior parte dos solos podem ser cultivados com as principais culturas anuais, além de fruticultura de clima temperado (macieira). Nas áreas mais declivosas, onde já ocorra um maior impedimento ao uso agrícola (mecanização), deve ser efetuado reflorestamento, principalmente com espécies nativas.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Vacaria, Lagoa Vermelha, Nova Prata, Veranópolis, Vista Alegre, Ibiraiaras, Nova Bassano e Esmeralda.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos ácidos e pobres em nutrientes).

Erosão: Moderada (demandam práticas consevacionistas).

Falta de água: Nula (apresentam boa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados)

Mecanização: Moderada (porções de terreno declivoso e com afloramentos rochosos).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-201,40,80,120,043,97,613,81762
AB20-500,9 00,030,034,36,411,7882
BA50-700,8 00,020,034,15,610,6883
B70-1400,5 00,020,033,24,68,4686
BC140+0,4 00,020,023,04,68,0687

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
18,93030240700200710,35
14,92020220740240680,3
10,32020210750150800,28
5,9202018078001000,23
3,1203021074001000,28

Classificação (SiBCS): Latossolo Bruno Aluminoférrico típico.

Caracterização geralOs solos desta unidade de mapeamento são medianamente profundos (até 150 cm), bem a moderadamente drenados, de coloração vermelha amarelada, sendo o horizonte A de coloração bruno escura. São argilosos e desenvolvidos de basaltos. Quimicamente são solos fortemente ácidos, com saturação de bases baixa e com elevados teores de matéria orgânica e alumínio trocável. A sequência de horizontes é A, B e C. Além destas características, os perfis nos cortes de estrada, quando expos­tos algum tempo, ficam endurecidos, ocasionando fendas perpendiculares que se estendem até o início do horizonte B.

Variações e inclusões: As variações que podem ocorrer dizem respeito à espessura do horizonte A, pois alguns solos apresentam A muito espesso. Como inclusão, verificam-se perfis de Cambissolos Húmicos da unidade Bom Jesus, principalmente na parte leste da unidade, per­fis de Neossolos Litólicos da unidade Silveiras associados a afloramentos de rochas em vários locais, per­fis de solos hidromórficos indiscriminados, ocorrendo nas pequenas depressões do relevo e perfis de Latossolos Vermelhos da unidade Erechim na parte oeste da unidade.

Uso potencial: A forte limitação de fertilidade natural obriga a prática de calagens maci­ças com mais de 8 toneladas de calcário/ha além de fortes adubações de correção com o fósforo e potássio e da adubação de manutenção exigida para cada cultura. Uma vez corrigida as deficiências, podem ser cultivados com culturas anuais. Em virtude de serem solos profundos permitem o cultivo com fruticultura de clima temperado. Embora ocorram em relevo suavemente ondulado necessitam de práticas conservacionistas, especialmente plantio direto e terraceamento.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Vacaria, Bom Jesus, Lagoa Vermelha e Esmeralda.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos ácidos e pobres em nutrientes).

Erosão: Ligeira a moderada (demandam terraceamento para evitar a erosão).

Falta de água: Nula (apresentam boa retenção de água).

Falta de ar: Ligeira (são solos moderadamente drenados).

Mecanização: Ligeira (devida a pequenas áreas com afloramentos rochosos e solos hidromórficos).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
Ap0-111,61,00,170,054,210,017,01660
A11-371,00,40,090,034,89,415,81175
BA37-540,60,60,030,045,17,313,1587
B154-900,50,50,030,045,22,07,8788
B290-1350,40,40,020,041,25,57,2770
C1135-2000,70,60,030,087,65,014,01084
C2200-2351,61,00,050,126,55,414,71969

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
29,05040320590110820,55
13,94030300630100840,47
16,5502020073090880,27
6,73030210730110860,28
2,716011024049010990,48
1,122010019019001002,57
1,327019041013001003,15

Classificação (SiBCS): Cambissolo Húmico Alumínico típico.

Caracterização geralPredominara solos profundos, moderadamen­te drenados, com cores bruno escuras a bruno avermelhadas, argilosos, friáveis e desenvolvidos a partir de rochas eruptivas básicas (basalto), em relevo ondulado e forte ondulado. São solos fortemente ácidos, com saturação por bases baixa (V% inferior a 15%) e soma de bases baixa e teores altos de alumínio trocável e matéria orgânica. Apresentam sequência de horizontes A, Bi e C.

Variações e inclusões: A principal variação destes solos diz respeito a ocorrência de perfis mais rasos, com horizonte B mais estreito. Como inclusões tem-se perfis de Neossolos Litólicos da unidade Silveiras, em cerca de 10% da área da unidade, perfis de solos hidromórficos de altitude (constituindo verdadeiras tur­fas) em 5% da área, afloramentos de rochas em 5% da área e perfis que apresentam horizontes A hístico.

Uso potencial: A principal limitação é a fertilidade natural que é baixa, sendo pobres em nutrientes disponíveis e também com acidez e alumínio trocável bastante elevados. Para serem cultivados, além das práticas normais de pre­paro do solo e controle a erosão, requerem adubações e calagens. Desta maneira, sua utilização mais intensiva é para pastagem. Podem ser também utilizados em reflorestamentos, especialmente com espécies nativas como a araucária.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Bom Jesus, São Francisco de Paula, Canela, Caxias do Sul, Vacaria, Rolante, Osório, Cambará do Sul e Santo Antônio.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos ácidos e pobres em nutrientes).

Erosão: Moderada (devido ao relevo declivoso).

Falta de água: Nula (apresentam boa retenção de água e precipitação ao longo do ano).

Falta de ar: Ligeira (solos moderadamente drenados).

Mecanização: Moderada (devido à pedregosidade e solos rasos associados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A10-171,71,11,090,115,211,820,01563
A217-400,90,20,220,036,410,318,1881
A340-660,90,30,250,027,09,017,1786
AB66-870,80,30,300,026,96,014,0886
BA87-1200,70,40,410,026,44,512,0985
B120-2000,60,50,460,025,44,410,91083
BC200-2400,80,40,390,035,23,810,21281

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
27,910060310520110820,55
22,48050280590100840,47
17,6605022067090880,27
10,48070210640110860,28
7,6908024059010990,48
5,6908024060001002,57
6,1220190370

 

Classificação (SiBCS): Latossolo Vermelho Distrófico típico.

Caracterização geral: São solos profundos (mais de 250 cm), bem drenados, porosos, de coloração avermelhada e muito friáveis. Normalmente há o desenvolvimento de um horizonte B latossólico, podendo ocorrer uma ligeira Argiluviação. A textura é argilosa (mais de 40% de argila em todo o perfil), porém a fra­ção areia é maior que 30% no horizonte superficial. A presença de grãos de quart­zo lavado ao longo do perfil diferenciam estes solos das unidades Santo Ângelo, Erechim e Durox. Os horizontes são poucos diferenciados e apresentam sequência A, B e C. São derivados de basalto e ocorrem em relevo suave ondulado a ondulado.

Variações e inclusões: Nestes solos a textura do horizonte A pode variar, porém, não é mais leve que argiloarenosa ou francoargiloso. Como inclusão na unidade, existem solos hidromórficos em 5% da área, perfis de solos arenosos da unidade Cruz Alta, perfis de solo argiloso da unida­de Erechim e perfis de Neossolos Litólicos.

Uso potencial: Estes solos, uma vez supridas as deficiências de fertilidade através de calagem maciça e da adubação corretiva para fósforo e potássio; implementadas práticas conservacionistas por meio de plantio direto e terraceamento, podem apresentar ótimos rendimentos para as principais culturas anuais.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Ibiaçá, Tapejara, Sertão, Espumoso, Ronda Alta, Palmeiras das Missões, Arroio do Tigre, Soledade, Cruz Alta, Ibirubá, Santa Barbara, Colorado, Pejuçara, Ajuricaba, Voctor Graeff, Carazinho, Chapadão, Sarandi, Passo Fundo, Marau, Ciríaco, Coronel Bicaco, Santo Augusto, Condor, Panambi e Julio de Castilhos.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos ácidos e pobres em nutrientes).

Erosão: Moderada a forte (solos suscetíveis ao voçorocamento).

Falta de água: Nula (boa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira (apenas em áreas mais declivosas e com Neossolos Litólicos associados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A10-3010,60,060,032,26,610,51656
A230-5010,60,040,032,46,110,21753
AB50-700,90,60,030,032,55,79,71562
BA70-1200,90,90,020,023,04,78,61176
B1120-1800,70,70,020,012,74,17,5979
B2180-2400,50,50,010,012,63,36,4883

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
13,6280160140420140670,33
12,7250160140450170620,33
11,5220150130500150710,26
6,5200150110540150720,20
6,018013011058010990,18
3,019015011055001000,20

Classificação (SiBCS): Latossolo Vermelho Distrófico típico.

Caracterização geral: Os solos da unidade Cruz Alta são profundos (mais de 250 cm de espessura), bem drenados, porosos, de coloração vermelha escura e textura média (menos de 35% de argila), apresentando o desenvolvimento de horizonte B latossólico. Em geral são solos ácidos, com saturação de bases baixa (menos que 30 % em todo perfil) com algum pro­blema de alumínio trocável. A sequência de horizontes é A, B e C com transição difusa entre eles. São derivados de arenitos e ocorrem em relevo suave ondulado a ondulado.

Variações e inclusões: Nesta unidade podem ocorrer as seguintes variações: Solos com a textura argilosa (40%) no horizonte B; Solos com saturação de base média a alta, principalmente os localizados na região de Alegrete; Solos que apresentam uma ligeira podzolização. Como inclusão observam-se: Solos hidromórficos, localizados nas depressões e solos da unidade Tupanciretã (Argissolo) na área do Planalto e solos hidromórficos não discriminados, ao longo de cursos d’água, além de Neossolos Quartzarênicos e afloramentos de rochas na região de Alegrete e São Francisco de Assis.

Uso potencial: Estes solos são muito suscetíveis à erosão, exigindo o uso intensivo de ´práticas conservacionistas, como plantio direto, rotação de culturas, cultivo em nível, terraceamento, etc. A forte limitação da fertilidade natural pode ser controlada através de uma adubação corretiva para fósforo e potássio e calagem moderada, além da adubação de manutenção exigida para cada cultura. Outra prática necessária é a adubação verde, visando a incorporação de matéria orgânica, elevar a capacidade de retenção de cátions e de água. Uma vez corrigidas as deficiências, podem ser cultivados com a maioria das culturas.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Cruz Alta, Júlio de Castilhos, Tupanciretã, Santa Maria, Ibirubá, Santa Barbara, Panambi, Santo Angelo, São Francisco de Assis, Alegrete e Santiago.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (são solos ácidos e pobres em nutrientes).

Erosão: Forte (textura média em relevo ondulado, suscetíveis ao voçorocamento).

Falta de água: Moderada (capacidade de retenção de água limitada e ocorrência de preríodos de seca).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira (apenas nas áreas hidromórficas e afloramentos de rochas associados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A10-130,90,80,060,031,33,36,42445
A213-351,00,40,040,021,72,55,61954
AB35-551,00,40,030,031,82,25,51954
BA55-1000,80,30,020,022,01,34,51867
B100-3000,60,30,030,032,00,53,51866

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
10,23403609021050760,43
10,63203808022080630,36
7,42803808026070710,30
5,62903608027050820,29
3,22603408032001000,40

Classificação (SiBCS): Latossolo Vermelho Aluminoférrico típico.

Caracterização geral: Os solos Erechim são profundos, bem drenados com horizonte B latossólico, de coloração vermelha escura e desenvolvidos de rochas básicas. A textura é muito argilosa (mais de 60% de argila) em todo o perfil, são friáveis, com estrutura maciça pouco coerente e transição difusa entre os horizon­tes. A saturação por bases é muito baixa e menor que 10% em todo o perfil. A sequência de horizontes é A, B e C com transição difusa entre eles. São derivados de basalto e ocorrem em relevo ondulado.

Variações e inclusões: Nestes solos podem ocorrer pequenas variações de textura no horizonte A, variação do conteúdo de matéria orgânica refletindo a coloração mais escura no horizonte superficial e, perfis menos profundos (100 cm de espessura). Como inclusões, em cerca de 20% da área ocorrem solos das unidades Charrua (Neossolo Litólico), Ciríaco (Chernossolo Argilúvico). Estação (Nitossolo Vermelho) e Guassupi (Neossolo Litólico).

Uso potencial: Estes solos apresentam boas condições para o desenvolvimento de uma agricultura conservacionista. As maiores limitações são relativas aos teores elevados de alumínio trocável e baixos teores de fósforo e potássio, necessi­tando de fortes adubações de correção e calagens. E[Apresentam elevado potencial para o cultivo anual de grãos desde que efetuadas as correções de fertilidade e implementadas práticas de manejo como plantio direto, rotação de culturas, semeadura em nível, terraceamento, etc.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Vista Alegre, Guaporé, Caiçara, Palmitinho, Herval Seco, Redentora, Braga, Coronel Bicaco, Santo Augusto, Esmeralda, Barracão, Ibiaçá, Julio de Castilhos, Sananduva, Cacique Duble, Machadinho, Maximiliano de Almeida, Tapejara, Sertão, Getúlio Vargas, Guarama, Viadutos, Marcelino Ramos, Erechim, Jacutinga, Cotegipe, Valentina, Campinas do Sul, Ronda Alta, Rondinha, Constantina, Liberato Salzano, Nonoai, Planalto, Alpestre, Palmeiras das Missões, Rio Bonito, Seberi, Frederico Westphalen, Arroio do Tigre, Espumoso, Soledade, Cruz Alta, Ibirubá, Selbach, Santa Bárbara, Colorado, Não-me-Toque, Victor Graeff, Carazinho, Chapadão, Sarandi, Passo Fundo, Marau e Lagora Vermelha.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos ácidos e pobres em nutrientes).

Erosão: Moderada a forte (exigem práticas de contenção à erosão).

Falta de água: Nula (solo com boa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira a moderada (devido às áreas com solos rasos e afloramentos associados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-150,5 0,040,025,78,314,6490
AB15-600,4 0,040,035,17,212,8391
BA60-900,3 0,030,034,14,69,1391
B190-1500,2 0,030,023,15,69,0386
B2150+0,4 0,030,025,91,17,5692

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
182010230740410440,31
12,4100190800320600,23
910016083001000,19
6,710017082001000,20
3,5101016082001000,19

Classificação (SiBCS): Latossolo Vermelho Distroférrico típico.

Caracterização geral: Apresentam maior grau de latolização. São solos profundos (a espes­sura é maior que 200 cm, podendo atingir mais de 400 cm), bem drenados, friáveis, de coloração vermelha escura e desenvolvidos a partir de basalto. Ocorrem em relevo ondulado. A textura é muito argilosa (mais de 60% de argila em toda a extensão). A fração areia é muito reduzida (menos de 10%). Os perfis são muito homogêneos, não apresentando grandes diferenciações en­tre os horizontes. A sequência de horizontes é A, B e C. As transições são difusas com pequenas variações das características morfológicas.

Variações e inclusões: As variações das características morfológicas nesta unidade de mapeamento são muito pequenas e dizem respeito à textura do horizonte superficial, que nas zonas em contato com o arenito apresentam menos argila. Além disso, nas partes mais declivosas a profundidade do “solum” é menor. Como inclusões, tem-se solos da unidade Charrua (Neossolo Litólico) em 10% da área e pequena in­cidência de solos das unidades Ciríaco (Chernossolo Argilúvico) e Guassupi (Neossolo Litólico) e solos hidromórficos indiscriminados.

Uso potencial: As maiores limitações que estes solos apresentam para a sua utilização, dizem respeito à fertilidade natural e ao risco à erosão e, em segundo plano, a falta d’água para as culturas de verão. São solos com boa aptidão para o cultivo anual de grãos, desde que corrigida a sua fertilidade e implementada práticas conservacionistas como plantio direto, rotação de culturas, semeadura em nível, terraceamento, etc.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Porto Lucena, São Paulo das Missões, Cerro Largo, Roque Gonçalves, São Luiz Gonzaga, São Nicolau, Bossoroca, Santo Antônio das Missões, São Borja, Santiago, Braga, Erval Seco, Redentora, Tenente Portela, Miraguaí, Coronel Bicaco, Campo Novo, Ajuricaba, Condor, Panambi, Pejuçara, Ijuí, Augusto Pestana, Catuípe, Chiapeta, Independência, Três de Maio, Humaitá, São Martinho, Criciumal, Três Passos, Horizontina, Tuparendi, Santa Rosa, Santo Cristo, Cândido Godoi, Giruá, Santo Angelo, Guarani das Missões, Caibaté, Campinas das Missões, Tupanciretã, Cruz Alta, Santa Bárbara e Tucunduva.

