Historicamente, a humanidade progrediu ao abolir as formas mais flagrantes de desigualdade de gênero. As significativas vitórias nesse sentido apontam para genuínos direitos que foram sendo conquistados na tentativa de posicionar a mulher na sociedade.
Para tanto, devemos recordar que a situação de inferioridade arrastava-se há séculos no mundo todo, havendo fases em que as mulheres e as crianças, nem mesmo eram contadas nos censos demográficos e não tinham sua vontade e direitos respeitados. Durante muito tempo, a mulher esteve confinada ao lar e sua atuação se limitava as atividades domésticas. Além disso, era tratada como mero objeto de procriação e considerada propriedade do homem, ao qual devia obediência e subordinação.
Quando elas passaram a se inserir no mercado de trabalho, sofriam duplo preconceito: o biológico, pelas diferenças físicas existentes entre os sexos, cuja maior delas é a maternidade, e o social, no qual o trabalho feminino era visto como inferior ao masculino e, portanto, de menor valor.
A mulher esteve em um estado de dormência durante várias gerações, aceitando essa relação de dependência e subordinação. Inicialmente, a luta foi esparsa, marcada por pequenas revoltas a fim de expressar sua opinião sobre a situação e lutar por seus direitos.
Embora conquistas importantes tenham sido consumadas, ainda vivemos em uma sociedade expressamente machista e patriarcal. Essa concepção exerce influência sobre a construção e evolução social humana, o que impacta diretamente na imagem feminina e no seu papel social, familiar e profissional.
A mulher no mercado de trabalho
A discriminação contra as mulheres é uma realidade no Brasil e no mundo. Apesar de os direitos das mulheres nas relações trabalhistas terem evoluído nas últimas décadas, ainda existem inúmeros aspectos a mudar, como por exemplo, a desigualdade salarial entre homens e mulheres.
Em março de 2018, uma pesquisa realizada pelo Catho, site brasileiro de classificados de empregos, apontou que as mulheres ainda recebem menos do que os homens em todos os cargos e áreas. Na área jurídica, a diferença salarial entre os gêneros chega a 53%. A pesquisa ainda mostrou que o nível de escolaridade das mulheres é mais alto que o dos homens.
No esporte, a diferença é ainda maior. Uma pesquisa feita pelo jornal brasileiro Correio Braziliense compara os salários mais altos do esporte e revela que um atleta chega a receber 234 vezes mais que uma competidora na mesma posição.
A diferença aparece, por exemplo, entre Messi e Marta, dois ícones do futebol mundial. Messi fatura US$ 26 milhões por temporada, enquanto Marta recebe US$ 400 mil por ano, o que representa um valor 65 vezes menor em relação ao que é pago para o argentino.
No ranking dos 100 atletas mais bem pagos do mundo, apenas uma mulher aparece: a tenista Serena Williams. Ainda assim, é preciso pular para a 51º posição para encontrá-la. Enquanto o primeiro lugar, ocupado pelo jogador de futebol Cristiano Ronaldo, recebe US$ 93 milhões de dólares, Serena recebe US$ 27 milhões de dólares.
Essa realidade também se repete no contexto local. A tenista santa-mariense Raquel de Martini, atual no 1 do estado, se envolveu em uma polêmica ao contestar a baixíssima premiação que recebeu ao disputar a 26a Copa Celina, que ocorreu em março deste ano, em Santa Maria.
A competição foi organizada pelo Avenida Tênis Clube, com realização conjunta da Pró-Esporte RS e da Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do Governo do Rio Grande do Sul (Sedactel), além da Associação Leopoldinense de Esporte e Cultura. O valor da inscrição era de R$ 75,00 para sócios do clube e atletas federados — ou R$ 135,00 para a inscrição em duas categorias. Não sócios e não federados pagavam R$ 110,00 para uma ou R$ 170,00 para duas categorias — os valores eram iguais para homens e mulheres.
