Ir para o conteúdo .TXT Ir para o menu .TXT Ir para a busca no site .TXT Ir para o rodapé .TXT
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

Acadêmicos e comunidade em prol da acessibilidade



Sandro Lacerda – s.lacerda.sandro@gmail.com 
Camila Jardim – lourencijardim@gmail.com

Projeto interdisciplinar desenvolve a capacitação de alunos e da comunidade para a produção de tecnologia social destinada a pessoas com deficiência. A ação é resultado de uma parceria entre os cursos de Desenho Industrial e Terapia Ocupacional para a elaboração de tecnologias assistivas.

Alunos dos cursos de Desenho Industrial e Terapia Ocupacional  desenvolvem um projeto de capacitação e produção de equipamentos de tecnologia assistiva em prol da comunidade santa-mariense. Os objetos elaborados visam proporcionar uma maior qualidade de vida a deficientes físicos e mentais.

Intitulado “Capacitação discente para a produção de tecnologia social às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida em comunidades de baixa renda no município de Santa Maria”, o projeto de extensão tem a intenção de unir as habilidades do Desenho Industrial na produção de materiais com a assistência médica proporcionada pela Terapia Ocupacional.

O termo tecnologia assistiva corresponde a objetos elaborados para proporcionar uma maior qualidade de vida a deficientes físicos e mentais. Os objetos visam dar maior independência nas atividades do dia-a-dia.  Um exemplo de tecnologia assistiva é o desenvolvimento de um garfo com alça, o qual se prende à palma da mão do paciente que perdeu o movimento dos dedos. O objeto possibilita que o usuário coma sozinho e aumente a sua independência.

Encaminhado desde o ano de 2012, mas oficializado apenas em janeiro de 2014, o projeto de tecnologia social se estruturou a partir das disciplinas Tecnologia social para pessoas com deficiência I e II, do departamento de Terapia Ocupacional. Elas são ministradas pelos professores Sérgio Antônio Brondani, do curso de Desenho Industrial, responsável pelo projeto do produto, e Taísa Ferreira, do curso de Terapia Ocupacional.

Os alunos do 5°, 6° e 7° semestres dos cursos foram, primeiramente, capacitados em sala de aula para entrar em contato com as teorias relacionadas aos materiais necessários à produção e ao funcionamento dos processos de adaptação dos pacientes. Em seguida, foram a campo para realizar o levantamento das necessidades dos deficientes de duas comunidades de baixa renda de Santa Maria.

O Desenho Industrial participa das análises de relação do equipamento com o usuário, enquanto que a Terapia Ocupacional colabora na criação e projeção dos aparelhos. “O conhecimento é muito facetado e, a partir do momento que  congregamos, ficamos com um domínio mais abrangente e isso para qualquer cidadão e profissional no mercado é fantástico”, ressalta o professor Brondani sobre a essência interdisciplinar do projeto.

O projeto trabalha com oito famílias que foram escolhidas a partir da indicação das unidades de saúde das comunidades. Entre os casos, estão deficientes de nascença, vítimas de acidentes e pessoas que sofrem de alguma doença com perda dos movimentos. No estudo de campo, a pessoa relata suas maiores necessidades para projeção do equipamento por parte dos acadêmicos.

 

A produção dos materiais é feita dentro das comunidades do município com marceneiros e serralheiros do próprio local, que são capacitados para realizarem o trabalho e, no futuro, darem continuidade a iniciativa. “Esse é um projeto que está envolvendo diretamente pessoas da comunidade, as quais mesmo os órgãos públicos não têm como chegar e nós estamos conseguindo realizar”, destaca Brondani.

Depois da confecção, o equipamento ainda precisa passar por uma etapa de aprovação para testar sua qualidade. Os alunos de Terapia Ocupacional acompanham a instalação do equipamento nas casas dos pacientes, explicam seu modo de uso e auxiliam na adaptação. Se surgir algum problema, os integrantes do projeto oferecem assistência. No caso de iatrogenia – quando o paciente não se adapta – a equipe também providencia um novo equipamento.

Mesmo preocupado em relação à materialização da ideia diante dos atrasos no repasse de verbas, o professor está satisfeito com os resultados: “Conseguimos sair do âmbito teórico. A gente tá construindo, iremos fazer as entregas, então, estamos fechando o ciclo exatamente como foi projetado e determinado”. Outra preocupação sobre o projeto é em relação à divulgação, que tem como intuito proporcionar o conhecimento de mais pessoas a respeito do projeto e possibilitar que essas também possam ser atendidas.

Ampliação

Para o ano que vem, os responsáveis visam estender o projeto também a alunos da UFSM. O intuito é que todo discente com algum tipo de necessidade seja atendido pelo projeto. Os professores também têm a intenção de agregar outros cursos, como Fisioterapia, Educação Física, Educação Especial e as Engenharias.

No semestre passado, um grupo – formado por dez alunos de Terapia Ocupacional, cinco de Desenho Industrial, um marceneiro e um serralheiro – fez um levantamento na comunidade Juscelino Kubitschek, onde foram coletados dados em oito famílias. A partir disso, decidiram qual grupo de alunos iria trabalhar em cada um dos casos. Os alunos também organizaram um evento de conscientização sobre necessidades e dificuldades de pessoas com deficiência.

As visitas para o acompanhamento duraram todo o mês de outubro e no final de dezembro foram feitas as entregas. Depois do desenvolvimento do projeto, para o professor Brondani, os alunos passam a ter outra visão sobre as necessidades dos deficientes e acabam se envolvendo com cada caso.TXT

Bastidores.TXT

A matéria ‘Acadêmicos e comunidade em prol da acessibilidade’trata de explicar o projeto intitulado “Capacitação discente para a produção de tecnologia social às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida em comunidades de baixa renda no município de Santa Maria”, uma parceria dos cursos de Desenho Industrial e Terapia Ocupacional. Nesse projeto, os alunos são capacitados a produzir tecnologias para ajudar pessoas a terem mais independência nas atividades do dia-a-dia,tanto pessoas que perderam algum movimento do corpo, quanto as que têmalguma deformação devido a uma doença ou acidente.

Para nós, estudantes de jornalismo, produzir esta matéria foi uma boa experiência de campo. Conhecer outros cursos, outros ambientes,os pacientes e suas realidades, os estudantes, os professores e, principalmente, o sentimento que essa equipe carrega durante o projeto é tocante. Também é muito gratificante relatar ao leitor, para que ele sinta a importância e o carinho desse projeto social.

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-714-1995