Graus de limitação aos uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada a forte (solos ácidos e pobres em nutrientes).

Erosão: Moderada (exigem prá´ticas conservacionistas para evitar a erosão).

Falta de água: Ligeira (podem haver secas no verão).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira (devido aos solos hidromórficos e rasos associados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-401,710,390,010,858,93520
BA40-801,20,40,040,010,73,25,63020
B80-1201,10,50,040,021,13,56,32639
BC1120-1700,80,30,040,021,23,25,62050
BC2170-210+0,60,40,040,021,33,15,52045

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
12,37060250620280550,40
5,3504019072001000,26
5,1504017074001000,25
3,14014015077001000,18
3,3405016075001000,23

Classificação (SiBCS): Cambissolo Hístico Alumínico típico.

Caracterização geral: Predominam nesta unidade solos profundos, moderadamente drenados, pou­co poroso, escuros em toda a extensão do perfil sendo o horizonte superficial de co­loração preta com elevados teores de matéria orgânica e de textura mais leve (francoargiloso a francoargiloarenoso) que o restante do perfil que é argiloso. Quimicamente são solos fortemente ácidos (pH em água 4,2 e 4,9) com soma de bases (inferior a 10%) e saturação por bases baixas e com teores elevados de alumínio trocável (variando de 7 a 15 cmolc kg-1). Apresentam sequência de horizontes O, A, B e C. São derivados de basalto e ocorrem em relevo forte ondulado,

Variações e inclusões: A principal inclusão nesta unidade é de solos mal drenados, pouco porosos, que apresentam geralmente horizontes A e C ou, mais raramente, A, B, C, com horizonte A espesso, francoargiloso, com elevados teores de matéria orgânica (turfoso) e apre­sentando um horizonte Bir formando um “ironpan”, nem sempre contínuo, consti­tuindo uma lâmina muito delgada (2 a 3 mm). Em 5% da área são encontrados ainda, Neossolos Litólicos com A proeminente, hidromórficos constituindo verdadeiras turfas de altitude e alguns afloramentos de rochas.

Uso potencial: Solos com utilização muito restrita devido às limitações de fertilidade a elevada acidez, relevo declivoso e horizonte O frágil ao uso agrícola. Devem ser utilizados preferencialmente com pastagens ou reflorestamento. O revolvimento do horizonte O pode promover a sua rápida degradação (subsidência), devido a oxidação da matéria orgânica.

Distribuição geográfica: Ocorrem no município de Bom Jesus.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solo ácidos e pobres em nutrientes).

Erosão: Forte (devido ao relevo que ocorrem).

Falta de água: Nula (ocorrem em região úmida).

Falta de ar: Forte (Devido a região úmida, solos pouco porosos e moderadamente drenados).

Mecanização: Moderada a forte (devido ao relevo, à solos rasos e afloramentos associados).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
O
0-20 0,9 0,9 0,42 0,06 7,7
35,4
45,4
5
77
A 20-50 0,2 0,2 0,10 0,06 7,1
35,0
32,6
2
94
AB 50-62 0,2 0,1 0,03 0,02 5,0
12,6
18,0
2
94
BA 62-90 0,2 0,2 0,03 0,02 4,7
4,8
10,3
4
92
B 90-155 0,2 0,2 0,04 0,02 5,2
5,4
10,6
4
91
BC 155-195 0,2 0,2 0,03 0,01 5,3
4,4
10,6
4
93
C 195-245+ 0,2 0,1 0,05 0,06 3,1
8,4
12,0
3
95

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
127,1
370
60
350
210 70
69
1,71
51,3
540
40
150
270
30
90
0,62
19,5
310
30
240
420
60
87
0,57
8,3
220
30 260
490
240
51
0,53
5,0
180
40
300
490
40
91
0,61
4,5
140
60
340
470
20
95
0,73
6,9
110
50
600
240
0
98
2,50

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho Alumínico típico.

Caracterização geralEsta unidade é constituída por solos de profundidade média (em torno de 150 cm), de coloração avermelhada, argilosos, bem drenados e desenvolvidos a partir de basaltos, em relevo ondulado. Apresentam um horizonte B textural, com características bem pronunciadas. A saturação por bases é média (ao redor de 40%) somente nos primeiros 20 cm, e baixa no restante do perfil. A sequência de horizontes é A, B e C, com nítido contraste entre eles.

Variações e inclusões: As principais variações dizem respeito à ocorrência de solos com menor profundidade, com cores mais amareladas no horizonte B e com a tex­tura do horizonte A que pode variar de francoargilosa a argila. Como inclusões, tem-se: Em aproximadamente 15% da área solos rasos da unidade Guassupi (Neossolos Litólicos); Em aproximadamente 5% da área solos da unidade Oásis (Argissolos Bruno-Acinzentados); Em pequenas áreas, são encontrados afloramentos de rochas, e solos hidromórficos ocupando algumas depressões.

Uso potencial: A deficiência de fertilidade natural, nestes solos, pode ser corrigida com calagem maciça e adubação corretiva para fósforo, além da adubação de manutenção exigida para cada cultura. A erosão pode ser muito bem controlada com práticas conservacionistas como plantio direto, rotação de culturas, semeadura em nível, terraceamento, etc. Uma vez corrigidas as limitações, podem ser cultivados com bons rendimen­tos, com a maioria das culturas regionais. Também podem ser utilizados com pastagens e reflorestamento.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de São Pedro do Sul, Júlio de Castilhos, Tupanciretã, Nova Palma, Sobradinho, Arroio do Tigre, Cruz Alta, São Borja, Santiago, Jaguari, São Francisco de Assis e Santa Maria.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (solos deficientes em nutrientes).

Erosão: Forte (solos de textura média em relevo ondulado).

Falta de água: Ligeira (pode haver secas no verão).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira a moderada (devido aos solos rasos e afloramentos associados).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A1 0-10 2,9 2,0 0,40 0,07 1,1 6,3 12,8 42 16
A2 10-30 1,2 1,0 0,14 0,06 3,1 5,1 10,6 23 56
AB 30-50 1,1 0,7 0,12 0,07 4,0 5,1 11,1 18 66
B50-80 0,6 0,5 0,05 0,05 5,8 3,1 10,4 12 82
BC 80-150 0,9 0,9 0,04 0,03 5,5 2,9 9,4 11 84
C 150-300+ 0,3 0,3 0,04 0,10 10,6 2,6 13,0 3 96

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
26,3 150 100 400 350 140 60 1,14
16,5 130 100 370 400 180 55 0,93
14,1 130 90 310 470 210 55 0,66
6,7 60 60 260 620 350 44 0,42
3,2 50 80 320 650 30 95 0,58
0,6 40 440 420 100 X 100 4,20

Classificação (SiBCS): Argissolo Bruno-Acinzentado Alumínico típico.

Caracterização geralEsta unidade compreende solos com B textural, medianamente profundos (menos de 130 cm), moderadamente drenados, de coloração bruno avermelhada escura, argilosos mas com altos teores da fração silte e desenvolvidos a partir de basaltos, em relevo ondulado. Quimicamente são solos ácidos, com saturação por bases baixa (decresce de 38% até cerca de 9% no horizonte mais inferior) e teores altos de alumínio trocável (valores são maiores que 1,9 cmolc kg-1 de solo nos horizontes superficiais, aumen­tando ao longo do perfil). A sequência de horizontes é A, B e C.

Variações e inclusões: As variações nestes solos são muito pequenas e estão relacionadas com a profundidade, podendo apresentar perfis mais rasos. Também a cor do horizon­te A varia bastante, dependendo do teor de matéria orgânica apresentado. Como inclusões observam-se: Solos profundos da unidade Júlio de Castilhos (Argissolos Vermelhos) em cerca de 10% da área; Solos rasos da unidade Guassupi (Neossolos Litólicos) em cerca de 5% da área e afloramentos de rocha em 5% da área.

Uso potencial: As principais limitações apresentadas se relacionam com a fertilidade na­tural que é baixa e ao uso de implementos agrícolas e erosão nas áreas mais de­clivosas. As limitações à mecanização dificilmente poderão ser corrigidas. As áreas mais declivosas devem ser utilizadas com culturas perenes ou reflorestamento. As demais áreas, desde que corrigidas as limitações de fertilidade e erosão, por meio de adubação, calagem e cultivo conservacionista (plantio direto, rotação de culturas, semeadura em nível, terraceamento, etc.), poderão ser utilizadas para o cultivo anual dos principais grãos.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Anta Gorda, Arvorezinha, Ilópolis, Putinga, Fontoura Xavier, Barros Casal, Santa Cruz, Candelária, Cachoeira, Lajeado, Júlio de Castilhos, Faxinal do Soturno, Nova Palma, Agudo, Sobradinho, Arroio do Tigre e Soledade.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos ácidos e pobre em nutrientes).

Erosão: Moderada a forte (devido ao relevo, demandam prá´ticas de controle a erosão).

Falta de água: Ligeira (devido a períodos de seca).

Falta de ar: Ligeira (pode ocorrer em áreas mais úmidas de baixadas).

Mecanização: Moderada a forte (em áreas de relevo forte ondulado e de solos rasos associados a afloramentos).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7

A1

0-25

2,1

1.2

0,24

0,03

2,5

3,4

9,5

38

41

A2       25 – 40

1,6

1,2

0,11

0,03

2,6

5,0

10,5

28

47

B1

40-65

1,2

0,5

0,09

0,04

7,6

2,8

12,2

15

81

B2

65-85

0,9

0,5

0,07

0,04

8,4

3,2

13,1

11

85

BC/C

85-130

0,6

0,5

0,04

0,04

8,6

2,8

12,5

10

87

C

130-150+

0,5

0,4

0,06

0,04

8,7

0,8

10,4

9

91

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila

11,1

50

60

530

360

250

31

1,47

11,5

40

50

450

460

360

22

0,98

12,4

20

30

310

640

520

19

0,48

12,1

20

30

290

660

560

15

0,44

5,8

10

70

400

520

0

100

0,77

1,0

40

320

560

80

0

100

7,00

Classificação (SiBCS): Nitossolo Vermelho Distroférrico típico.

Caracterização geralO solo Estação é profundo (mais de 200 cm de espessura), bem drenado, pos­suindo horizonte B nítico, de coloração vermelha escura, argiloso, desenvolvido de basaltos em relevo ondulado. Apresentam horizontes A, B e C bem difererenciados,

Variações e inclusões: As variações das características morfológicas não são muito grandes e di­zem respeito ao grau de podzolização e ao desenvolvimento de estrutura no ho­rizonte B, No município de Estrela ocorre variação do Estação com saturação de bases médias. Como inclusões verificam-se solos da unidade Charrua (Neossolos Litólicos) e Ciríaco (Chernossolos Argilúvicos) em 10% da área e solos da unidade Guassupi (Neossolos Litólicos) e Erechim (Latossolos Vermelhos) em 10% da área da unidade.

Uso potencial: Estes solos apresentam boas condições para a produção agrícola. As maiores limitações que apresentam para sua utilização dizem respeito aos teores elevados de alumínio trocável e baixos teores de fósforo, necessitando de fortes adubações de correção na base e calagens. Também será necessária adubação de manutenção para as culturas e práticas de manejo conservacionistas para evitar a erosão, tais como plantio direto, rotação de culturas, semeadura em nível, terraceamento, etc.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Ibiraiaras, Casca, Arroio do Meio, Taquarí, Bom Retiro, Venâncio Aires, Cruzeiro do Sul, Lajeado, Estrela, Passo Fundo, Marau, Ciríaco, David Canabarro, Ibiaçá, Sananduva, Sertão, Getúlio Vargas, Erechim, Jacutinga e Tapejara.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (apresentam problemas com o Al e o P).

Erosão: Moderada (demandam práticas de controle a erosão).

Falta de água: Nula a ligeira (apresentam boa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira a moderada (devido a ocorrência de solos rasos e afloramentos associados).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-15 6,4 3,0 1,7 0,04 0,2 7,6 18,3 58 2
AB 15-45 2,7 3,3 0,09 0,03 1,1 6,9 14,0 43 13
B1 45-70 1,7 0,9 0,06 0,03 2,3 6,2 11,3 24 27
B2 70-160 1,0 0,7 0,07 0,03 2,5 5,6 9,8 18 30
BC 160-190 0,9 0,8 0,03 0,04 2,7 5,4 9,8 18 50

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
32,1 60 90 290 540 220 50 0,53
10,9 40 70 320 570 90 84 0,56
7,2 30 50 220 710 0 100 0,30
4,7 30 60 260 640 0 100 0,40
2,1 20 120 410 450 0 100 0,91

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico.

Caracterização geralSão solos profundos (mais de 170 cm), bem drenados, friáveis, de coloração bruno amarelada a vermelha amarelada, arenosos, apresentando um horizonte B textural moderadamente desenvolvido. Quimicamente são solos ácidos com baixa CTC e saturação por bases, sendo igualmente pobres em nutrientes disponíveis e matéria orgânica. Ocorrem em relevo suave ondulado a ondulado, derivados de arenitos.

Variações e inclusões: Como inclusão, nesta unidade tem-se em 30% da área, solos hidromórficos pertencentes à classe dos Gleissolos, que são encontrados ocupando as depressões do terreno. As variações dizem respeito a solos de coloração mais acinzentada, encon­trados na transição entre os solos bem drenados descritos como Tupanciretã e os Gleissolos.

Uso potencial: São solos pobres em nutrientes, com elevada suscetibilidade a erosão e baixa retenção de água. Podem ser cultivados com culturas anuais de grãos desde que corrigida a fertilidade e empregado práticas de manejo conservacionistas como Plantio direto, rotação de culturas, cultivo em nível e terraceamento.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Tupanciretã, Júlio de Castilhos e Cruz Alta.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos arenosos, pobres em nutrientes).

Erosão: Forte (solos arenosos em terreno declivoso).

Falta de água: Forte (solo com baixa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solo bem drenado e poroso).

Mecanização: Ligeira (apenas nas áreas hidromórficas associadas).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A1 0-25 0,5 0,4 0,07 0,03 0,9 1,8 3,7 27 47
A2 25-60 0,8 0,1 0,03 0,04 1,5 2,1 4,6 22 60
AB 60-90 0,9 0,4 0,02 0,03 1,5 2,1 5,0 28 51
BA 90-125 1,0 0,5 0,02 0,05 1,3 2,3 5,2 31 44
Bt 125-170+ 1,2 0,5 0,03 0,04 1,9 2,5 6,2 29 51

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
6,8 420 400 80 100 30 70 0,08
4,5 390 370 80 160 60 63 0,50
3,8 370 330 110 190 60 68 0,57
3,3 350 340 90 220 80 64 0,40
3,1 260 310 100 230 170 48 0,43

Classificação (SiBCS): Neossolo Litólico Distrófico fragmentário ou Neossolo Regolítico Distrófico leptofragmentário.

Caracterização geral: Predominam nesta unidade solos pouco desenvolvidos, rasos a pouco profundos, bem drenados e desenvolvidos de basaltos. Quimicamente são ácidos, com saturação por bases média e eventual problemas de acidez nociva. Ocorrem em relevo ondulado a forte ondulado.

Variações e inclusões: A variação nestes solos diz respeito somente a espessura do horizonte A que pode variar até 40 cm aproximadamente. Como inclusões, tem-se Argissolos da unidade Júlio de Castilhos em 10% da área. Ainda há pequenos afloramentos rochosos, distribuídos em cerca de 5% da área da unidade.

Uso potencial: São solos difíceis de serem cultivados devido a pouco profundidade, pedregosidade associada e relevo declivoso. A melhor utilização seria para preservação ambiental. Áreas com menor declividade poderiam ser utilizadas com cultivos perenes como pastagens, fruticultura ou reflorestamento.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de São Francisco de Paula, Cambará do Sul, São Francisco de Assis, Jaguarí, São Borja, Santiago, Tupanciretã, Júlio de Castilhos, São Pedro do Sul, Santa Maria, Dom Pedrito, São Gabriel, Lavras do Sul, São Sepé e Caxias do Sul.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos ácidos  e com problemas com Al e deficiência de P).

Erosão: Forte (solos rasos em relevo ondulado e forte ondulado).

Falta de água: Forte (solos rasos com baixa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos bem drenados e porosos).

Mecanização: Forte (devido a declividade e pedregosidade).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-20 3,2 1,0 0,31 0,07 1,0 6,6 12,2 38 18
R 20-100+

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
20,2 120 70 580 230 2,5

Classificação (SiBCS): Neossolo Regolítico Distrófico leptofragmentário.

