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Entrevista com idealizadores da videodança divulgação da 8ª edição de O QI: processo de produção e importância de submeter trabalhos para eventos

O 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom 2020), no qual ocorre a premiação do Expocom, aconteceu na primeira dezena de dezembro. A premiação ocorreu em meio virtual e foi transmitida pelo YouTube,  em decorrência da pandemia de Covid-19.  O trabalho intitulado “Brasileiríssimo: a videodança como divulgação da revista O QI na web”  recebeu dois prêmios  na categoria  Produção Audiovisual para Mídias Digitais, no Expocom Sul (Encontro Inter-Regiões Intercom) e no Expocom Nacional (43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação).

A oitava edição da a O QI: Revista Experimental do Curso de Produção Editorial da UFSM foi desenvolvida pelos estudantes do sétimo semestre do Curso de Produção Editorial na disciplina de Projeto Experimental em Revistas Científicas, ministrada pela professora Cláudia Bomfá. Edição na qual apresenta o dossiê temático: “Brasileiríssimo – Identidade em Forma e Cores”. Nela são abordados trabalhos que exploram a diversidade da identidade brasileira por meio de cinema, música, televisão, literatura, arte, ciência e rádio. Além disso, apresenta também os tradicionais artigos livres da área da Comunicação Social. 

Neste contexto, a equipe de divulgação buscou inovar criando uma videodança como estratégia disseminação da edição. O grupo responsável pelo audiovisual é composto por: Marcos Amaral de Oliveira, Júlia Gomes Fagundes dos Santos, Camila Alves Veloso dos Santos, Isabela Balduino Gonçalves e José Marcos Marin Jr. O vídeo tem por objetivo dar visibilidade institucional para a revista  em outros cursos da área da Comunicação. 

Então para saber com mais detalhes como foi a experiência da equipe neste trabalho, preparamos uma troca com eles sobre o processo. Nela conversamos sobre o processo de criação desde a ideia inicial, as inspirações, a importância do desenvolvimento até a divulgação.  Os alunos e as alunas comentam sobre o quão enriquecedor é submeter trabalhos para eventos. Esperamos que esta leitura inspire você a submeter aquele trabalho com o qual tem um carinho especial. 

O QI: Como surgiu a ideia de criar um vídeo para a divulgação da oitava edição da revista “O QI”? 

Marcos Amaral: A turma anterior à nossa já tinha produzido um audiovisual pra divulgar a revista, mas com uma pegada diferente. Nossa ideia foi fazer um vídeo conceitual, simbólico, já que o tema da edição permitia isso. Acho que todos nós tínhamos essa visão sobre o trabalho quando montamos a equipe, a de experimentar com outras formas de expressão artística que não somente o audiovisual. Foi assim que chegamos nos bailarinos que colaboraram no vídeo!

Júlia Gomes: A ideia de produzir um audiovisual a fim de divulgar a revista O QI surgiu antes mesmo do dossiê temático da 8ª edição ser definido. No entanto, foi somente após a definição do dossiê como “Brasileiríssimo: Identidade em formas e cores” que surgiu a proposta de ser feito uma videodança, uma vez que essa temática oferecia um grande potencial simbólico a ser explorado no audiovisual.

O QI: Quais foram as inspirações para criar a videodança?

Marcos Amaral: A minha principal inspiração foi o videoclipe “Queendom“, da cantora Aurora, especialmente por conta da direção de arte e das coreografias. É lindo! 

Júlia Gomes: Uma das primeiras etapas da produção do audiovisual foi o trabalho da direção de arte, o qual fui encarregada juntamente com a minha colega Isabela Balduino. Realizamos, inicialmente, um Moodboard contendo imagens das principais referências estéticas idealizadas para o audiovisual. Entre elas se encontravam printscreen de videoclipes, peças de roupa, bem como adereços. Entre os audiovisuais adotados como referências tivemos o videoclipe “Queendom” da cantora norueguesa Aurora, o comercial da empresa Skol denominado “Skol Colors”, além de fotografias do fotógrafo Rony Hernandes.

O QI: Qual a importância da execução do projeto Revista O QI. inserida na disciplina de projeto experimental e no curso de PE?