Embora o valor da inscrição fosse o mesmo para as ambas modalidades, a disparidade na premiação entre homens e mulheres foi estrondosa. Na primeira classe masculina, a premiação era de R$ 7 mil para o campeão, R$ 3 mil para o vice e R$ 750,00 para os semifinalistas. Na classe equivalente feminina, a premiação foi de R$ 250,00 para Raquel, que foi a campeã, e R$ 100,00 para a vice-campeã. Os números indicam que, nesse caso, a premiação para o campeão masculino foi 2.800% maior do que o prêmio pago para a campeã feminina.
Raquel conta que essa questão da diferença entre as premiações veio à tona neste ano, mas que é uma dificuldade de muito tempo. “Esse problema da premiação vem desde sempre, desde que eu comecei a jogar. Alguns [torneios] inclusive não pagam, ou seja, não tem premiação para o feminino. Os organizadores dizem que não tem premiação por falta de mulheres nos torneios” afirma a tenista.
A atleta explica que as tentativas vindas dos organizadores para justificar essa disparidade realmente a incomodam. Segundo ela, alguns alegam que não pagam tanto no naipe feminino porque no masculino os atletas são profissionais ou quase de nível profissional, enquanto que as mulheres estão longe disso. A atleta discorda terminantemente: “É óbvio que existe diferença de nível masculino e feminino. Pegar a nº 1 do mundo contra o nº 1 do mundo não tem graça, as diferenças são muitas. Mas não é falta de capacidade, falta de talento, falta de técnica, são apenas diferenças biológicas e naturais”. Ela ainda acrescenta: “Eu sou uma atleta, que só me dedico ao tênis. Minha vida é o tênis, amo o esporte. Jogo muito desses torneios que não pagam quase nada por amor e porque eu preciso desses torneios para manter o ritmo de competição”.
A tenista conta que hoje ela é a única atleta do interior do estado que segue jogando frequentemente e afirma que já houve boas jogadoras do interior, mas que, infelizmente, abandonaram o tênis. Raquel provoca: “Já tivemos número e qualidade sim. Agora fica o questionamento, o que levou essas meninas a abandonar o esporte? Será que não foi a falta de incentivo? Será que não foi essa diferença que existe entre as premiações de torneio masculino e feminino? O que nos motiva? O que nos inspira? O que nos garante o futuro?”.
Raquel não acredita que a resolução do problema esteja próxima, diz não saber que efeito a repercussão do assunto teve entre os organizadores de torneios e se eles vão realmente encarar o problema. Ela se mostra pessimista e avalia que não vai ser de uma hora para outra que homens e mulheres terão o mesmo tratamento, esse será um processo gradativo. A tenista espera que aconteça, sobretudo, uma melhora significativa nas premiações femininas e que estas possam, pelo menos, vir a cobrir o investimento feito pelas atletas na disputa das competições.
O país do futebol, mas não para as mulheres?
O machismo faz com que muitas mulheres deixem de seguir carreiras profissionais que são consideradas “masculinas”. As bem-aventuradas que arriscam se infiltrar no mundo do futebol que é, na sua essência, um espaço majoritariamente dominado por homens, sofrem as consequências dessa imposição da superioridade masculina.
Em julho do ano passado, a repórter da emissora RBS TV, Kelly Costa, protagonizou um dos inúmeros episódios de machismo que acontecem no ramo do futebol. Em entrevista coletiva após o jogo contra o Luverdense, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro, Kelly questionou o então técnico do Sport Clube Internacional, Guto Ferreira, a respeito de questões táticas do time. Depois do apontamento feito pela jornalista, o treinador declarou: “Desculpe, não vou fazer essa pergunta para você porque você é mulher e, de repente, não jogou (futebol)”.
Já em março deste ano, Kelly foi mais uma vez alvo de ofensas de cunho machista enquanto exercia sua profissão. Nesta ocasião, um torcedor agrediu verbalmente a jornalista e foi retirado do estádio Passo D’Areia durante partida que ocorreu pelas semifinais do Campeonato Gaúcho. O fato ocorreu no mesmo dia em que jornalistas lançaram um manifesto em defesa das mulheres no esporte.