Caracterização geral: Estes solos não foram mapeados como unidade simples no RS, ocorrendo em aproximadamente 40% da área da Associação Caxias – Farroupilha – Carlos Barbosa. Os solos definidos como pertencentes à Unidade Taxonômica Caxias são rasos a pouco profundos, bem drenados, de coloração escura, friáveis e desenvolvidos a partir de rochas vulcânicas. São ácidos e com saturação e soma de bases baixa a média, apresentando teores elevados de alumínio trocável. A sequência de horizontes é variável, podendo ser A, Cr, R (Neossolos Regolíticos) ou A, R (Neossolos Litólicos). Ocorrem em relevo forte ondulado.

Variações e inclusões: A variação mais frequente diz respeito a espessura do horizonte A e a presença e espessura da camada saprolítica (Cr).

Uso potencial: A principal limitação destes solos diz respeito a mecanização, pois ocorrem em relevo forte ondulado, sendo também rasos e pedregosos. Também, a fertilidade natural é baixa, sendo solos fortemente ácidos, com elevados teores de alumínio trocável e, normalmente pobres em nutrientes disponíveis. Por estes motivos são solos aptos para a preservação ambiental. Apenas em áreas menos declivosas poderiam ser cultivados com culturas perenes, fruticultura ou mesmo reflorestamento, demandando correções da acidez e adubação adequadas. Também exigem práticas intensivas de controle e erosão.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Salvador do Sul, Carlos Barbosa, Garibaldi, Farroupilha, Flores da Cunha, Antonio Prado, Bento Gonçalves, Guaporé, Muçum, Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Feliz, Caxias do Sul, Estrela, Vacaria, São Marcos e São Francisco de Paula.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos ácidos e pobre em nutrientes).

Erosão: Forte (solos rasos em relevo forte ondulado).

Falta de água: Ligeira (apesar da baixa retenção de água, ocorrem em região chuvosa).

Falta de ar: Nula (solos bem drenados e porosos).

Mecanização: Forte (áreas declivosas e pedregosas).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A10-253,41,60,290,104,57,417,33145
A225-500,60,60,220,058,41,911,2890
Cr50-300+0,70,70,080,056,61,89,29

89

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
19,78060440420280331,05
12,312090440350240311,26
2,3907067017010943,94

Observação: Os dados do perfil de solo foram extraídos do Boletim técnico nº 30 (BRASIL, 1973), enquanto as imagens foram cedidas pelos professores Fabrício Pedron (UFSM) e Ricardo Dalmolin (UFSM), por isso, pode não haver a equivalência na sequência e profundidade dos horizontes.

Classificação (SiBCS): Neossolo Regolítico Húmico léptico ou Neossolo Litólico Húmico típico.

Caracterização geral: Predominam nesta unidade de mapeamento solos rasos com horizonte A de coloração negra, saturação de bases baixa e teores elevados de alumínio trocável. Apresentam sequência de horizontes A, Cr ou A, R.

Variações e inclusões: Dentre as variações que ocorrem se observa perfis em que o horizonte A apresenta somente alguns centímetros e perfis que já apresentam horizonte B incipiente. Dentre as inclusões se observa: Nas partes abaciadas do relevo, solos hidromórficos negros, com horizonte hístico (turfas de altitude), afloramentos de rochas e Cambissolos da unidade Rocinha.

Uso potencial: A principal limitação ao desenvolvimento agrícola nestes solos diz respeito a fertilidade natural que é baixa (pobres em nutrientes disponíveis e acidez nociva elevada) e a profundidade do perfil. Sua utilização mais racional é com pastagens, fruticultura ou reflorestamentos especialmente com araucárias que têm nesta região seu habitat natural.

Distribuição geográfica: Ocorrem no município Bom Jesus.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos ácidos e pobre em nutrientes).

Erosão: Forte (solos rasos em relevo ondulado).

Falta de água: Nula (ocorrem em região chuvosa).

Falta de ar: Moderada (solos frequentemente úmidos devido a elevada precipitação).

Mecanização: Forte (áreas declivosas e pedregosas).

Classificação (SiBCS): Argissolo Bruno-Acinzentado Ta Alumínico típico.

Caracterização geral: Estes solos não foram mapeados como unidade simples; somente ocorrem fazendo parte de 20% da área da Associação Caxias – Farroupilha – Carlos Barbosa. Os solos definidos como Carlos Barbosa são medianamente profundos, moderadamente drenados, com cores bruno escuras a bruno avermelhadas, textura franca a franco argilosa no A e argilosa no B, desenvolvidos a partir de rochas vulcânicas. Normalmente, são solos ácidos com saturação e soma de bases apresentando valores médios e com alumínio trocável baixo especialmente no horizonte A. Apresentam sequência de horizontes A, B e C.

Variações e inclusões: A principal variação destes solos diz respeito a cor do horizonte A que pode ser mais escura (preta) especialmente em perfis sob vegetação de mata, ou mais claro quando cultivados.

Uso potencial: Apresentam limitações moderadas a fortes à mecanização devido, principalmente, ao relevo que na maior parte da área só admite tipos leves de máquinas agrícolas. Algumas áreas fazem exceção, pois apresentam melhores condições de relevo podendo ser mecanizadas, entretanto, são áreas pequenas não ocorrendo locais próprios para grandes lavouras extensivas. Apresentam melhores condições de fertilidade que os outros solos componentes da Associação, assim mesmo, necessitam adubações especialmente fosfatada e calagens maciças. São mais apropriados para a utilização com cultivos forrageiros visando a produção de feno ou silagem para os animais (especialmente suínos ou gado leiteiro) e para culturas perenes principalmente fruticultura ou mesmo reflorestamento.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Salvador do Sul, Carlos Barbosa, Garibaldi, Farroupilha, Flores da Cunha, Antonio Prado, Bento Gonçalves, Guaporé, Muçum, Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Feliz, Caxias do Sul, Estrela, Vacaria, São Marcos e São Francisco de Paula.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (solos ácidos e pobre em nutrientes).

Erosão: Moderada a forte (devido a declividade).

Falta de água: Nula (apresentam boa retenção de água e ocorrem em região chuvosa).

Falta de ar: Ligeira (solos moderadamente drenados).

Mecanização: Moderada a forte (devido ao relevo e aos solos rasos associados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A10-253,91,90,320,041,44,812,45018
A225-505,62,50,100,100,83,312,4679
B50-1502,61,20,130,078,74,317,02469
C150-1801,51,20,110,1017,22,122,01386

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
12,3200100390300220271,30
7,018070340410360140,83
6,1906035060010980,58
2,422016032030001001,1

 

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho Ta Alumínico abrúptico.

Caracterização geralEsta unidade é constituída por solos medianamente profundos (com menos de 100 cm de espessura), bem drenados, vermelhos, argilosos, friáveis e apresentando um horizonte B textural bem desenvolvido. São solos ácidos, com saturação por bases alta no horizonte A. Possuem elevado teor de alumínio trocável em todo o perfil, com exceção do horizonte A (primeiros 15 cm), onde é praticamente nulo.

Variações e inclusões: As variações nesta unidade estão relacionadas com a ocorrência de perfis com horizonte A mais espesso e perfis mais profundos. Como inclusões, em cerca de 20% da área da unidade ocorrem perfis das unidades Charrua e Bom Retiro. Também ocorrem afloramentos de rochas em pequena percentagem.

Uso potencial: As principais limitações observadas são devidas a fertilidade natural, erosão e uso de implementos agrícolas. Para serem cultivados racionalmente, necessitam correção da fertilidade natural por meio da adubação fosfatada e calagem, além de adubação de manutenção. Deve ser efetuado controle da erosão com práticas conservacionistas intensivas. Uma vez corrigidas estas deficiências, podem apresentar bons rendimentos para a maioria das culturas. As áreas mais acidentadas devem ser aproveitadas para culturas perenes como citrus, rosáceas, videiras, ou serem reflorestadas.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Montenegro, Salvador do Sul, Dois Irmãos, Três Coroas, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Gravataí e Santo Antônio da Patrulha.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (apresentam deficiência de P).

Erosão: Forte (ocupam relevo ondulado).

Falta de água: Ligeira (podem apresentar problemas em alguns períodos no verão).

Falta de ar: Nula/ligeira (são solos bem drenados).

Mecanização: Moderada/forte (devido ao relevo declivoso e associação com solos rasos e afloramentos de rochas).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-15 6,5 2,2 0,24 0,08 0,3 5,3 14,6 62 3
Bt1 15-37 2,4 1,6 0,15 0,12 4,3 5,3 13,9 31 50
Bt2 37-74 2,7 2,2 0,09 0,09 5,0 5,0 15,0 34 50
C 74-100 4,1 4,3 0,08 0,15 8,6 4,7 17,8 48 34

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
A 220 130 350 300 220 27 1,2
Bt1 170 100 230 500 300 50 0,5
Bt2 130 70 170 630 270 57 0,3
C 110 70 330 490 180 63 0,7

Classificação (SiBCS): Latossolo Bruno Alumínico típico.

Caracterização geral: Unidade formada por solos com horizonte B latossólico semelhante ao Vacaria, diferenciando-se deste por serem mais profundos, ocuparem relevo ondulado e se localizarem em altitude inferior a 750 metros. São solos muito ácidos, com elevado teor de alumínio trocável, pequena soma de bases e muito baixa saturação por bases. Apresentam sequência de horizontes A, B e C.

Variações e inclusões: Esta unidade foi mapeada em área muito reduzida, não se verificando grandes variações. Há pequenas ocorrências de solos da associação Ciríaco – Charrua (Chernossolo – Neossolo) e Erechim (Latossolo Vermelho).

Uso potencial: Corrigidos os problemas da fertilidade natural, com calagem maciça, (10 a 15 Mg/ha de calcário), além da correção de fósforo e potássio e feita a conservação do solo por meio de terraços, estes solos podem ser cultivados com a maioria das principais culturas. Em grande parte da área, nas zonas mais declivosas, deve ser priorizado o uso perene, como pastagens, fruticultura e o reflorestamento.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de São Valentim e Erval Grande.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos ácidos e pobres em nutrientes).

Erosão: Moderada (demandam práticas conservacionistas para cultivo agrícola).

Falta de água: Nula (sem período de seca na região).

Falta de ar: Nula (são solos bem drenados).

Mecanização: Ligeira (devido ao relevo e ao risco de erosão em voçoroca).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-400,40,120,026,414,721,6392
AB40-600,40,050,025,07,012,5492
BA60-800,40,020,015,25,511,1493
B80-1300,40,020,014,54,9908492
BC130-1600,70,020,023,93,68,2885

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
3,4183325724570,56
1,2082306038380,49
1,0252227147340,31
0,774323703950,33
0,3461336001000,54

 

Solos da Campanha Gaúcha

Classificação (SiBCS): Plintossolo Argilúvico Eutrófico gleissólico.

Caracterização geral: Esta unidade compreende solos medianamente profundos, gleizados, apresentando teores elevados da fração silte nos horizontes superficiais e B argiloso. São solos mal a imperfeitamente drenados. Apresentam
mosqueados abundantes de várias tonalidades, desde o horizonte superficial, o que evidencia as condições de influência da água na sua formação. 
Característica importante nestes solos é a ocorrência de cascalhos (concreções de Fe e Mn), algumas vezes em grandes concentrações formando uma cama­da concrecionária. Quimicamente são solos ácidos (pH entre 5,0 e 5,5), com saturação e soma de bases baixa nos horizontes superficiais que aumentam com a profundidade do perfil, podendo apresentar algum problema de toxidez para as plantas devido ao alumínio
trocável. 
A sequência de horizontes é A, B e C. Ocorrem em relevo plano a suave ondulado, derivados de basaltos.

Variações e inclusões: A principal variação desta unidade diz respeito à espessura do horizonte A que pode ser maior (cerca de 20 cm). Como inclusões tem-se: Perfis de solos rasos, com horizonte A desenvolvido diretamente so­bre a
camada concrecionária, em cerca de 20% da área da uni­dade. E Luvissolos
da unidade Virgínia em aproximadamente 10% da área.

Uso potencial: Apresenta limitações à utilização agrícola devido, principalmente, as más condições físicas. Não apresentam problemas de erosão, pois ocorrem em relevo plano ou suavemente ondulado e as limitações pela fertilidade natural são moderadas, sen­do normalmente, pobres em nutrientes disponíveis necessitando adubações e
correções maciças. 
Sua melhor utilização é para pastagens. Algumas áreas mais planas possuem potencial para a cultura do arroz irrigado.

Distribuição geográfica: Ocorrem no município de São Borja.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (solos com baixa quantidade de nutrientes).

Erosão: Ligeira (apenas nas áreas suave onduladas).

Falta de água: Moderada (devido a região apresentar períodos de seca).

Falta de ar: Moderada (solos mal drenados).

Mecanização: Moderada a forte (devido ao excesso de umidade).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-10 2,3 1,0 0,08 0,05 2,1 6,9 12,5 18 37
BA 10-50 2,1 0,8 0,04 0,05 2,6 4,1 10,4 19 63
Btcg1 50-70 6,5 3,3 0,07 0,09 3,9 4,5 18,4 54 45
Btcg2 70-130+ 6,1 4,4 0,07 0,09 4,0 4,0 20,7 61 50
                     

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
11,9 120 120 530 230 100 59 2,30
7,1 170 120 440 280 140 51 1,50
4,3 80 70 270 570 330 42 0,46
3,0 60 80 240 610 350 42 0,42
               

Classificação (SiBCS): Neossolo Litólico Eutrófico fragmentário.

Caracterização geral: Constituído por solos rasos (em torno de 10 cm), bem drenados, desenvolvidos a partir de basaltos. Com coloração escura e saturação por bases alta. Apresentam sequência de horizontes A-R ou A-Cr-R. A textura é franca a franco argilosa e a estrutura é granular fraca a moderadamen­te desenvolvida. A transição para o C ou R é abrupta. Apresenta grande quantidade de cascalhos. O horizonte Cr, quando presente, é constituído de basalto parcialmente intemperizado. Ocorrem em relevo ondulado a forte ondulado.

Variações e inclusões: A principal variação desta unidade de mapeamento está na espessura do horizonte A que pode ser de alguns centímetros. Como inclusão observa-se Chernossolos da unidade Uruguaiana, além de afloramen­tos de rochas e pequena ocorrência de Vertissolos da unidade Escobar.

Uso potencial: As maiores limitações que estes solos apresentam ao desenvolvimento agrí­cola estão ligadas à profundidade do perfil. São solos muito rasos (litólicos) com pedregosidade superficial abundante, não permitindo que sejam aráveis. Também apresentam baixa disponibilidade hídrica. O uso mais adequado para estes solos é que sejam mantidos com pasta­gens, aumentando-se a capacidade do pastoreio através do manejo adequado. A introdução de fruticultura com espécies adaptadas a solos pedregosos, como a videira e a oliveira, pode ser uma alternativa sustentável.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Itaqui, Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Santana do Livramento, São Borja e Rosário do Sul.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira (solos férteis com deficiência de P).

Erosão: Forte (solos rasos em áreas declivosas).

Falta de água: Forte (solos com baixa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Forte (solos rasos, pedregosos e em áreas declivosas).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-15 8,4 3,0 0,29 0,11 0,8 3,4 16,0 74 63
R  –  –



 –  –
 –

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
12,9 250 300 280 170 100 41 1,65
 –  –  –  –  –  –  –  –

Classificação (SiBCS): Vertissolo Ebânico Órtico chernossólico.

Caracterização geralEsta unidade de mapeamento é constituída por solos pouco profundos, imperfeitamente ou mal drenados, pretos, argilosos, muito plásticos e muito pegajosos, desenvolvidos a partir de basaltos. Na massa do solo predominam argilominerais do tipo 2:1 com grande capa­cidade de contração e expansão. Durante a estação seca, a retração do solo provoca o aparecimento de fendas no perfil. Com o reumedecimento, estes solos voltam a expandir-se, originando o desenvolvimento de estrutura prismática que se desfaz em blocos angulares bem desenvolvida, com presença de “slickensides”. Na superfície do solo pode aparecer um microrelevo denominado “gilgai”. Apresentam sequência de horizontes A-Cv ou A-Bv-C. Ocorrem em relevo plano a suave ondulado.

Variações e inclusões: As principais variações dizem respeito ao ho­rizonte C, que pode apresentar carbonatação, e a espessura do horizonte A que pode variar bastante. As inclusões são: Neossolos da unidade Pedregal em cerca de 10% da área e Gleissolos e Chernossolos em pequena porção da área.

Uso potencial: As limitações ao uso agrícola destes solos referem-se a drenagem e as características físicas que apresentam. Devido às argilas expansivas que possuem são muito difíceis de serem trabalhados, tornando-se pesados e, quando molhados, muito plásticos e pegajosos. São solos férteis, mas precisam de adubação fosfatada. Recomenda-se para pastagens que são de boa qualidade e com excelente cobertura. As áreas mais planas poderão ser utilizadas com a cultura do arroz irrigado em rotação com pastagens.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Uruguaiana, Alegrete, Quaraí, Santana do Livramento e São Borja.

