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Entrevista com a Profa. Amanda Eloina Scherer do Centro de Documentação e Memória da UFSM



Entrevista com a Profa. Amanda Eloina Scherer do Centro de Documentação e Memória, nascida em 21 de abril de 1951, em Santa Maria.

Fotografia de corpo inteiro em formato retrato da Professora Amanda Eloina Scherer. Ela tem pele clara, cabelo curto, branco e liso. Está de óculos de grau preto e arredondados. Está usando um vestido longo preto e sapatos pretos. A professora está sentada em uma fileira de cadeiras. Ao fundo, as paredes são na cor azul, atrás da professora está um quadro branco quadrado com borda de madeira e ao lado uma porta dupla branca, onde uma delas está aberta, mostrando o outro cômodo. Fim da descrição.

Profa. Amanda Scherer (Arquivo do Centro de Documentação e Memória – UFSM – Silveira Martins)

Fotografia em formato retrato em que estão duas cadeiras posicionadas de lado, uma ao lado da outra. Elas estão em cima de um tapete colorido. Atrás delas, está uma estante de livros branca de altura média, dividida em 16 nichos e encostada na parede. Os livros estão guardados verticalmente. Acima da estante, na parede de cor azul, está a logo do Centro de Documentação e Memória da UFSM de Silveira Martins, nas cores preto e branco. Fim da descrição.Fotografia em formato retrato de cinco estantes de metal. A imagem não mostra a primeira estante inteira, apenas uma parte, e ela está localizada à direita da foto, mostrando apenas a parte esquerda da estante com seis prateleiras, cheias de diferentes objetos, como livros e quadros de fotografia, alguns na horizontal e outros na vertical. Atrás da primeira estante, aparece apenas uma parte da segunda estante, ela possui sete prateleiras com livros guardados verticalmente. Ao fundo, há uma parede branca com dois quadros de fotografia pendurados, um abaixo do outro. Acima, há o teto com duas lâmpadas quadradas. Abaixo, piso em formato quadrado. No canto inferior esquerdo da fotografia, está a logo do Centro de Documentação e Memória da UFSM de Silveira Martins, nas cores preto e rosa. No canto inferior direito, está a logo da UFSM de Silveira Martins, a tipografia na cor preto e os detalhes nas cores branco e laranja. Fim da descrição.

Fotografia de uma estante de livros branca, encostada na parede e de altura média, mostrando 12 nichos com livros guardados verticalmente e horizontalmente. Acima da estante, estão livros dispostos verticalmente e horizontalmente. Acima, na parede de cor azul, estão pendurados quadros com molduras de madeira. Fim da descrição.

Fotografia de um ambiente no formato horizontal. Em primeiro plano, do lado direito até metade da fotografia, está uma mesa retangular marrom cheia de livros, cartilhas e dois vasos pequenos de plantas dispostos sobre ela. Apenas parte da mesa é visível devido ao ângulo muito próximo da fotografia.. Ao fundo, há a continuação do ambiente, este dividido por uma grande estante azul contendo diversos objetos, sendo algumas caixas médias, quadros de fotografia e objetos de decoração. Há uma mesa azul no lado esquerdo da imagem. Já no lado direito, há duas mesas dispostas formando um L, uma marrom e uma branca. Ao redor da branca, há duas cadeiras. Mais ao fundo, estão duas paredes, a da esquerda sendo azul e a da direita, branca. Na parede branca, há um móvel de altura média com alguns quadros de fotografia. Fim da descrição.

Fotografia em formato horizontal de um cômodo do Centro de Documentação e Memória. Em primeiro plano, estão três fileiras de cadeira, uma na frente da outra, cada fileira possui 5 cadeiras brancas. Ao fundo, na parede de cor azul, está a logo do Centro de Documentação e Memória da UFSM de Silveira Martins, nas cores preto e branco. Ao lado esquerdo, está uma porta dupla branca, onde uma delas está aberta, mostrando o outro cômodo. Na parede do lado direito, na cor branca, estão duas janelas de portas duplas abertas na cor branca. Fim da descrição.

Espaço do Centro de Documentação e Memória – UFSM – Silveira Martins (Arquivo do CDM – UFSM – Silveira Martins)
  1. Como foi concebida a iniciativa de criação do Centro de Documentação e Memória?

     Ela é decorrente dos resultados de um projeto de pesquisa interdisciplinar que foi concebido em 1999 com a criação do Laboratório Corpus (PPGL/UFSM), através do Edital PROCAD CAPES com a UNICAMP. Projeto que tinha por eixo diretor a História das Ideias Linguísticas e Literárias no Sul e que resultou também na criação do doutorado em Letras da UFSM. Em 2012, a partir da imensa documentação disponível sobre tal problemática e ainda com o recebimento dos primeiros acervos privados, um grupo de pesquisadores do Laboratório Corpus, com apoio de professores da Arquivologia, dois deles em formação em nosso Programa de Pós-Graduação, decidiu investir em uma política de Fundos Documentais, criando um centro de pesquisa e de preservação da memória e da história da formação em Letras na região Sul. Com o passar do tempo, esse propósito inicial foi se ampliando a partir das doações de acervos que foram feitas ao CDM. Hoje, o CDM guarda documentos não só da formação em Letras no sul do país, mas também preserva fundos e acervos de instituições e de personalidades que contribuíram para a história da produção do conhecimento como um todo. 