Os casos não são raros e acontecem por todo o país. Em uma cobertura ao vivo de uma partida de futebol, a repórter Bruna Dealtry, do canal Esporte Interativo, foi beijada, à força, por um torcedor. O episódio ocorreu no Rio de Janeiro, no dia 14 de março deste ano, durante a partida entre o Vasco e Universidad do Chile, pela Libertadores. Constrangida, a repórter disse que a atitude “não foi legal”, mas continuou a transmissão. Três dias antes, em Porto Alegre, um torcedor do Internacional insultou e agrediu fisicamente a repórter Renata Medeiros, da Rádio Gaúcha, que cobria a partida entre a dupla Gre-Nal. “Sai daqui, sua puta”, disse o torcedor à jornalista.
No final do mês de abril, a comentarista Eduarda Streb foi vítima de uma piada machista do colega de trabalho Eduardo Bueno, o Peninha, durante o programa esportivo Sala de Redação, da Rádio Gaúcha. O historiador disse que a jornalista deveria “voltar para cozinha” e, após a grande repercussão, ele se pronunciou e pediu desculpas. Durante o ocorrido, Duda defendia o lado do Internacional de Porto Alegre e Peninha defendia o lado do Grêmio. Uma polêmica sobre arbitragem foi instaurada e o historiador disse “Quem colocou essa menina aqui? Volta para a cozinha que é o lugar que tu nunca deveria ter saído”.
Ainda abalada com a ofensa que sofreu, Duda também se pronunciou. A jornalista falou sobre a dificuldade de ser mulher em um ambiente de trabalho extremamente machista e, apesar de triste, aceitou o pedido de desculpas do colega de mesa. “É difícil ser mulher. Eu não sou de me vitimizar, não combina comigo. Acho mesmo que foi uma brincadeira do Peninha. Na hora, nem levei a sério, mas essa brincadeira não tem nenhuma graça. Porque nós mulheres sabemos o tamanho da nossa luta, o tamanho do nosso esforço e o quanto o mundo esportivo é machista. Encaro essa brincadeira como infeliz”, falou a jornalista.
Já em meados de maio deste ano, o Sala de Redação voltou a provocar polêmica quando outro de seus integrantes, Adroaldo Guerra Filho, conhecido popularmente como Guerrinha, falou que “mulher tem seu preço para ser conquistada”. Esses são apenas alguns dos casos mais recentes de assédio e desrespeito que jornalistas mulheres, principalmente – mas não somente – da área esportiva vem sofrendo no ambiente de trabalho.
A atuação feminina em outros cargos do ramo futebolístico também é permeada pelo machismo. Luiza Reis, formada em Educação Física pela UFSM, teve a oportunidade de fazer um curso de arbitragem oferecido pela Federação Gaúcha de Futebol e hoje atua como bandeirinha. Luiza conta que quando fazia o curso ouviu um colega dizer que: “mulher não poderia trabalhar arbitrando jogo de futebol”. Ela revela também que algo que a impressiona são as ofensas machistas vindas das próprias mulheres da arquibancada. A bandeirinha acredita que a maior dificuldade reside na mudança de perfil do profissional esportivo, devido ao fato de que as mulheres ainda são minoria.
No entanto, Luiza se mostra otimista em relação a esse cenário e considera que a situação da mulher, pelo menos no futebol, melhora a cada dia. Ela diz: “Nós mulheres do quadro da arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebemos muita atenção, nós temos cursos específicos para mulheres”. Luiza destaca também a importância da posição ocupada pela ex-bandeirinha Ana Paula Oliveira, que atualmente faz parte da comissão que trata especificamente do exercício da arbitragem feminina. Essa comissão luta por mais direitos, como por exemplo, a licença maternidade. Nesse sentido, a bandeirinha finaliza: “Eu acredito que cada dia é um passo e que as coisas tão sempre progredindo e melhorando”.