Graus de Limitação ao uso agrícola:

Fertilidade Natural: Ligeira a moderada (solos férteis, mas com deficiência de P).

Erosão: Moderada a forte (solos suscetíveis ao voçorocamento).

Falta de água: Forte (devido ao déficit hídrico da região).

Falta de ar: Moderada (solos imperfeitamente drenados).

Mecanização: Forte (solos pesados, plásticos e pegajosos).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A1 0-15 31,1 11,7 0,73 0,22 0 12,8 56,5 78 0
A2 15-70 38,6 15,3 0,16 0,47 0 8,0 62,5 87 0
Cv 70-120+ 37,4 16,8 0,09 0,66 0 1,6 56,6 97 0

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
56,4 30 20 430 520 370 29 0,83
33,3 20 10 310 660 590 11 0,47
4,4 50 50 30 590 570 4 0,51

Classificação (SiBCS): Vertissolo Ebânico Órtico chernossólico.

Caracterização geralEsta unidade é constituída por solos escuros, argilosos, pouco porosos, imperfeitamente drenados, muito plásticos e muito pegajoso. Quimicamente são solos moderadamente ácidos, com saturação por bases alta (V% maior que 80% no horizonte superficial, aumentando com a profundidade até 100% no C) e rico em nutrientes, entretanto, apresentam más condições físicas, pois predo­minam na massa do solo, argilas expansivas fazendo com que estes solos se tornem muito pegajosos quando molhados e compactos e fendilhados nas estações se­cas. São derivados de siltitos e ocorrem em relevo ondulado.

Variações e inclusões: As variações deste solo dizem respeito à profundidade do perfil, encontrando-se solos mais profundos onde o horizonte descrito como A/C, cons­titui praticamente um B. Encontra-se também nesta unidade inclusões de Neossolos Litólicos com hori­zonte A desenvolvido diretamente sobre a rocha.

Uso potencial: Apresentam boas condições de fertilidade, necessitando de adubação fosfatada para produzirem boas colheitas. Entretanto, possuem más condições físicas devido as argilas expansivas, tornando-os difíceis de trabalhar. Solos suscetíveis à erosão, necessitando de práticas especiais de controle a erosão. Apresentam potencial para pastagens e, em porções planas do terreno, para o cultivo de arroz irrigado.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Piratini, Pinheiro Machado, Bagé, Dom Pedrito e Herval.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira a moderada (solos férteis com deficiência de P).

Erosão: Forte (solos suscetíveis ao voçorocamento).

Falta de água: Forte (devido ao déficit hídrico da região).

Falta de ar: Ligeira a moderada (solos imperfeitamente drenados).

Mecanização: Moderada a forte (solos pesados, muito plásticos e pegajosos).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A1 0-20 14,7 7,1 0,73 0,29 1,1 6,2 30,1 76 5
A2 20-43 20,8 9,3 0,51 0,54 2,2 5,1 38,5 81 7
A/C 43-50 24,4 11,8 0,45 0,75 0,7 3,2 41,3 91 2
C1 50-62 21,7 10,4 0,45 0,76 0,2 2,0 35,5 94 1
C2 62-110+ 19,6 9,1 0,50 0,73 0,2 1,0 31,1 96 1

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
17,9 20 20 360 600 520 13 0,60
12,5 10 10 210 770 660 14 0,27
7,6 10 10 340 640 620 3 0,53
5,6 10 20 360 610 410 33 0,59
2,1 10 20 390 580 440 24 0,67

Classificação (SiBCS): Planossolo Háplico Eutrófico vertissólico.

Caracterização geralEsta unidade é constituída por solos pretos, imperfeitamen­te drenados, com nítido contraste entre os horizontes. Predominam na massa do solo argilominerais 2:1 expansivos, por isso são solos difíceis de trabalhar. São ligeiramente ácidos a neutros com saturação por bases alta e sem pro­blemas de acidez com alumínio. Apresentam sequência de horizontes A, B e C. Ocorrem em relevo suave ondulado e são derivados de siltitos.

Variações e inclusões: As principais variações destes solos são devidas a ocorrência de perfis onde o horizonte B é mais espesso e perfis com colorações mais brunas e amareladas. E como inclusões, ocorrem perfis de Vertissolos da unidade Aceguá, em cerca de 10% da área.

Uso potencial: São solos com boas condições de fertilidade natural, com ligeiros problemas de erosão, mas com sérias limitações devidas as más propriedades físicas e a dre­nagem imperfeita. São solos difíceis de serem trabalhados, tornando-se pesados e aderindo aos instrumentos agrícolas quando molhados e tornando-se duros e fendilhados quando secos. São apropriados para a utilização com pastagens.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Bagé e Dom Pedrito.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira a moderada (apresentam deficiência de P).

Erosão: Ligeira a moderada (são suscetíveis ao voçorocamento).

Falta de água: Ligeira a moderada (devido à períodos secos na região).

Falta de ar: Moderada (solos imperfeitamente drenados e pouco porosos).

Mecanização: Moderada (devido as más condições físicas do solo).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-25 6,0 2,5 0,11 0,14 0,5 4,3 13,6 65 10
Btg 25-40 20,4 5,5 0,09 1,61 0,3 3,0 30,9 90 9
C 40-60 26,6 7,0 0,12 2,15 0 0,5 36,4 98 0
R 60+ 41,2 9,6 0,09 1,73 0 52,6 100 0

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
18,4 50 360 420 120 70 59 3,5
9,0 30 190 340 440 310 31 0,77
7,3 30 160 420 400 330 19 1,05
2,4 30 210 570 200 180 9 2,70

Classificação (SiBCS): Chernossolo Ebânico Carbonático vertissólico.

Caracterização geralEsta unidade é constituída por solos medianamente profun­dos (1 m aproximadamente) apresentando cores escuras com tonalidades brunas e acinzentadas. São argilosos, imperfeitamente drenados, mui­to plásticos e muito pegajosos, com saturação por bases alta (superior a 60% no A, atin­gindo até 100% no B e C). É característica des­tes solos apresentar horizonte de acumulação de carbonato de cálcio na parte infe­rior do B e superior do C. A sequência de horizontes é A, B e C, com transição clara. Ocorrem em relevo plano e são derivados de basalto.

Variações e inclusões: As principais variações desta unidade de mapeamento correspondem a: Perfis mais rasos em que o horizonte B tem mais que 15 cm. No muni­cípio de Alegrete, em levantamento semidetalhado, os perfis mais ra­sos foram separados pertencendo a série Plano Alto; Perfis que ocorrem em áreas próximas a afloramentos de arenitos apresentando teores mais elevados de areia no horizonte A. Dentre as inclusões citam-se pequenas áreas de Vertissolos da unidade Escobar, além de afloramentos rochosos.

Uso potencial: As maiores limitações que estes solos apresentam ao desenvolvimento agrí­cola são devidas à drenagem e a permeabilidade. Não apresentam limitações quanto à erosão e mecanização. Do estudo das características químicas constata-se que são solos bem pro­vidos de bases, não apresentando problemas de toxidez de alumínio. A maior li­mitação quanto aos nutrientes diz respeito ao fósforo e potássio que são muito bai­xos. Para se elevar a produtividade recomenda-se, além da drenagem, adubação de correção com doses elevadas de fósforo e potássio. Apresentam bom potencial para pastagem natural ou melhorada e cultivo de arroz irrigado.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Uruguaiana, Alegrete e Itaqui.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira a moderada (apresentam deficiência de P e K).

Erosão: Nula a ligeira (apenas em relevo suave ondulado demandam práticas de  proteção à erosão).

Falta de água: Moderada (devido à períodos de seca na região).

Falta de ar: Moderada (solos imperfeitamente drenados).

Mecanização: Nulo (sem restrições).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-30 12,9 4,2 0,07 0,29 0 1,9 19,4 90 0
B1 30-57 23,0 6,8 0,09 0,54 0 1,6 32,0 95 0
B2 57-62 23,6 8,3 0,07 0,65 0 0 32,6 100 0
BC 62-80 24,4 6,7 0,08 0,61 0 0 31,8 100 0
C 80-130 21,8 6,5 0,08 0,57 0 0 29,0 100 0
Cr 130-160+ 20,2 4,5 0,08 0,46 0 0 25,2 100 0

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
16,2 130 120 500 250 170 32 2,00
9,9 100 90 410 400 370 8 0,03
5,5 100 90 370 440 340 23 0,84
4,5 100 90 350 460 370 20 0,76
2,1 120 90 360 460 340 21 0,84
1,8 110 100 400 390 330 15 1,03

Classificação (SiBCS): Luvissolo Crômico Pálico abrúptico.

Caracterização geralEsta unidade é constituída por solos medianamente profun­dos, bruno amarelados, imperfeitamente drenados, com horizonte B textural e sa­turação por bases alta. São formados a partir de sedimentos de basalto. Estes solos apresentam sequência de horizontes A, B e C. O horizonte C é gleizado de coloração cinzenta e mosqueado de colora­ção preta. A textura é argilosa, e a estrutura é em blocos angulares for­mada pela intersecção dos “slickensides”. Neste horizonte é comum o desenvolvimento de concreções de ferro e manganês. Ocorrem em relevo plano a suave ondulado.

Variações e inclusões: As principais variações que ocorrem nesta unidade de mapeamento são: Perfis com maior grau de hidromorfismo onde os solos apresentam co­res cinzentas no B, podendo ou não apresentar concreções de ferro e manganês; Perfis que embora apresentem características morfológicas semelhantes apresentam saturação por bases baixa. Estes solos ocorrem principalmente no mu­nicípio de São Borja. Como inclusões tem-se: Neossolos da unidade Pedregal em menos de 5% da área e Vertissolos da unidade Escobar em menos de 2% da área.

Uso potencial: As maiores limitações que estes solos apresentam ao desenvolvimento agrí­cola estão ligados à drenagem e fertilidade. Necessitam de calagens leves e fortes adubações fosfatadas e potássicas. Em áreas de relevo plano possuem boa aptidão para o cultivo de arroz irrigado. Atualmente, em áreas de fácil drenagem, a soja tem entrado na rotação com arroz irrigado e pastagens.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de São Borja, Itaqui, Alegrete e Uruguaiana.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira (devido aos baixos teores de P).

Erosão: Nula a ligeira (boa parte ocorre em relevo plano).

Falta de água: Moderada (devido à períodos de seca na região).

Falta de ar: Moderada (solos imperfeitamente drenados).

Mecanização: Nula (sem restrições).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-40 4,4 1,6 0,07 0,07 1,0 4,8 11,9 51 14
BA 40-80 9,7 4,5 0,04 0,28 2,0 4,0 20,5 71 12
B1 80-150 15,5 7,9 0,05 0,44 0 1,6 25,5 94 0
B2 150-165 19,2 9,9 0,05 0,61 0 0 29,8 100 0
CB 165-220 19,7 13,6 0,09 0,73 0 0 34,1 100 0
C 220-250 28,2 14,5 0,07 0,91 0 0 43,7 100 0

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
14,8 180 410 230 100 100 57 1,78
6,8 150 100 260 490 100 0,53
2,9 140 90 260 510 70 86 0,51
1,5 140 90 270 500 100 0,54
1,2 80 90 310 520 460 12 0,60
1,1 80 180 410 330 320 3 1,24

Classificação (SiBCS): Gleissolo Háplico Ta Eutrófico vertissólico.

Caracterização geral: Predominam nesta unidade solos escuros, gleizados, argilosos mas com elevados teores da fração silte, mal drenados, pouco porosos, firmes, muito plásticos e muito pegajosos, situados em relevo plano e derivados de sedimentos de basalto. São solos bastante influenciados pelas condições de umidade, podendo permanecer com água a superfície durante alguma parte do ano. Quimicamente são muito ácidos, bem providos de nutrientes com exceção do fósforo trocável e com valores elevados de soma de bases, CTC e saturação por bases.

Variações e inclusões: A principal variação refere-se a espessura do horizonte A. Em áreas mais abaciadas o horizonte A é mais espesso sendo ao redor de 30 cm. Como inclusões ocorrem perfis de Planossolos e Chernossolos correspondentes às unidades Vacacaí e Uruguaiana, respectivamente.

Uso potencial: As condições de drenagem e as más propriedades físicas são as maiores limitações à utilização agrícola destes solos. Em vista disto são mais aconselháveis para a cultura do arroz irrigado que não necessita drenagem. Necessitam de fortes adubações fosfatadas.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de São Borja, Itaqui, Uruguaiana, Bagé e em alguns locais na área da Logoa Mirim.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (devido aos baixos teores de P e problemas com Al).

Erosão: Nula (ocorrem em áreas planas).

Falta de água: Nula (solos saturados praticamente o ano todo).

Falta de ar: Forte (solos mal drenados e pouco porosos).

Mecanização: Forte (devido as más condições físicas).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-15 10,3 4,5 0,21 0,13 2,9 7,0 25,0 60 16
Cg1 15-30 17,2 7,2 0,07 0,13 1,7 5,2 31,6 78 6
Cg2 30-85+ 24,7 9,9 0,09 0,14 0 0 36,9 94 0

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
14,3 40 30 520 410 240 42 1,26
6,7 50 20 400 530 360 31 0,75
3,6 50 20 360 570 450 20 0,63

Observação: Os dados do perfil de solo foram extraídos do Boletim técnico nº 30 (BRASIL, 1973), enquanto as imagens foram cedidas pelos professores Fabrício Pedron (UFSM) e Ricardo Dalmolin (UFSM), por isso, pode não haver a equivalência na sequência e profundidade dos horizontes.

Classificação (SiBCS): Chernossolo Argilúvico Órtico saprolítico.

Caracterização geral: Esta unidade é formada por solos medianamente profundos, com cores bruno escuras, argilosos, poucos porosos e imperfeitamente drenados. Na massa do solo predominam argilas do tipo 2:1, sendo muito plásticos e muito pegajosos quando molhados. Quimicamente são solos bem providos de nutrientes com exceção do fósforo disponível. A soma e saturação por bases são elevadas. Apresentam sequências de horizontes A, B e C.

Variações e inclusões: Como inclusão nesta unidade de mapeamento tem-se Neossolos Litólicos derivados de siltitos em 5% da área da unidade e Vertissolos da unidade Aceguá em 10% da área.

Uso potencial: Apresentam boas propriedades químicas, são ricos em nutrientes com exceção do fósforo disponível, ocorrendo em relevo suavemente ondulado. Entretanto, apresentam más propriedades físicas, sendo muito plásticos e muito pegajosos quando molhados e, portanto, de manejo difícil. A sua melhor utilização é para pastagem.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Dom Pedrito, Rosário do Sul, Santana do Livramento, Herval e Bagé.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira a moderada (apresentam deficiência de P).

Erosão: Moderada (São suscetíveis ao voçorocamento).

Falta de água: Moderada (devido ao déficit hídrico na região).

Falta de ar: Moderada (solos imperfeitamente drenados e pouco porosos).

Mecanização: Moderada (devido as más condições físicas).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-2511,36,40,280,202,56,927,66612
BA25-5511,26,70,130,412,65,526,56912
B155-7019,010,20,190,730,55,035,6852
B270-7527,415,20,250,990,23,047,0931
C75-9628,714,30,341,030044,41000
Cr96-12026,014,10,500,990041,61000

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
18,0270100420210200370,98
12,79050410450370180,91
12,27040330460490130,59
0,3502022071066070,31
3,010450540470130,83
1,4420580470190,72

Classificação (SiBCS): Luvissolo Háplico Órtico típico.

Caracterização geral: Esta unidade é constituída em sua maior parte por solos medianamente profundos, moderadamente drenados, bastante influenciados pelas condições de umidade que são evidenciadas pelas cores cinzentas e mosqueados abundantes ao longo do perfil. O horizonte A é franco e o B é argiloso a francosiltoso na transição para o C, apresentando teores elevados de silte, que aumenta com a profundidade. A fração argilosa é constituída predominantemente por argilas expansivas do tipo 2:1. Quimicamente, são solos ácidos e com alumínio trocável alto nos horizontes superficiais, com soma e saturação por bases alta e bem providos de nutrientes disponíveis, com exceção do fósforo. Apresentam sequência de horizontes A, B e C.

Variações e inclusões: Solos bastante homogêneos. A principal variação diz respeito à ocorrência de perfis mais profundos, principalmente, em áreas coluviais. Como inclusões tem-se Vertissolos em cerca de 20% da área da unidade e afloramentos de rochas em 10% da área.

Uso potencial: A melhor utilização destes solos é para pastagem, pois são de manejo difícil. Embora sendo relativamente férteis, apresentam limitações devidas ao exces­so d’água em algumas épocas do ano e pela erosão, necessitando, quando cultivados, práticas conservacionistas relativamente complexas. A mecanização também apresenta sérios impedimentos devidos ao relevo e as voçorocas existentes e também ao tipo de argila expansiva dominante na mas­sa do solo que retém água em demasia, tornando os solos difíceis de trabalhar.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de São Grabriel, Rio Pardo, Dom Pedrito e Butiá.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira a moderada (apresentam deficiência de P e alto Al).