Marcos Amaral: A produção da Revista O QI é o momento onde a gente consolida tudo aquilo que a gente aprendeu dentro do curso até ali. O desafio é integrar uma turma inteira em torno de um mesmo objetivo, que é a revista – daí a divisão em equipes, que permite que os acadêmicos trabalhem naquilo que têm mais afinidade, lidando com prazos e demandas importantes. Penso que esse exercício seja valioso na nossa formação profissional. 

Júlia Gomes: . Além disso, é um espaço em que podemos experimentar nossas habilidades e pretensões com a área que almejamos seguir. Ademais, a execução da O QI nos aproxima de um fluxo de trabalho real, no qual temos contato com outros profissionais que são necessários para a elaboração de um produto editorial.

O QI: Como foi a experiência de ver o trabalho da equipe sendo reconhecido nacionalmente? 

Marcos Amaral: Foi impactante! Confiávamos na força do trabalho, mas não imaginávamos que chegaria tão longe. O mais bacana é a sensação de que nossa visão sobre o vídeo funcionou e que outras pessoas foram tocadas pela proposta.

Júlia Gomes: Ao ver o nome do nosso projeto sendo anunciado na live de premiação do Expocom 2020, ficamos muito felizes e emocionados. É gratificante saber que nossos trabalhos estão sendo reconhecidos em eventos importantes da área de Comunicação Social. Além disso, acreditamos que o conhecimento não deve ser restrito à universidade. Dessa forma, ao ganharmos um prêmio em um congresso de nível nacional, esperamos que mais pessoas assistam Brasileiríssimo e possam se inspirar e refletir.

O QI: Que visibilidade o prêmio traz para o curso?

Marcos Amaral: O prêmio mostra a capacidade de realização do nosso curso e da nossa universidade. Um trabalho experimental, feito com poucos recursos, encontrou sua voz por conta do empenho e da dedicação de quem acreditou na ideia. Acho que esse é o aspecto mais legal sobre o reconhecimento que tivemos!

Isabela Gonçalves: O curso de produção editorial ainda é pouco conhecido. Acho que todo estudante de PE já passou pela situação de ter que explicar diversas vezes o que está estudando e a abrangência do nosso currículo acadêmico. Um prêmio a nível nacional disponibiliza uma plataforma ampla que permite mostrar que o profissional de PE é multiforme, e que estamos aqui produzindo trabalhos ótimos, mesmo que com pouco recurso. Além disso, esse tipo de reconhecimento também traz visibilidade e credibilidade para o curso dentro da própria universidade. 

O QI: Qual a dica que você dá para outros alunos que desenvolvem trabalhos e deixam de submeter ao Expocom?

Marcos Amaral: Não deixem de submeter os trabalhos! Tem projetos muito ricos sendo produzidos a cada semestre que não podem ficar restritos à sala de aula. É preciso confiar no que criamos dentro do curso e mostrar pra quem é de fora. Tenho certeza de que muita coisa incrível vai chegar ao Expocom nos próximos anos.

Júlia Gomes: Acredito que é muito positivo para o próprio currículo quando concorremos e somos contemplados como vencedores em eventos importantes da nossa área acadêmica e profissional. Tais prêmios trazem reconhecimento para o curso, o departamento, a instituição e para nós que desenvolvemos.

Mas, para além do prêmio, através desses espaços podemos ter contato com outros discentes e docentes de diferentes universidades que nos oferecem outras visões sobre os nossos trabalhos, contribuindo para vermos erros, melhorias, expandindo, dessa forma, a nossa percepção. O que eu pude aprender nesses congressos de comunicação é que os eventos são muito além dos prêmios, eles são essas trocas e diálogos.

Minha dica e recomendação é que inscrevam os seus trabalhos nesses congressos, busquem fazer isso para aprenderem mais, para assistirem outros trabalhos, pelos feedbacks recebidos, pois essas experiências contribuem de maneira positiva para nossa parte acadêmica e profissional.

Isabela Gonçalves: Sei que é complicado adicionar mais uma demanda no semestre, mas vale muito a pena. É uma experiência muito boa poder compartilhar o que você criou com pessoas de outros estados e ver seu trabalho sendo apreciado. Acho que a dica é: acreditem no potencial do trabalho que vocês produzem, não importa o semestre em que estejam, e se inscrevam. Ajudem a Produção Editorial na dominação mundial. 

Publicado originalmente no blog do WordPress em 04 de Fevereiro de 2021