A situação do futsal feminino na UFSM
Embora passos importantes estão sendo dados rumo à igualdade de gênero, ainda há um longo caminho a se percorrer. A revista estadunidense Forbes divulgou que o patrocínio no esporte feminino representa 0,4% do total investido em esporte. Na UFSM, a situação não é diferente. A equipe de futsal feminino da Universidade Federal de Santa Maria iniciou suas atividades no primeiro semestre de 2017. O técnico do time, David Freitas, conta que “a UFSM tem equipes femininas no handebol, no voleibol e eu questionei o porquê de não ter uma equipe feminina de futsal”. Ao buscar amparo no Centro de Educação Física e Desporto (CEFD), David se deparou com certa resistência por parte da maioria dos professores.
Muitas dificuldades fazem parte do cotidiano da equipe. A verba para viagens, torneios e materiais provêm de rifas, venda de lanches e até mesmo do próprio bolso das atletas e da comissão técnica. Outro aspecto apontado por David é a falta de apoio e incentivo: “Tem muito mais apoio no esporte masculino do que no esporte feminino, tanto dentro da instituição quanto fora.” A atleta Alessandra Stefanello complementa: “Dentro da instituição, eu acho que falta o apoio do próprio CEFD e do próprio time de futsal masculino, parece que eles nos veem como inferiores”.
Essa falta de amparo e a concepção de que a mulher supostamente não tem a mesma capacidade que o homem são fatores que acarretam ataques machistas. A atleta Letícia Becker conta que sofre preconceito por praticar um esporte que ainda é protagonizado pelo sexo masculino: “Os meninos nunca queriam que a gente jogasse com eles, desde a escola. Falavam que as meninas não sabiam jogar direito, que não poderiam chegar com mais força”. Heloísa dos Santos, outra jogadora da equipe de futsal, relata que também sofre com comentários ofensivos, ouvia constantemente que mulher que joga futebol é “sapatão”.
Relatos como estes ilustram as dificuldades que as mulheres enfrentam ao ocuparem um espaço historicamente construído como masculino. Contudo, Heloísa afirma: “A gente não vai se entregar, vamos ganhando espaço e terão que nos respeitar”.
A união faz a força
O movimento feminista surge como uma força sociopolítica poderosa que luta pelos direitos das mulheres. O feminismo afirma que devem ser dadas às mulheres as mesmas oportunidades – econômicas, políticas e sociais – que são dadas aos homens. As militantes feministas lutam para mudar os estereótipos de gênero. Mas, sem dúvida, há ainda um longo caminho a ser percorrido para que tais desigualdades sejam eliminadas de fato.
O interesse pelo futebol e principalmente, o amor e a vontade de torcer pelo tricolor gaúcho, fizeram com que os caminhos de Suélen Lavarda e Caroline Melgarejo se cruzassem. Ambas são estudantes de Comunicação Social na UFSM: Suélen cursa Jornalismo e Caroline, Relações Públicas.
A futura jornalista conta que sua relação com o futebol vem da infância. Por volta dos três anos de idade ela já acompanhava os jogos com seu pai e frequentava os estádios, cultuando esse sentimento especial pelo futebol e, sobretudo, pelo Grêmio.
Em uma viagem de cunho acadêmico para Argentina, as duas estudantes se aproximaram e, desde então, mantiveram contato. Elas são as responsáveis pela criação da Força Tricolor Feminina de Santa Maria, um coletivo de jovens mulheres que busca espaço e afirmação no futebol e na torcida. O grupo tem como objetivo levar cada vez mais mulheres para o estádio e incentivar a união feminina em prol do Grêmio.
Suélen relata que a ideia de criar o grupo surgiu depois de uma excursão que foi organizada para as torcedoras gremistas que gostavam de futebol. Ela conta: “Divulgamos a ideia, as meninas já tiveram bastante interesse e fechou a primeira excursão. Nós fomos e depois veio a ideia de criar um movimento em si, com nome, com estrutura e tudo, foi daí que surgiu a Força”.