Erosão: Forte (solos muito suscetíveis a erosão).

Falta de água: Moderada (devido à déficit hídrico na região).

Falta de ar: Ligeira a moderada (solos moderadamente drenados, pouco porosos).

Mecanização: Moderada a forte (devido ao relevo, voçorocas e tipo de argila).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-28 7,4 2,7 0,29 0,17 3,1 6,4 20,1 53 33
Bt1 28-45 20,4 5,5 0,39 0,52 3,1 5,2 35,1 76 10
Bt2 45-65 26,4 6,9 0,62 0,71 0,7 2,8 38,1 91 20
C 65-80 30,6 7,0 0,57 0,82 0,2 2,0 41,2 95 1
Cr 80-300+ 34,4 7,1 0,56 1,09 0 0,3 43,5 99 0

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
19,6 30 180 420 370 180 51 1,14
11,5 20 80 390 510 330 35 0,76
6,0 60 20 680 240 160 33 2,91
3,8 30 10 770 190 130 32 4,05
1,0 90 20 760 130 100 23 5,85

Classificação (SiBCS): Argissolo Amarelo Ta Alumínico abrúptico.

Caracterização geral: Predominam nesta unidade solos profundos, arenosos, friáveis em toda a extensão do perfil, com horizonte B textural com estrutura em blocos angulares bem marcada, moderada e imperfeitamente drenados e com início de gleização nos horizontes mais profundos. Quimicamente são solos pobres em nutrientes, ácidos, com soma e saturação por bases baixas. O alumínio nos horizontes superficiais é baixo, mas com valores elevados nos horizontes mais profundos. Os perfis apresentam sequência de horizontes A, B e C, bem diferenciados. Ocorrem em relevo suave ondulado a ondulado, derivados de arenitos.

Variações e inclusões: Nesta unidade de mapeamento encontra-se como inclusões Argissolos das unidades São Pedro e Santa Maria em 10% da área e solos hidromórficos, predominantemente Gleissolos Háplicos, localizados nas porções mais abaciadas do relevo, em aproximadamente 10% da unidade.

Uso potencial: São solos ácidos, com saturação por bases baixa e pobres em nutrientes e matéria orgânica. Para produzir boas colheitas necessitam calagem e forte adubação de fósforo e potássio. Quando cultivados, especialmente com culturas anuais, necessitam práticas conservacionistas intensivas, pois são susceptíveis à erosão devido ao gradiente textural elevado e apresentam baixa retenção de água nos horizontes superficiais arenosos.

Distribuição geográfica: Ocorrem no município de Santana do Livramento.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade Natural: Forte (solos com baixa fertilidade).

Erosão: Forte (solos com elevado gradiente textural e arenosos na superfície).

Falta de água: Moderada (são solos moderadamente drenados).

Falta de ar: Ligeira (devido a drenagem).

Mecanização: Ligeira (devido a eventuais voçorrocas na área).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A1 0-25 1,0 0,7 0,07 0,06 1,0 3,0 5,8 51 36
A2 25-45 0,8 0,6 0,05 0,04 1,9 3,1 6,5 23 56
AB 45-60 1,0 0,5 0,09 0,10 3,8 3,8 9,1 19 69
B1 60-90 1,1 0,5 0,06 0,09 6,9 3,9 12,6 14 79
B2 90-120 1,1 0,06 0,08 5,2 2,6 9,0 13 81
BCg 120-165 1,6 1,5 0,09 0,08 5,5 2,1 10,9 30 63
Cg 165-180+ 3,7 2,7 0,06 0,06 6,4 1,6 14,5 45 50

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
8,1 420 390 110 80 40 50 1,38
7,2 350 400 120 130 60 54 0,92
8,2 290 330 130 250 140 44 0,52
8,2 200 230 130 440 290 34 0,30
4,7 260 260 130 350 20 94 0,37
2,6 270 280 120 330 50 85 0,36
1,4 410 250 110 230 80 65 0,48

Classificação (SiBCS): Argissolo Amarelo Ta Alumínico abrúptico.

Caracterização geral: Predominam nesta unidade solos profundos, com cores brunas e acinzentadas, arenosos, porosos, e imperfeitamente drenados. Apresentam sequência de horizontes A, B e C, bem diferenciados com mosqueados desde o horizonte A o que evidencia a condição de imperfeitamente drenados. São desenvolvidos a partir de arenitos, em relevo suave ondulado a ondulado. Quimicamente são solos fortemente ácidos, com saturação por bases baixa, sem problemas sérios de alumínio trocável nos horizontes superficiais, apesar deles aumentarem nos horizontes subsuperficiais.

Variações e inclusões: Nesta unidade de mapeamento encontra-se, como inclusão, 20% de solos hidromórficos (Gleissolos Háplicos) na porção mais abaciada do relevo.

Uso potencial: São solos que apresentam algumas restrições para a produção de culturas anuais, devido à drenagem. Não apresentam praticamente problemas a mecanização. Podem ser cultivados com culturas de verão, necessitando que sejam adubados e que se corrija a acidez para melhorar as condições de fertilidade natural que são baixas. Requerem também as práticas intensivas de conservação do solo pois são susceptíveis a erosão.

Distribuição geográfica: Ocorrem no município de Dom Pedrito.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos ácidos e pobres em nutrientes).

Erosão: Forte (solos arenosos com elevado gradiente textural em relevo ondulado).

Falta de água: Ligeira (são solos imperfeitamente drenados).

Falta de ar: Ligeira a moderada (solos com porosidade limitada).

Mecanização: Ligeira (praticamente sem restrições).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A1 0-30 1,0 0,5 0,08 0,03 1,0 2,6 5,2 31 38
A2 30-55 1,0 0,2 0,08 0,04 1,2 2,4 4,9 27 48
AB 55-85 1,0 0,3 0,11 0,06 1,7 1,7 4,9 31 53
Bt 85-110 2,0 1,5 0,14 0,20 4,6 3,2 11,6 33 55
BC 110-130 2,6 2,4 0,22 0,36 3,3 2,0 10,9 51 37
C 130-150+ 3,4 1,6 0,13 0,41 1,9 1,7 9,1 60 26

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
8,7 290 490 130 90 30 67 1,44
5,4 240 500 150 110 80 27 1,36
3,7 220 460 170 150 100 35 1,13
7,3 150 310 150 390 300 23 0,38
3,6 170 330 160 340 270 21 0,47
3,0 180 370 150 300 250 17 0,50

Observação: Os dados do perfil de solo foram extraídos do Boletim técnico nº 30 (BRASIL, 1973), enquanto as imagens foram cedidas pelos professores Fabrício Pedron (UFSM) e Ricardo Dalmolin (UFSM), por isso, pode não haver a equivalência na sequência e profundidade dos horizontes.

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho Eutrófico típico.

Caracterização geralEsta unidade de mapeamento é formada na maior parte da área por solos profundos, de coloração vermelha escura a bruno avermelhada escura, com teores elevados da fração areia, principalmente no horizonte A e argilosos no B. Ocorrem em relevo suave ondulado a ondulado, derivados de arenitos. Quimicamente são ácidos, com saturação por bases média (pouco superior a 50%), pobres em matéria orgânica e na maioria dos nutrientes disponíveis. São solos podzolizados, apresentando sequência de horizontes A, B e C.

Variações e inclusões: Como variação observam-se perfis com textura mais leve no horizonte B. Como inclusões, na área ocorrem solos hidromórficos como os Gleissolos, ocupando as depressões. Também ocorrem afloramentos de rochas e Neossolos.

Uso potencial: Devido ao caráter arenoso destes solos, devem ser utilizados em primeiro lugar para pastagem. Entretanto, pode ser feita a rotação com agricultura, preferencialmente nas áreas de solos mais pesados e também melhores quimicamente. Nas áreas mais declivosas, as práticas de conservação do solo são imprescindíveis, dada a sua forte susceptibilidade à erosão.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos município de Bagé e Dom Pedrito.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos pobres em nutrientes).

Erosão: Forte (solos arenosos com elevado gradiente textural).

Falta de água: Moderada (solos com baixa capacidade de retenção de água).

Falta de ar: Nula (sem restrições).

Mecanização: Ligeira a moderada (devido aos solos hidromórficos que ocorrem associados).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A1 0-25 2,4 1,2 0,10 0,05 0,2 2,1 6,2 61 50
A2 25-70 2,8 1,0 0,04 0,05 0,8 2,5 7,2 53 17
B1 70-100 3,7 1,5 0,06 0,05 2,4 3,3 11,0 48 31
B2 100-120 2,8 1,9 0,07 0,05 2,7 2,2 9,8 50 35
B3 120-155 2,5 1,9 0,07 0,06 2,2 2,0 8,8 51 32
BC 155-180 2,3 1,8 0,06 0,03 1,8 1,5 7,4 56 30

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
9,5 400 350 130 120 30 79 1,08
7,4 320 340 150 180 70 62 0,83
7,8 200 240 130 440 200 53 0,29
4,7 200 260 130 410 130 69 0,31
4,5 220 290 130 370 60 83 0,35
2,4 230 320 140 310 10 94 0,45

Classificação (SiBCS): Neossolo Quartzarênico Órtico típico.

Caracterização geralEsta unidade de mapeamento é constituída por solos muito arenosos, com cores bruno amareladas, formados a partir de deposições aluvionais recentes. Quimicamente são solos muito pobres, bem a moderadamente drenados. Ocorrem em relevo plano a  suave ondulado.

Variações e inclusões: Como variação destes solos tem-se perfis com horizonte A pouco mais argiloso, de textura areia franca e franco arenosa, com maior quantidade de matéria orgânica. A inclusão que se observa é a de Vertissolos da unidade Escobar nas áreas abaciadas do relevo.

Uso potencial: A principal limitação deste solo diz respeito à baixa fertilidade natural, a textura arenosa e ao microrrelevo que dificulta a mecanização. Apresentam também riscos de inundação, pois estão situados ao longo dos cursos d’água. Em alguns locais podem ser cultivados com arroz irrigado, demandando forte adubação e grandes volumes de irrigação, pois apresentam elevada drenagem. Quando ao longo de cursos d’água, em áreas de preservação permanente, devem ser reservados a preservação ambiental.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Arroio Grande, Herval, Pedro Osório, Bagé, Itaqui e Alegrete.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos pobres em nutrientes).

Erosão: Forte (solos muito arenosos).

Falta de água: Forte (solos com baixa retenção de água).

Falta de ar: Nula (sem restrições).

Mecanização: Moderada (devido ao microrelevo).

Solos do Escudo Cristalino

Classificação (SiBCS): Neossolo Regolítico Distrófico léptico.

Caracterização geralEsta unidade é constituída por solos bem drenados, de coloração escura, apresentando textura média, com per­centagens elevadas das frações mais grosseiras (areia grossa e cascalhos), ocorrendo em relevo ondulado a forte ondulado, de­rivados de granitos. Uma característica morfológica importante é a presença de línguas ou bolsas, que penetram no horizonte Cr, constituídas de material semelhante ao do A (transição irregular). Geralmente, são solos ácidos, com saturação e soma de bases média e prati­camente livres de acidez nociva, sendo bem providos de matéria orgânica. Apresentam a sequência de horizontes A, Cr ou A, R (passando a Neossolos Litólicos).

Variações e inclusões: As principais variações destes solos dizem respeito ao horizonte A, que pode apresentar cores mais claras, textura mais pesada (argila) e serem praticamente isentos de cascalhos. As inclusões são: Perfis de solos onde já há o desenvolvimento de um horizonte B, em cerca de 20% da área da unidade, e afloramentos de rochas em aproximadamente 10% da área da unidade.

Uso potencial: A principal limitação é a pouca profundidade, a pedregosidade e também o relevo (nas áreas de relevo forte on­dulado). A mecanização é, portanto, bastante difícil, na maior parte da área, somente ti­pos leves de maquinaria agrícola podem ser utilizados, principalmente, os de tração animal ou manuais. O uso mais adequado é para preservação ambiental. Apesar das limitações, parte da área pode ser utilizada com culturas pere­nes como pastagem, fruticultura (com destaque para videira e oliveira) e reflorestamento.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Piratini, Canguçu, Encruzilhada do Sul, Porto Alegre, Bagé, Dom Feliciano, São Jerônimo, Guaíba, Viamão, Cachoeira do Sul, São Sepé, Caçapava do Sul, São Gabriel, Dom Pedrito, São Lourenço do Sul e Rio Pardo.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (solos com deficiência de nutrientes).

Erosão: Forte (devido à declividade do terreno).

Falta de água: Moderada a forte (baixa retenção de água).

Falta de ar: Ligeira (solos bem drenados e porosos).

Mecanização: Forte (devido à declividade do terreno, pedregosidade e afloramentos associados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-202,52,00,860,040,55,311,2488
Cr20-801,10,70,130,076,11,09,12275

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
24,340015024021080610,54
2,014018047021010966,13

Classificação (SiBCS): Neossolo Litólico Distrófico típico.

Caracterização geralOs solos denominados Guaritas ocorrem associados a afloramentos de rocha formando a associa­ção Guaritas-afloramentos de rocha. Os solos são rasos, de coloração bruno acinzentada escura, arenosos, bem drenados e desenvolvidos a partir de arenitos conglomerados, em relevo forte ondulado. São solos ácidos com saturação por bases média e pobres em nutrientes disponíveis. Apresentam significativa pedregosidade (seixos) associada ao perfil do solo.

Variações e inclusões: Esta unidade de solo ocorre associada a afloramentos de rocha, na proporção de 60-40% solos da unidade Guaritas-afloramentos de rocha respectivamente. Ocorrem ainda, em pequena quantidade, inclusões de solos mais profundos da unidade Caldeirão (Argissolos). Como variação dos solos Guaritas tem-se Neossolos Litólicos/Neossolos Regolíticos de textura mais pesada, formados sobre maior influência de seixos, que são abundantes na área.

Uso potencial: Solos com sério impedimento ao uso agrícola, principalmente, de­vido ao relevo forte ondulado em que ocorrem, a pouca profundidade e aos afloramentos de rochas. Também, devido à textura arenosa, são solos com pouca capacidade de retenção de água. Todas essas condições restringem seu uso, podendo ser adaptados principalmente, para reflorestamento ou pastagens onde os solos são mais profundos, no entanto, de forma geral, são áreas que devem ser limitadas à preservação ambiental.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Caçapava do Sul, Lavras do Sul, Bagé, Pinheiro Machado, Piratini e Santana da Boa Vista.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos pobres em nutrientes).

Erosão: Forte (terreno forte ondulado).

Falta de água: Forte (solos arenosos e rasos).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Muito Forte (terreno muito declivoso e rochoso).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A1 0-20 2,8 1,0 0,14 0,05 0,9 3,2 8,0 50 19
A2 20-40 2,5 0,8 0,10 0,15 0,8 3,3 7,7 47 18

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
9,1 490 280 130 100 80 20 1,30
8,0 470 290 140 100 80 20 1,40

Classificação (SiBCS): Neossolo Regolítico Húmico típico.

Caracterização geralEsta unidade é constituída por solos pouco profundos, com mais de 15 cm de espessura, bem drenados, textura média, ocorrendo em relevo ondulado a forte ondulado, desenvolvidos a partir de xisto. São de coloração escura, com saturação por bases alta (V% maior que 50%) e com argila de atividade alta. Apresentam a sequência de horizontes A, Cr ou A, R (passando a Neossolos Litólicos).

Variações e inclusões: Nesta unidade foram enquadrados perfis com horizonte A menos espesso que 10 cm e presença de camada saprolítica (horizonte Cr) ou contato lítico (camada R) diretamente abaixo do horizonte A. Como inclusão, ocorrem Luvissolos da unidade Cambai e Afloramento de rochas.

Uso potencial: Estes solos têm como limitações impedimento ao uso de implementos agrícolas devido à profundidade, suscetibilidade à erosão devido ao relevo e a falta de fertilidade natural. O uso mais adequados para esses solos é a preservação ambiental. Parte menos declisosa da unidade pode ser usada com culturas perenes como pastagens, reflorestamento ou fruticultura com espécies adaptadas a solos rasos e pedregosos.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Santana da Boa Vista, Cachoeira do Sul, São Sepé, Caçapava do Sul, Rio Pardo, São Gabriel, Encruzilhada do Sul e Butiá.

Graus de limitação ao uso agr´ícola:

Fertilidade natural: Moderada (apresentam dificiência de nutrientes).

Erosão: Forte (devido ao terreno declivoso).

Falta de água: Forte (solos com baixa retenção de água).

Falta de ar: Nula (sem restrições).