A estudante diz que elas notaram que havia um número significativo de meninas interessadas depois dessa primeira excursão e que as próprias meninas levantaram a ideia de criar um grupo. O primeiro passo dado foi a criação e a divulgação de uma página no Facebook, que logo passou a angariar várias curtidas. No início, o movimento era formado apenas pelas meninas que participaram da primeira viagem. Depois de criada a página no Facebook, surgiu a ideia de criar um grupo também no WhatsApp para que as integrantes pudessem conversar, divulgar as viagens e falar sobre futebol. A fundadora do coletivo explica que o WhatsApp foi fundamental para evolução do movimento e que hoje são em torno de 170 meninas envolvidas.
A Força Tricolor Feminina de Santa Maria completou um ano em maio de 2018. Nesse tempo, o movimento evoluiu, cresceu e se fortaleceu. No entanto, as dificuldades enfrentadas pelo grupo, principalmente em Santa Maria, foram e ainda são, muito grandes. Suélen explica que elas não receberam o devido apoio e que o grupo foi alvo de críticas desde a primeira postagem no Facebook que divulgava o movimento. Ela diz que ouviram, de muitos homens, frases tipicamente machistas, como: “por que querem ir para o estádio ver futebol, se não sabem nem o que é impedimento?”; “não conhecem nem a Arena e querem dizer que torcem para o Grêmio”. E, infelizmente, esses tipos de situações acontecem até hoje: “Estamos num ambiente que ainda é predominantemente masculino, é bem difícil. Sempre temos que escutar piadinhas, assovios, coisas realmente desnecessárias e machistas” afirma Suélen.
Além de organizar excursões para os jogos que acontecem na Arena do Grêmio, o coletivo se reúne no Boteco do Rosário para assistir as partidas do tricolor. Os sócios do tradicional bar da cidade de Santa Maria acolheram o movimento e passaram a divulgar o nome da Força Tricolor nos eventos feitos no Facebook.
Os próximos passos do movimento buscam unir cada vez mais suas participantes e trazer mais meninas para torcer. A Força Tricolor Feminina empenha-se para que seja reconhecida pelo clube Grêmio como uma torcida organizada, como tantas outras. Com isso, é possível mostrar que o grupo faz o que faz pelo clube e pela paixão pelo futebol.
Suélen explica a importância que o movimento tem para ela: “Para mim, o movimento representa bem o nome que ele é, força. É uma força de mulheres pelo Grêmio, é uma força necessária. Fico muito feliz cada vez que vejo uma menina que vir até mim e falar que eu revivi o sentimento dela pelo Grêmio”.
O fato é que as diferenças que – felizmente – existem entre homens e mulheres servem para torná-los complementares, não para criar uma relação de subordinação de um gênero em relação a outro. Dessa maneira, a luta constante pela igualdade e valorização das mulheres torna – se essencial. É necessário discutir o assunto por meio de ações afirmativas e políticas públicas voltadas especialmente ao amparo e proteção da mulher e maior diálogo e compreensão do tema.
BASTIDORES
A pauta com o tema Mulheres no esporte surgiu de maneira singela, aspirando conseguir apenas duas páginas dentro da edição da .TXT deste ano. Contudo, durante o processo de produção da reportagem nos deparamos com diversas situações locais e casos que mereciam atenção. Em resumo, chegamos ao fim desse processo com cinco páginas de conteúdo e ainda faturamos a matéria de capa da edição deste ano.
Essa matéria surge com força devido aos diversos casos de assédio e machismo que vêm sendo noticiados pela mídia e que também se repetem no contexto local. Além disso, é ano de Copa do Mundo e o esporte, em especial o futebol masculino, está em alta.
Para mim, Bruna, foi muito prazeroso fazer essa pauta porque o esporte é uma das coisas que mais me faz ‘brilhar o olho’ e também continuar no Jornalismo. Por esse mesmo motivo, muitas vezes foi difícil e desencantador produzir essa matéria: é triste pensar que ainda hoje mulheres que atuam nos mais diferentes ramos no mundo do esporte tenham que sofrer com o machismo, o preconceito e a desigualdade.
Aqui na edição online, decidimos contemplar algumas fotos que não saíram na versão impressa.
Reportagem: Bruna Eduarda Meinen Feil e Ana Clara Seberino