Mecanização: Forte (devido a pedregosidade, declividade e afloramentos associados).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-20 4,0 4,4 0,16 0,07 2,3 7,9 17,8 50 23
Cr 20-100+ 1,5 8,6 0,09 0,16 2,3 4,7 17,4 60 18

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
23,0 160 100 400 340 230 38 1,00
9,7 110 160 400 340 280 22 1,03

Classificação (SiBCS): Luvissolo Crômico Órtico típico.

Caracterização geral: Predominam nesta unidade solos rasos, bem drenados, que apresentam um horizonte A proeminente, bruno acinzentado muito escuro, fran­co, que transaciona abruptamente para um B textural de coloração bruno aver­melhada e vermelho amarelada, argilosa e com características bem desenvolvidas. Ocorrem em relevo ondulado e são derivados de xistos. São solos ligeiramente ácidos, com saturação e soma de bases alta e relati­vamente bem providos de nutrientes disponíveis, com exceção do fósforo que é baixo. Apresentam sequência de horizontes A, B e C.

Variações e inclusões: Em geral, estes solos apresentam como variações perfis com horizonte A mais pesado (franco argiloso), e com colorações mais claras. Como inclusões, tem-se, em 20% da área, Neossolos da unidade Ibaré e, em 10% da área, afloramentos de rochas.

Uso potencial: Solos com boas condições para a produção de culturas anuais ou perenes. Demandam correção da fertilidade, necessitando de adubação fosfatada. A mecanização, em alguns locais, é difícil. A conservação do solo deve ser feita por meio de práticas intensivas de contro­le à erosão. Quando corrigidas as deficiências podem ser cultivados com ótimos ren­dimentos com a maioria das culturas regionais.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de São Gabriel, São Sepé, Camaquã e Dom Feliciano.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (apresentam deficiência de P).

Erosão: Moderada (demandam práticas conservacionistas).

Falta de água: Moderada (devido à períodos de seca).

Falta de ar: Nula a ligeira (sem restrições).

Mecanização: Moderada (devidos aos solos rasos e afloramentos associados).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A1 0-26 5,9 2,5 0,26 0,06 0,3 5,5 14,5 60 3
A2 26-53 5,2 2,1 0,08 0,05 0,2 4,1 11,7 63 3
Bt 53-67 7,5 3,4 0,08 0,08 0,4 2,6 14,1 79 3
BC 67-85 8,1 2,6 0,04 0,09 0,5 1,8 13,1 82 4
Cr 85-130+ 8,4 2,7 0,02 0,06 0,5 1,2 12,9 87 4

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
20,7 180 170 400 250 40 84 1,6
7,7 210 180 370 240 90 62 1,54
7,6 170 120 300 410 210 49 0,73
4,4 200 130 430 240 140 42 1,79
2,4 220 180 480 120 70 42 4,00

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho Distrófico típico.

Caracterização geralEsta unidade é formada, na sua maior parte, por solos pro­fundos, bem drenados, de coloração avermelhada, textura franco argilosa a argi­losa com cascalhos, porosos e desenvolvidos a partir de granitos, em relevo suave ondulado a ondulado. Normalmente, são solos fortemente ácidos, com saturação e soma de bases baixa e com teores baixos de matéria orgânica. Apresentam sequência de horizontes A, B e C. No horizonte C, ocorre material de origem parcialmente de­composto, de coloração amarelada.

Variações e inclusões: As principais variações são a cor do horizonte A que pode variar e a ocorrência de perfis mais rasos (em torno de 1 m) em áreas de relevo mais declivoso. Como inclusões têm-se Gleissolos ocorrendo nas depressões do terreno, em cerca de 10% da área da uni­dade; Plintossolos ocorrendo em áreas de relevo mais suave, mais influenciadas pelas condi­ções de umidade;  e Neossolos da unidade Pinheiro Machado ocorrendo nas partes mais declivosas do relevo, principalmente próxi­mas aos cursos d’água, em cerca de 10% da área da unidade.

Uso potencial: Solos pró­prios para a produção de culturas anuais, pastagens e reflorestamento. Suas principais limitações dizem respeito à fertilidade natural que é baixa necessitando de calagens maciças, pois são solos muito ácidos e já com problemas de toxidez devido ao alumínio. Também requerem adubação mineral, principalmente a fosfatada e práticas de controle à erosão, sendo o terraceamento uma prática bastante recomendável. Nestas condições podem ser cultivadas a maioria das culturas regionais.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de São Jerônimo, São Sepé, Caçapava do Sul, Arroio dos Ratos, Rio Pardo e Guaíba.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos ácidos e pobres em nutrientes).

Erosão: Moderada a forte (ocorrem em relevo ondulado).

Falta de água: Ligeira (praticamente sem restrições).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira a moderada (devido a ocorrência de solos hidromórficos e solos rasos associados).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-20 1,6 1,3 0,41 0,05 1,1 4,1 8,5 39 0,25
BA 20-42 1,3 1,0 0,41 0,04 2,4 4,8 9,9 28 0,49
Bt1 42-70 1,2 0,8 0,38 0,04 2,5 4,1 9,0 27 0,53
Bt2 70-130 4,0 0,8 0,29 0,05 2,4 3,5 8,0 26 0,55
Bt3 130-190 0,9 1,0 0,23 0,04 2,3 2,3 6,7 31 0,52
BC 190-220 0,8 1,0 0,22 0,04 2,1 3,0 7,2 29 0,5

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
11,6 350 120 220 310 16 49 0,70
9,3 180 110 230 480 24 50 0,47
6,8 230 110 190 470 27 43 0,40
4,5 250 130 190 430 26 41 0,44
3,3 310 130 190 370 5 87 0,51
2,7 230 110 200 460 0 100 0,43

Classificação (SiBCS): Luvissolo Crômico Pálico abrúptico.

Caracterização geral: Predominam nesta unidade solos profundos com cores brunas no horizonte A e avermelhadas no B, textura franco arenosa a argilosa, podzolizados, moderadamente a bem drenados. São derivados de arenito, em relevo ondulado. Quimicamente são solos ácidos nos horizontes superficiais com saturação por bases média e neutros no B com saturação alta. Apresentam sequência de horizontes A, B e C bem diferenciados. Apresentam mosqueados de várias tonalidades no horizonte B.

Variações e inclusões: Como inclusões nesta unidade de mapeamento tem-se: 15% de Neossolos Litólicos da unidade Guaritas e 10% de afloramentos rochosos.

Uso potencial: Solos profundos, com boas proprieda­des físicas, ocorrendo em relevo ondulado. As principais limitações dizem respeito à fertilidade natural e aos afloramentos de rochas e solos rasos que ocorrem as­sociados. As práticas conservacionistas também se fazem necessárias, principal­mente nas áreas de relevo mais movimentado. São solos com potencial para o cultivo anual de grãos.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Caçapava do Sul, Canguçu, Piratini, Santana da Boa vista, Encruzilhada e Cachoeira do Sul.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (solos que demandam adubação).

Erosão: Forte (solos com elevado gradiente textural em relevo ondulado).

Falta de água: Ligeira a moderada (solos de textura superficial média).

Falta de ar: Nula (solos bem drenados e porosos).

Mecanização: Ligeira a moderada (devido aos solos rasos e afloramentos associados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A10-302,91,40,220,050,63,89,05112
A230-452,10,80,130,061,33,07,44230
AB45-552,41,10,110,102,12,38,14636
B155-905,94,50,220,373,02,716,76621
B290-10010,15,90,160,610016,81000
C100-190+3,82,10,060,24006,21000

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
11,611047026016090441,63
5,8110460260170120291,53
4,590410260240170291,08
4,550260230460330280,50
4,150330270350300140,77
0,7506801209050441,33

Classificação (SiBCS): Luvissolo Háplico Órtico típico.

Caracterização geral: Predominam nesta unidade, solos rasos, de coloração bruno avermelhada es­cura no A e bruno escura no B. Normalmente, o horizonte A apresenta textura su­perficial mais leve (franco arenosa a franco argiloarenosa), transicionando clara­mente para um horizonte B de máxima concentração de argila e com caracterís­ticas bem desenvolvidas. São solos bem drenados e formados a partir de granitos e gnaisses, em relevo ondulado. Uma característica bastante representativa nos perfis desta unidade é a pre­sença de línguas ou bolsas que penetram no horizonte C, constituídas de material semelhante ao B (transição irregular). Quimicamente são solos ácidos, com saturação por bases média a alta, sem problemas de alumínio trocável nos horizontes superficiais e relativamente pobres em nutrientes disponíveis. Apresentam sequência de horizontes A, B e C bem diferenciados.

Variações e inclusões: As variações destes solos são relativas à profundidade do perfil (maior grau de desenvolvimento do horizonte B), e perfis com horizontes A mais escuro, depen­dendo do teor de matéria orgânica. Nesta unidade são encontrados, em cerca de 20% da área, Neossolos da unidade Pinheiro Machado e pequena percentagem de afloramentos de rochas. Observa-se também solos com saturação de bases baixa e com argila de atividade baixa, morfologicamente semelhantes ao perfil descrito.

Uso potencial: Apresentam boas características para produção de culturas anuais, desde que corrigidas suas deficiências, principalmente de fertilidade. Sua limitação mais séria, diz respeito ao uso de implementos agrícolas, que é dificultado em alguns locais pelos afloramentos de rochas e solos mais rasos associados. Deve ser feito controle à erosão através de práticas conservacionistas, bem como, correção de acidez através da calagem e adubação maciça, principalmente, fosfatada. Em determinados casos, podem ser introduzidas pastagens cultivadas em rotação com cultivos de grãos. As áreas de solos mais rasos são próprias apenas para pastagens ou reflorestamento.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Jaguarão, Arroio Grande, Herval, Pedro Osório, Bagé, São Sepé, Lavras do Sul, São Gabriel e Dom Pedrito.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (solos que demandam adubação de correção).

Erosão: Moderada a forte (devido a textura média/arenosa superficial e ao relevo ondulado).

Falta de água: Ligeira (praticamente sem restrições).

Falta de ar: Ligeira (solos bem drenados e porosos).

Mecanização: Moderada (devido aos solos rasos e afloramentos associados).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A1 0-20 3,3 2,2 0,18 0,09 0,9 3,5 10,0 56 14
A2 20-35 4,1 2,7 0,21 0,15 1,2 4,1 12,5 58 14
B 35-60 7,7 4,3 0,17 0,43 2,6 4,9 20,1 63 17
C 60-90 7,4 5,5 0,22 0,57 1,0 2,4 17,1 80 7

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
11,9 290 230 310 170 100 41 1,82
10,8 250 170 300 280 230 18 1,07
11,3 100 100 240 560 430 23 0,43
4,5 260 140 300 300 190 37 1,00

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico úmbrico.

Caracterização geral: Esta unidade é constituída por solos profundos, podzolizados, com horizonte A proeminente, bruno escuro e franco arenoso e B bruno avermelhado a vermelho amarelado e argiloso. São solos bem drenados, derivados de granitos, em relevo ondulado e forte ondulado. Ao longo do perfil se observa a presença de grãos de quartzo no tamanho da fração cascalho. Quimicamente são fortemente ácidos no horizonte A e ácidos no B, apresentando satu­ração por bases baixa (menos de 40% em todo perfil). Apresentam sequência de horizontes A, B e C bem diferenciados.

Variações e inclusões: Como variações nesta unidade, tem-se a ocorrência de perfis hidromórficos já na transição para os solos de planície. As inclusões são de solos hidromórficos pertencentes à classe dos Gleissolos, ocupando as depressões em cerca de 10% da área e Neossolos da unidade Pinheiro Machado em menos de 5% da área.

Uso potencial: São solos que apresentam boas condições para a produção de culturas anuais, não apresentando problemas a mecanização. Requerem práticas de correção da fertilidade e de conservação do solo e da água. As pastagens cultivadas, bem como fruticultura são bastante viáveis nestes solos. Em relevo forte ondulado ocorrem as limitações quanto à mecanização. As áreas de maior declive devem ser utilizadas com culturas permanentes ou reflorestamento.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Pelotas, Camaquã, Dom Feliciano, Tapes, Guaíba, Santo Antônio da Patrulha, Encruzilhada, Barra do Ribeiro, São Jerônimo, Viamão, Porto Alegre e Alvorada.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos ácidos e pobres em nutrientes).

Erosão: Forte (textura arenosa superficial em relevo ondulado e forte ondulado).

Falta de água: Ligeira (apresentam boa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Moderada a forte (devido à declividade do terreno).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7

A1

0-30

0,6

0,7

0,32

0,07

0,7

2,4

4,8

35

29

A2

30-42

0,6

0,6

0,22

0,05

1,1

2,2

4,8

31

42

BA

42-58

0,9

1,3

0,33

0,07

1,9

2,9

7,4

35

42

B1

58-90

0,9

1,6

0,35

0,07

2,3

2,4

7,6

38

44

B2 90-120

0,6

1,1

0,21

0,07

2,2

2,1

6,3

32

52.

BC

120-150 +

0,6

1,0

0,13

0,07

1,7

2,0

5,5

33

49

C

(g kg-1)

Composição granulométrica           (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila

7,4

570

120

200

110

40

64

1,82

5,2

430

130

240

200

70

65

1,20

5,2

350

80

190

380

200

47

0,50

4,2

300

90

170

440

230

48

0,39

3,0

370

90

140

400

150

63

0,35

2,5

390

90

150

370

100

73

0,41

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico

Caracterização geralEsta unidade compreende solos profundos (200 cm), com cores bruno escuras e textura média no horizonte A e cores vermelha amareladas e textura argilosa no horizonte B, bem drenados, derivados de granitos em relevo suave ondulado. São solos ácidos, com saturação e soma de bases de média, que au­mentam à medida que o perfil se aprofunda e com teores baixos de alumínio trocável na camada superficial.

Variações e inclusões: As variações destes solos se referem à coloração do horizonte B que po­de ser vermelha, e a camada superficial que pode variar bastante em fertilidade, com perfis normalmente menos ácidos. Como inclusões, tem-se solos moderadamente a bem drenados com diferenciação textural maior entre os horizontes A e B e intensamente mosqueados nas camadas mais profundas (ocorrendo na parte superior das elevações ocupando as partes aplainadas do relevo). E perfis bem drenados, com diferença clara entre A e B, com cores brunas no B, ocupando as partes aplainadas do relevo (mais rasos).

Uso potencial: Solos com boas condições para utilização com culturas anuais, são mecanizáveis sem maiores problemas, com boas condições de relevo não apresentando impedimentos devido à pedregosidade ou rochosidade. Apresentam boas condições de fertilidade, mas necessitam de adubação, principalmente correção para fósforo. Todas essas condições aliadas à profundidade e boa drenagem tornam es­tes solos aptos para a maioria das culturas anuais.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Jaguarão, Arroio Grande, Herval, Pedro Osório, Pelotas e Piratini.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada a baixa (solos deficientes em nutrientes, especialmente o P).

Erosão: Moderada a forte (solos com textura média/arenosa superficial e relevo suave ondulado).

Falta de água: Moderada a forte (textura arenosa em região que pode apresentar déficit hídrico).

Falta de ar: Nula (sem restrições).

Mecanização: Ligeira (praticamente sem restrições).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-22 2,5 1,0 0,40 0,20 0,5 4,2 8,7 47 11
AB 22-35 2,6 2,6 0,70 0,01 1,3 5,3 12,5 47 18
BA 35-50 2,6 2,1 1,00 0,01 3,0 6,8 15,5 37 34
B1 50-74 2,7 2,7 0,50 0,01 2,6 6,4 14,9 40 30
B2 74-104 2,7 3,7 0,10 0,10 1,4 7,5 15,5 43 17
BC
104-128 4,3 4,7 0,10 0,10 0,2 5,7 15,1 61 21
C 128-152 1,6 8,6 0,10 0,10 0,3 0,2 17,9 93 2

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
29,0 540 160 130 170 1 95 0,76
18,0 360 110 100 430 3 92 0,22
15,0 220 50 100 630 5 93 0,15
8,0 220 50 140 590 3 96 0,23
4,0 230 70 160 540 5 91 0,29
2,0 260 70 200 470 5 89 0,42
200 100 220 480 8 84 0,54

Classificação (SiBCS): Neossolo Litólico Húmico típico

Caracterização geral: Predominam nesta unidade, solos rasos, com contato lítico, de coloração bruno acinzentada muito escura, textura franco argilosa, bem drenados e de­senvolvidos a partir de andesitos, em relevo forte ondulado. São solos de boa fertilidade natural, sendo moderadamente ácidos, com saturação por bases alta, praticamente livre de acidez nociva e bem providos de nutrientes.

Variações e inclusões: Como inclusões ocorrem 10% de Chernossolos profundos da unidade de mapeamento Seival, 10% de Neossolos Litólicos com saturação por bases baixa, derivados do Conglomerado Seival e 10% de Afloramentos rochosos.

Uso potencial: Embora sendo solos férteis, apresentam sérios impedimentos devido a pequena profundidade do solo, aos afloramentos de rochas e, principalmente, ao relevo forte ondulado em que ocorrem. A melhor e mais racional utilização é com a pastagem natural. No caso de pastagem cultivada, requerem práticas conservacionistas especiais. Nesta área, também é aconselhável o reflorestamento, principalmente, em locais de difícil acesso.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Lavras do Sul, São Sepé, Caçapava do Sul e Jaguarão.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira (apenas deficiência de P).

Erosão: Forte (solos rasos em relevo forte ondulado).

Falta de água: Moderada (solos rasos com baixa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos bem drenados e porosos).

Mecanização: Forte (terreno forte ondulado com pedregosidade e afloramentos associados).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-30 7,8 4,5 0,66 0,05 0,2 5,1 18,3 71 2

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
22,4 330 90 250 330 120 60 0,83

Classificação (SiBCS): Chernossolo Ebânico Órtico vertissólico.

Caracterização geral: Esta unidade compreende solos rasos, moderadamente drenados, escuros, argilosos, com predomínio de argilas expansivas. São derivados de andesito e ocorrem em relevo ondulado. Quimicamente são solos moderadamente ácidos, com saturação por bases al­ta, sem acidez nociva, mas com teores baixos de fósforo e potássio. Apresentam sequência de horizonte A, B e C.

Variações e inclusões: Como inclusões nessa unidade tem-se: Em 15% da área, Neossolos da unidade de mapeamento Lavras e, em 5% da área, afloramentos de rochas.

Uso potencial: Como na maioria dos solos em que predominam argilas expansivas, sua principal limitação diz respeito as más propriedades físicas que apresentam. De­vem ser tomados cuidados especiais com as práticas de conservação do solos a da água. Cultivos anuais podem ser dificultados pelo excesso de umidade do solo, especialmente no inverno. Estas áreas tem sido muito usadas para pecuária. Embora os campos sejam sujos, a pastagem natural é de boa qualidade, po­dendo ser melhorada, principalmente, pela limpeza e introdução de novas espécies.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Caçapava do Sul, Lavras do  Sul e São Sepé.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (solos com deficiência de P e K).

Erosão: Moderada (solos suscetíveis a erosão ocorrendo em relevo ondulado).

Falta de água: Nula (sem restrições).

Falta de ar: Moderada (solos moderadamente drenados com elevada umidade, especialmente no inverno).

Mecanização: Moderada (solos pesados, muito plásticos e pegajosos quando molhados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-2810,06,00,100,150,37,624,4682
B128-5016,713,80,100,250,37,038,2811
B250-6516,416,30,100,240,24,938,1871
Cr65-110+19,619,00,070,280,01,240,2970

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
21,5170120390320240251,22
19,74040170750650130,23
14,83040160770630180,21
3,27011036046043070,78

Classificação (SiBCS): Luvissolo Crômico Órtico típico.

Caracterização geral: Esta unidade é constituída por solos pouco profundos (em torno de 1 metro) e moderadamente drenados, com cores bruno acinzentadas e bruno avermelhadas, franco arenoso no horizonte A e argilosos no B. São solos derivados de arenitos e ocorrem em relevo ondulado. São solos fortemente ácidos na superfície com saturação por bases baixa; no horizonte B são neutros com saturação por bases alta. Apresentam sequência de horizontes A, E, B e C, bem diferenciados.

Variações e inclusões: Os solos desta unidade também podem ser classificados como Luvissolos Crômicos Pálicos abrúpticos, quando o solum (horizontes A, E e B) apresentarem profundidade superior a 80 cm. Como inclusões nesta unidade ocorrem, em até 20% da área, Neossolos Litólicos da unidade Guaritas. Em até 10% da área podem ocorrem afloramentos de rochas.

Uso potencial: Podem ser utilizados com a maioria das culturas anuais, necessitando de correção da acidez e adubações fosfatadas e potássicas, além de adubação de manutenção para as culturas. A mecanização é adequada, entretanto, pode ser difícultada em alguns locais de afloramentos. Estes solos necessitam de práticas conservacionistas como plantio direto, rotação de culturas, cultivo em nível e terraceamento para o seu uso sustentável.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Caçapava do Sul, São Sepé e Bagé.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (solos com deficiência de nutrientes).

Erosão: Forte (solos com elevado gradiente textural ocorrendo em relevo ondulado).

Falta de água: Nula (sem restrições).

Falta de ar: Ligeira (solos moderadamente drenados).

Mecanização: Moderada (devido aos afloramentos associados).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A0-302,11,00,120,093,27,113,62449
E135-490,90,40,071,142,53,67,62062
E249-571,71,10,070,251,42,26,74631
Bt57-8015,86,40,141,570,21,926,0921
C80-1106,53,60,090,540,00,311,0970

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
17,212028026020070651,30
8,011031026016090441,62
4,390320260160140121,62
4,94040370510460100,72
1,45050240170120291,41
Solos do Litoral

Classificação (SiBCS): Gleissolo Melânico Ta Eutrófico típico

Caracterização geral: Esta unidade é constituída por solos medianamente profundos, mal drenados, com cores escuras no horizonte A devido aos altos teores de matéria orgânica e horizonte C gleizado. São argilosos, muito plásticos e pegajosos formados a partir de sedimentos aluviais, ocorrendo em relevo plano. São solos ácidos no horizonte superficial e neutros no restante do perfil com soma e saturação por bases elevadas e livres de alumínio trocável. Apresentam sequência de horizontes A, Cg.

Variações e inclusões: Como variações ocorrem Gleissolos da unidade Colégio.

Uso potencial: São solos com fertilidade natural alta apenas com deficiências de fósforo disponível. Sua principal limitação diz respeito à má drenagem e elevada plasticidade e pegajosidade, dificultando o manejo. Podem ser utilizados com arroz irrigado apresentando bons resultados. Quando drenados convenientemente, áreas de solos mais profundos podem ser cultivadas com culturas de verão, com rendimentos muito bons. Também, neste caso, podem ser utilizados com olericultura.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Torres, Osório, Tramandaí, Mostardas, São José do Norte e Rio Grande.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira (apresentam apenas deficiência de P).

Erosão: Nula (ocorrem em relevo plano).

Falta de água: Nula (são solos mal drenados).

Falta de ar: Moderada a forte (solos mal drenados e pouco porosos).

Mecanização: Moderada a forte (solos argilosos, mal drenados, muito plásticos e pegajosos).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A1 0-20 14,5 10,4 0,30 3,45 0 9,3 38,0 76 24
A2 20-38 17,5 12,1 0,38 6,15 0 0 36,1 100 0
Cg 38-47 12,8 9,7 0,36 5,03 0 0 27,9 100 0
2C 47-80+ 0,8 0,5 0,08 0,58 0 0 2,0 100 0

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
44,0 0 10 280 710 610 14 0,39
11,9 0 20 190 790 770 3 0,24
6,8 0 240 170 590 560 5 0,29
0,8 30 930 10 30 10 67 0,33

Classificação (SiBCS): Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico.

Caracterização geralEsta unidade é formada por solos profundos, com horizonte A preto (por vezes com turfeiras), areno­sos, mal a imperfeitamente drenados, derivados de sedimentos arenosos costeiros. Ocorrem em relevo plano. São fortemente ácidos, com soma e saturação por bases baixa e com teores altos de alumínio trocável.

Variações e inclusões: Como inclusões nesta unidade podem aparecer dunas isoladas e línguas de areia compridas e lineares. Também podem ser encontradas, como inclusões, pequenas manchas de Espodossolos ou Organossolos, geralmente associados a áreas de restingas e banhados. Da mesma forma, podem ocorrer associados com a unidade Itapeva (Gleissolo).

Uso potencial: São muito arenosos e pobres em nutrientes, necessitam adubação e correção maciça. Devem ser utilizados de preferência com reflorestamento ou com pastagens. Devido a baixa altitude e ao frequente afloramento do nível freático, estes solos têm sido também utilizados para o cultivo do arroz irrigado. Qualquer que seja o uso, cuidados com a contaminação subsuperficial do solo e da água devem ser considerados, pois são solos muito arenosos. Áreas com turfeiras devem ser protegidas e reservadas a preservação ambiental.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de São José do Norte, Mostardas, Osório, Tramandaí e Torres.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos pobres em nutrientes).

Erosão: Ligeira (ocorrem em relevo plano, mas podem sofrer erosão eólica).

Falta de água: Nula (são solos mal drenados com lençol freático próximo à super´fície).

Falta de ar: Moderada (solos frequentemente saturados).

Mecanização: Moderada a forte (solos encharcados).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-20 0,8 0,4 0,07 0,13 3,8 15,6 20,8 7 73
C 20-80 0,2 0,2 0,02 0,04 0,3 1,5 2,1 14 50

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
54,7 70 720 130 80 10 88 1,63
2,8 210 760 10 20 0 100 0,50

Classificação (SiBCS): Neossolo Quartzarênico Órtico típico.

Caracterização geralSão solos profundos, bem drenados, arenosos, com cores bruno e amareladas e derivados de sedimentos costeiros não consolidados do Quaternário recente. Ocorrem em relevo suave ondulado. São ácidos, com saturação por bases baixa, e frágeis a contaminação ambiental devido a textura arenosa e baixo teor de matéria orgânica.

Variações e inclusões: Como inclusões apresentam, em cerca de 10% da área, em porções mais abaciadas, pequenas manchas de Gleissolos Melânicos da unidade Colégio e Itapeva. Também podem ser encontrados Neossolos Quartzarênicos da unidade Curumim nas porções mais baixas, ao longo das lagoas.

Uso potencial: As maiores limitações desses solos dizem respeito à fertilidade natural que é baixa e ao fato de serem solos muito arenosos, com pouca capacidade de reten­ção d’água necessitando fertilização e adição de matéria orgânica a fim de melhorar estas condições. Como área produtora de abacaxi, estes solos encontram uma utilização bastante satisfatória. A fruticultura é, portanto, uma boa utilização para estes solos. Também apresentam potencial para pastagem e reflorestamento.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Osório e Torres.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos pobres em nutrientes).

Erosão: Ligeira e moderada (solos bem porosos, mas que podem sofrer erosão eólica).

Falta de água: Moderada a forte (solos com baixa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados).

Mecanização: Ligeira (praticamente sem restrições).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-30 0,6 0,4 0,07 0,04 1,0 3,4 5,5 20 48
C1 30-215 0,3 0,3 0,07 0,03 1,2 2,3 3,9 10 75
C2 215-270 0,3 0,3 0,09 0,02 1,6 1,3 3,3 12 80
C3 270-320+ 0,3 0,3 0,08 0,04 1,8 1,7 3,9 10 82

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
8,3 60 840 40 60 10 83 0,67
2,5 70 810 30 90 20 78 0,33
1,8 60 800 30 110 10 91 0,27
1,5 60 780 30 130 0 100 0,23

Classificação (SiBCS): Neossolo Flúvico Tb Distrófico gleissólico.

Caracterização geralConsistem de depósitos de sedimentos fluviais recentes, estratificados e que sofrem frequentes acréscimos por ocasião de inundações de modo que, até o mo­mento, não houve possibilidade de desenvolvimento de perfis pedogenéticos, muito embora certas camadas possam apresentar mosqueados. Estes terrenos aluviais localizam-se em determinadas posições, nas margens do estuário do Guaíba e da lagoa dos Patos, bem como, constituindo os deltas dos rios Jacuí e Camaquã. Variam amplamente em textura e, de uma maneira geral, predominam con­dições de má drenagem. Nas margens do Guaíba e lagoa dos Patos, encontram-se materiais com texturas desde areia quartzosa de granulação média a fina até argila, bem como, depósitos de sedimentos orgânicos e mesmo turfas.

Variações e inclusões: Dependendo da área de ocorrência podem estar associados a Planossolos das unidades Pelotas ou Vacacaí. Também podem estar associados a Neossolos Quartzarênicos e Gleissolos. São solos que apresentam uma variação muito grande em relação à textura, sequência e espessura dos horizontes.

Uso potencial: Apresentam problemas de drenagem, nivelamento e proteção contra inundações. A área da unidade Guaíba é amplamente utilizada para o cultivo do arroz irrigado. Porções suscetíveis a inundações frequentes devem ser reservadas  para proteção ambiental.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de São Lourenço do Sul, Camaquã, Mostarda, Barra do Ribeiro, Guaíba, Osório, Canoas, Porto Alegre, Viamão, Triunfo e Tapes.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos pobres em nutrientes).

Erosão: Ligeira (ocorrem em áreas planas, mas sofrem erosão eólica).

Falta de água: Ligeira (geralmente são solos muito úmidos).

Falta de ar: Moderada a forte (solos geralmente saturados).

Mecanização: Moderada a forte (solos mal drenados).

Classificação (SiBCS): Neossolo Quartzarênico Órtico típico.

Caracterização geral: Ao longo de toda a faixa costeira e em torno de algumas lagoas e lagunas são encontrados extensos campos de dunas formados pela ação dos fortes ventos da região sobre as areias da praia. Cabe ressaltar que dunas litorâneas, no geral, não são enquadradas como solos, por não apresentar pedogênese alguma, entretanto, muitas dunas estabilizadas, já apresentam dispersão da vegetação, incorporação de matéria orgânica e uma pedogênese incipiente. São solos extremamente arenosos e com baixa capacidade de retenção de água e disponibilidade de nutrientes. São bem drenados e apresentam relevo irregular.

Variações e inclusões: Em áreas mais antigas, com as dunas estabilizadas e vegetadas, podem apresentar solos mais desenvolvidos, inclusive Espodossolos. Podem apresentar pequenas lagoas internas e solos imperfeitamente a mal drenados nas porções abaciadas dos campos de dunas.

Uso potencial: São áreas extremamente frágeis que devem ser reservadas para a preservação ambiental. A exploração dessas áreas com atividades de turismo deve ser criteriosamente planejadas, para evitar a degradação do ecossistema natural.

Distribuição geográfica: Ocorrem ao longo da costa litorânea, onde se encontram os parques de dunas.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos  pobres em nutrientes).

Erosão: Forte (principalmente erosão eólica).

Falta de água: Forte (solos porosos, com baixa capacidade de retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos porosos e bem drenados)

Mecanização: Forte (relevo declivoso e áreas hidromórficas associadas).

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho Distrófico Espessarênico.

Caracterização geral: Esta unidade é constituída por solos profundos, com horizonte B textural, bem drena­dos, arenosos, com cores claras na superfície passando a bruno avermelhado com a profundidade e originados de material sedimentar arenoso do Quaternário (arenito Itapoã). Ocorrem em relevo ondulado. Apresentam acidez elevada, saturação por bases de média a baixa e baixos teores de alumínio trocável que aumentam com a profundidade.

Variações e inclusões: Como inclusões, na área desta unidade tem-se pequena percentagem de Gleissolos Melânicos da unidade Colégio. Dentre as variações mais comuns são encontradas a espessura do horizonte A e a sua coloração.

Uso potencial: Devido a elevada susceptibilidade à erosão e a baixa retenção de água, estes solos são indicados para cultivos permanentes como a fruticultura e, principalmente, o reflorestamento. O cultivo anual de grãos demanda praticas conservacionistas intensivas e complexas.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Santo Antonio da Patrulha, Viamão e Porto Alegre.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos  pobres em nutrientes).

Erosão: Forte (solos arenosos com elevado gradiente textural).

Falta de água: Moderada a forte (solos arenosos com baixa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos bem drenados e porosos).

Mecanização: Ligeira (praticamente sem restrições).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0 – 10 0,9 0,9 0,12 0,04 0,2 0,9 2,2 50 15
E1 10 – 90 0,2 0,2 0,02 0,03 0,3 0,3 0,9 33 50
E2 90 – 170 0,4 0,4 0,02 0,02 0,3 0,5 1,2 33 43
Bt 170 – 270 0,9 0,6 0,04 0,07 2,6 2,0 6,2 26 62

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
3,9 750 120 50 80 50 38 0,63
1,3 840 90 10 60 40 33 0,17
1,3 770 110 50 70 60 14 0,71
4,9 500 90 80 330 0 100 0,24

Classificação (SiBCS): Gleissolo Melânico Ta Eutrófico típico.

Caracterização geral: Esta unidade é constituída predominantemente por solos hidromórficos, formados sob grande influência do lençol freático, condicionado principalmente pelo relevo plano. A influência do lençol freático reflete-se no perfil, pela acumulação de matéria orgânica no horizonte superficial e pela presença de cores acinzentadas nos horizontes mais profundos que indicam processos de redução característicos da gleização. A ausência de cores vivas nos horizontes mais profundos evidencia a formação desses solos em condições de umidade permanente, com pouca ou quase nenhuma oscilação do lençol freático. São solos derivados de sedimentos recentes. Quimicamente são solos fortemente ácidos (pH 4,5 a 5,0), com soma e saturação por bases alta, com teores muito elevados de matéria orgânica e praticamente livres de alumínio trocável. Apresentam sequência de horizontes A e Cg.

Variações e inclusões: As variações destes solos dizem respeito, principalmente, à cor no horizonte A. Em perfis com menores percentagens de matéria orgânica as cores são escuras, mas não são neutras, já apresentando croma. Como inclusões tem-se, em cerca de 10% da área, Planossolos da unidade Pelotas e uma pequena percentagem de Gleissolos da unidade Itapeva.

Uso potencial: São solos com boas condições de fertilidade natural sendo bem supridos de nutrientes disponíveis. Mesmo sem adubação suportam boas colheitas por alguns anos. Devido à má drenagem apresentam lençol freático quase na superfície durante boa parte do ano, necessitando drenagem permanente para que possam ser cultivados satisfatoriamente. Devido a estas condições a mecanização torna-se difícil. Quando localizados perto dos grandes centros podem ser utilizados com olericultura.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Camaquã, Porto Alegre, Gravataí, Santo Antonio da Patrulha e Torres.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Nula (sem restrições).

Erosão: Nula (ocorrem em relevo plano).

Falta de água: Nula (solos muito úmidos).

Falta de ar: Forte (solos frequentemente saturados).

Mecanização: Forte (solo argilosos, mal drenados e plásticos e pegajosos).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
Ap 0-12 14,4 4,2 0,61 0,23 1,2 23,0 43,6 44 6
A 12-70 7,4 2,8 0,17 0,14 0,6 9,1 20,2 52 5
Cg1 70-110 3,4 1,9 0,10 0,10 0,6 2,6 8,7 63 10
Cg2 110-150 4,3 2,7 0,12 0,15 0,4 2,7 10,4 70 5

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
75,5 170 70 270 490 210 57 0,55
16,6 300 100 240 360 230 36 0,67
2,5 370 150 260 220 180 18 1,18
1,5 350 130 260 260 190 27 1,00

Classificação (SiBCS): Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico arênico abrúptico.

Caracterização geralEsta unidade é constituída por solos profundos, bruno escuro a bruno no horizonte A e bruno avermelhado a ver­melho amarelado no B do tipo textural, arenosos e derivados de sedimentos costeiros arenosos. Ocorrem em relevo suave ondulado. Quimicamente são solos moderadamente ácidos no horizonte A e ácidos no B, com soma de bases baixa e pobres em matéria orgânica. Os altos valores de saturação por bases no horizonte A, não têm realmente muita importância devido ao caráter extremamente arenoso destes solos, condicionando um baixa capacidade de troca de cátions.

Variações e inclusões: As variações destes solos dizem respeito à textura do horizonte A que pode ser ligei­ramente mais pesada e coloração do perfil que pode ser mais acinzentada. Como inclusões têm-se Planossolos e Gleissolos ocupando peque­nas depressões e partes baixas do relevo.

Uso potencial: Solos extremamente arenosos, com baixa fertilidade e retenção de água e muito suscetíveis e erosão. São aconselhados para horticultura, necessitando incorporação de matéria orgânica para produzirem boas colheitas, o que limita bastante seu uso em cul­tivos extensivos. Também podem ser usados para a fruticultura ou pa­ra reflorestamento.

Distribuição geométrica: Ocorrem nos municípios de Rio Grande, São José do Norte, Mostardas e Osório.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solos arenosos pobres em nutrientes).

Erosão: Forte (solos arenosos com elevado gradiente textural).

Falta de água: Moderada (solos com baixa retenção de água).

Falta de ar: Nula (solos bem drenados e porosos).

Mecanização: Ligeira (devido aos solos hidromórficos associados).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-30 0,6 0,6 0,03 0,03 0,2 0,9 1,6 44 22
E1
30-38 0,5 0,5 0,02 0,04 0,2 0,4 1,0 60 25
E2 38-100 0,5 0,5 0,03 0,04 0 0,3 0,9 67 0
BE 100-123 0,9 0,8 0,10 0,07 1,2 2,7 4,6 41 39
Bt 136-160 0,9 1,0 0,12 0,06 3 5,1 7,2 29 59
BC 160-200 0,5 0,9 0,11 0,05 3,5 5,5 7,1 23 69
C 200-260+ 0,9 0,9 0,07 0,04 2,5 4,0 5,0 20 71

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
1,6 370 430 80 20 4
0,3 250 460 80 10 8
0,1 340 480 70 10 7
1,6 270 450 100 180 0,55
1,8 260 420 40 280 0,14
1,8 290 440 20 250 0,08
0,6 450 370 20 160 0,12

Classificação (SiBCS): Planossolo Háplico Eutrófico solódico.

Caracterização geralCompreende solos medianamente profundos, imperfeitamente a mal drenados, com predominância no perfil de cores cinzas (gleização), desenvolvidos a partir de sedimentos recentes (sedimentos de granitos), na maior parte da área provenientes do desgaste das serras cristalinas próximas, se estendendo por ampla áreas na planície litorânea. Característica marcante nesta unidade de solos é a presença de um horizonte lixiviado que transiciona abruptamente para um horizonte argiloso, com sensíveis variações de cor, textura e consistência. Ocorrem em relevo plano. A maior parte da área apresenta solos ácidos, com saturação por bases baixa a média na camada superficial, que aumentam com a profundidade e com baixa acidez nociva.

Variações e inclusões: São encontradas as seguintes variações: Solos que apresentam textura média no horizonte B; Solos com cascalho, com horizonte A mais desenvolvido, situados em zonas de maior influência dos granitos; Solos em que o horizonte glei se encontra somente na porção in­ferior do B e no C. Dentre as inclusões tem-se: Solos com teores elevados de sódio no horizonte B e Gleissolos nas porções mais abaciadas do terreno.

Uso potencial: A principal limitação destes solos diz respeito à má drenagem, consequência de um horizonte B impermeável. São solos de manejo difícil pelo excesso de umidade que apresentam. Em locais mal drenados sofrem riscos de inundação. Apresenta elevado potencial para arroz irrigado em rotação com pastagens.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Santa Vitória do Palmar, Jaguarão, Arroio Grande, Pedro Osório, Pelotas, São Lourenço, Camaquã, Rio Grande, Mostardas, Barra do Ribeiro e Guaíba.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada a forte (solos pobres em nutrientes).

Erosão: Nula (ocorrem em áreas planas).

Falta de água: Nula (solos com excesso de umidade).

Falta de ar: Moderada (solos pouco porosos e úmidos).

Mecanização: Moderada (devido ao excesso de umidade em determinadas épocas do ano).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A10-231,81,30,070,291,12,16,75224
A223-401,10,60,060,171,32,25,43541
Btg40-805,04,60,120,751,31,813,67711
BCg80-1104,23,50,130,640,61,310,4827

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
4,832012036019090531,89
8,639011036014050642,57
2,822080280420230450,67
1,426090310340230320,91

Classificação (SiBCS): Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico.

Caracterização geral: Esta unidade de mapeamento é constituída por solos com consideráveis variações nas características devido ao caráter aluvial dos sedimentos. Normalmente são solos pobremente drenados com cores características de um Gleissolo nas camadas subsuperficiais e escura e rica em húmus na camada superficial. São derivados de sedimentos lacustres recentes e ocorrem em relevo plano. Quimicamente são solos ácidos ou medianamente ácidos na camada superficial e com reação neutra ou alcalina nas camadas mais profundas. As percentagens de sódio são baixas ou médias, mas a salinidade cresce com a profundidade.

Variações e inclusões: A principal inclusão nesta unidade é a presença de Gleissolos Melânicos, apresentando cores pretas na superfície (teores médios ou elevados de matéria orgânica) e gleizados nas partes mais profundas. A textura é variável com reação moderadamente ácida na superfície e alcalina nas camadas mais profundas. A percentagem de inclusão destes solos na unidade varia muito.

Uso potencial: Solos pobremente drenados, situados em áreas baixas, sujeitos a inundações. As pastagens, normalmente, no verão, são densas e de boa qualidade, entretanto, a pastagem seca no fim do verão, devido à concentração salina, até que, localmente, a superfície do solo fica claramente descoberta. Em alguns casos o sal pode alcançar a superfície e formar crostas brancas. Nos Gleissolos incluídos, a pastagem é de boa qualidade e quando o nível da água da lagoa permite, podem ser utilizados com arroz irrigado.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (solo pobres em nutrientes).

Erosão: Nula (ocorrem em relevo plano).

Falta de água: Nula (solos muito úmidos).

Falta de ar: Forte (pouco porosos e mal drenados).

Mecanização: Moderada a forte (devido à má drenagem).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A1 0-10 2,2 1,7 0,40 0,30 0,2 3,5 8,3 55 4
A2 10-27 1,7 0,2 1,10 0,40 0,2 2,5 5,1 47 7
C1 27-53 3,0 3,1 0,20 1,60 0,1 3,5 11,3 70 1
C2 53-75 3,4 3,6 0,20 2,70 0 1,4 11,4 88 0
Cg1 75-108 3,0 4,6 0,20 2,20 0 0 10,0 100 0
Cg2 108-154 1,9 3,5 0,20 1,20 0 0 6,8 100 0
2C 154-166 7,6 6,1 0,60 2,90 0 0 17,2 100 0

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
27,4 60 660 660 330 50 80 4,60
7,3 70 650 650 230 50 60 4,60
4,8 60 630 630 200 110 57 1,81
2,2 60 610 610 200 130 68 1,61
1,2 30 600 600 240 130 60 1,85
100 730 730 140 90 71 1,55
80 210 370 370 340 36 1,08


Classificação (SiBCS): Organossolo Tiomórfico Sáprico salino.

Caracterização geral: Os solos Taim não constituem unidade simples ocorrendo sempre associados aos solos Lagoa (Neossolo Quartzarênico) ou Mangueira (Planossolo Háplico). São solos orgânicos, de coloração preta, argilosos, mal drenados, salinos e que uma vez que se secam tornam-se, gradativamente, extremamente ácidos devido a oxidação dos sulfatos. Ocorrem em relevo plano e são derivados de sedimentos recentes.

Variações e inclusões: A participação destes solos nas associações varia de banhado para banhado, entretanto, permanece a impressão que os solos orgânicos distróficos predominam. Como variação cita-se a de solos que apresentam as características descritas, mas que não apresentam o caráter tiomórfico.

Uso potencial: Solos de difícil aproveitamento agrícola. Ao serem drenados diminuirão consideravelmente em espessura porque haverá a oxidação da matéria orgânica. Além disso, a oxidação dos sulfatos tornam esses solos extremamente ácidos. Também são solos que ocorrem em áreas de banhados (áreas de preservação permanente) associados, muitas vezes, a nascentes de cursos d’água e fauna e flora endêmica. Por isso são áreas que devem ser preservadas.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Forte (pobres em nutrientes e com salinidade e tiomorfismo).

Erosão: Nula (ocorrem em relevo plano).

Falta de água: Nula (ocorrem em banhados inundados).

Falta de ar: Forte (solos inundados).

Mecanização: Forte (devido à má drenagem).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
H1 0-22 26,8 15,5 0,50 2,80 0 39,4 85,0 54 0
H2 22-40 34,4 27,9 0,50 6,80 0 45,5 115,1 60 0
H3 40-120 15,7 17,9 0,70 2,60 0 17,9 54,8 67 0
C 120-185 6,8 6,0 0,40 2,30 0 9,2 24,7 63 0

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
219,0 110 130 460 300 30 90 1,53
242,0 170 140 540 190 40 82 4,75
27,0 0 10 360 630 250 61 2,52
6,0 0 40 720 240 60 76 3,00

Classificação (SiBCS): Planossolo Nátrico Órtico gleissólico.

Caracterização geral: A unidade Mangueira não constitui unidade de mapeamento simples, estando sempre associados aos solos das unidades Taim (Organossolos) ou Lagoa (Neossolos Quartzarênicos). Esta unidade é formada por solos medianamente profundos, mal drenados, apresentando horizonte A bem desenvolvido e horizonte B textural. São originados de sedimentos lacustres e marinhos e ocorrem em relevo plano. Quimicamente são solos com alto teor de matéria orgânica e alta saturação por bases. Apresentam mais que 15% de sódio trocável no horizonte B e sequência de horizonte A, B e C.

Variações e inclusões: Entre as variações observam-se perfis com teor mais baixo de matéria orgânica.

Uso potencial: Embora apresentem um horizonte superficial bem provido de nutrientes disponíveis, os teores de sódio são elevados a 20 cm de profundidade. A utilização mais conveniente é com pastagem ou arroz irrigado.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Moderada (devido aos teores elevados de Na no horizonte B).

Erosão: Nula (ocorrem em relevo plano).

Falta de água: Ligeira (apenas se drenados ou em períodos de seca).

Falta de ar: Moderada a forte (São solos mal drenados).

Mecanização: Moderada a forte (devido à má drenagem).

Dados analíticos:

Horizontes Complexo sortivo (cmolc kg-1) V (%) Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

Ca Mg K Na Al H CTC pH7
A 0-11 25,0 1,6 1,10 2,8 0 20,9 51,4 59 0
Btg1 11-21 16,9 10,3 1,10 3,5 0 14,7 46,5 68 0
Btg2 21-30 17,2 13,0 1,00 5,50 0 6,9 43,6 84 0
Btg3 30-65 19,9 12,1 1,00 8,70 0 3,7 45,4 92 0
Btg4 65-93 26,2 11,9 1,00 8,40 0 4,4 51,9 92 0
Cg 93-100 4,0 3,2 0,20 0,40 0 0 7,8 100 0

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossa Areia fina Silte Argila
80,4 150 160 450 240 60 76 1,87
49,0 90 90 400 420 140 68 0,95
11,8 20 60 390 430 220 58 0,73
4,9 10 20 480 490 130 74 0,73
2,8 30 110 340 520 100 82 0,65
320 600 40 40 20 50 1,00

Classificação (SiBCS): Chernossolo Argilúvico Carbonático típico.

Caracterização geral: Unidade constituída por solos medianamente profundos, com cores escuras e acinzentadas ao longo do perfil, mal drenados, plásticos e pegajosos, formados a partir de sedimentos lacustres recentes. Ocorrem em relevo plano. Apresentam, geralmente, boas condições de fertilidade, sendo ácidos nos horizontes superficiais, com soma e saturação por bases alta e, praticamente, livres de alumínio trocável. O horizonte C normalmente apresenta concreções de cálcio e manganês. A sequência de horizontes é A, B e C,

Variações e inclusões: As principais inclusões que se encontram nesta unidade são solos que, embora apresentem características morfológicas semelhantes aos solos descritos, apresentam considerável quantidade de sais solúveis e Planossolos da unidade Pelotas. Em muitas áreas o horizonte A já foi degradado pelo uso agrícola, transformando estes solos em Argissolos pela destruição do A chernozêmico.

Uso potencial: Apresentam boas características químicas, com limitações no que diz respeito ao potássio e fósforo que são baixos. Entretanto, possuem más propriedades físicas sendo plásticos e pegajosos quando molhados, exigindo em alguns locais, drenagem, para que possam ser trabalhados convenientemente. De preferência devem ser utilizados com o cultivo do arroz irrigado ou pastagens. Atualmente os produtores têm usado estas áreas com o cultivo de soja.

Distribuição geográfica: Ocorrem nos municípios de Santa Vitória do Palmar, Jaguarão, Arroio Grande, Pelotas e Rio Grande.

Graus de limitação ao uso agrícola:

Fertilidade natural: Ligeira a moderada (solos pobres em P e K).

Erosão: Nula (ocorrem em relevo plano).

Falta de água: Nula (solos mal drenados).

Falta de ar: Moderada a forte (solos pouco porosos e úmidos).

Mecanização: Moderada a forte (solos com propriedades físicas limitantes).

Dados analíticos:

HorizontesComplexo sortivo (cmolc kg-1)V (%)Al (%)
Símbolo

Profundidade

(cm)

CaMgKNaAlHCTC pH7
A10-205,71,50,090,1402,59,9750
A220-377,92,50,090,3300,911,7920
B37-5514,45,00,190,9100,220,7990
BC55-8513,65,50,200,980020,31000
C185-11519,15,20,240,900025,41000
C2115-14012,25,40,230,720018,61000

C

(g kg-1)

Composição granulométrica (g kg-1)

Argila natural

(g kg-1)

Grau de floculação

(%)

Silte/argila
Areia grossaAreia finaSilteArgila
12,429028030013050622,22
6,427029027017090471,58
3,7210270220300240200,73
2,0250200240310250190,80
1,0140250280330240270,88
1,0170320210300250170,70