  1. Quais materiais (autores, acervos literários e fotográficos, entre outros) estão sendo reunidos pelo CDM?

     O CDM tem uma reunião de acervos de diversos tipos que são nomeados como Fundos Documentais e/ou Acervos propriamente ditos, até o momento temos 07 Fundos Documentais e 5 Acervos. São eles: Fundo Documental Neusa Carson, Acervo Bibliográfico Michael Phillips, Fundo Documental Maria Luiza Ritzel Remédios, Fundo Documental Aldema Menini Mckinney, Portal Virtual Fantástico Brasileiro, Acervo Fotográfico Colégio Bom Conselho, Fundo Documental Freda Indursky, Fundo Documental Aliança Francesa de Santa Maria, Fundo Documental Donaldson Garschagen, Fundo Documental Armando Vallandro, Acervo Documental de Livros Didáticos, Acervo do Laboratório Corpus, além de um acervo de obras artísticas, livros raros e de especialidades. Na sua grande maioria são livros, mas também temos um dossiê, por exemplo, sobre as atividades culturais que foram realizadas pela Aliança Francesa em Santa Maria, além de um acervo fotográfico e de divulgação na mídia local. Temos ainda documentos sobre a primeira Associação de Professores de Francês no interior do RS. Além de alguns números dos primeiros jornais impressos franceses datando de 1898 a 1928. Temos um acervo de dicionários em diversas línguas e de diversas especialidades, como um dicionário sobre o voto. Recentemente recebemos a antiga biblioteca do antigo Clube Caixeiral de Santa Maria ainda em fase de seleção e separação. Um outro acervo que estamos trabalhando, no momento, são os verbetes produzidos para as primeiras enciclopédias (Larousse, Delta, Barsa) traduzidas no Brasil. Os materiais em si são diversos e dizem muito dos acervos recebidos que podem ir de correspondência pessoal até documentos históricos originais das mais diferentes fontes, bem como manuscritos de pesquisadores.

  1. Como é realizada a catalogação dos materiais?

     A catalogação segue as normativas do Arquivo Nacional no Rio de Janeiro pois estamos cadastrados como entidade custeadora de acervos arquivísticos na referida Fundação. Antes de sua catalogação, todo o material recebido passa por um processo de seleção e separação, logo após por sua higienização (em máquinas especializadas) e a seguir por sua catalogação. Caso tenhamos algum objeto em mau estado de conservação, ele será separado dos demais, em lugar próprio, e terá seu restauro e cuidado realizados por um especialista. 

  1. A localização em Silveira Martins se dá, entre muitas razões, pelo acondicionamento adequado do acervo. Em que suportes eles estão disponíveis? Quais são os principais fatores para o armazenamento adequado dos materiais?

     Sim, a localização na UFSM – Silveira Martins se dá principalmente pelo espaço disponível para dispormos nosso mobiliário técnico, como uma estante deslizante de porte médio, com fechamento e à prova de umidade e de fogo. Além dela, dispomos de duas mesas de higienização (uma de pequeno porte e outra para objetos maiores), scanner de alta potência e os demais mobiliários e tecnologia de uma sala de consulta e de trabalho.

  1. Estes materiais estão sendo digitalizados? Quais medidas estão sendo tomadas para tornar o acervo acessível a interessados?

     Sim, estamos começando um trabalho de digitalização de documentos que são considerados, pelos historiadores das ideias, como relevantes para sua disponibilização. Um trabalho ainda embrionário e de um cuidado e estudo extremos sobre a sua importância para a divulgação. O que estamos criando é um livreto nomeado como – Série Arquivo – (em breve disponível em nosso site) que contará a história do fundo ou do acervo, acompanhado de sua catalogação e disponibilidade.

  1. Quais projetos já foram auxiliados pelo empenho arquivístico do CDM?

    Do lado do financiamento, nos beneficiamos sobretudo de quatro editais da CAPES destinados à compra de equipamentos de pequenos portes. Igualmente, participamos de dois Editais da FAPERGS para financiamento de pesquisa interinstitucional, como também de um Edital do CNPq referente a financiamento de compra de livros para Centros de Documentação. Além de auxílio, via demanda interna na UFSM. Do lado do envolvimento técnico-científico: temos um Seminário de Pesquisa sobre Arquivo  que acontece anualmente e que se chama Colóquio Leituras de Arquivos com pesquisadores renomados nacionalmente. E também participamos anualmente da Semana Nacional de Arquivos – organizada pelo Arquivo Nacional. Do lado do envolvimento acadêmico-científico: já realizamos duas Escolas de Altos Estudos que tratam sobretudo sobre manuscritos de pesquisadores. E ainda temos monografias de especialização e de dissertações de mestrado defendidas sobre nossos arquivos, além de publicações sobre eles.

  1. De que modo o curso de Produção Editorial poderia se inserir neste espaço? Visando estabelecer parcerias e projetos.

     Estamos abertos para conversarmos sobre. Temos certeza que vocês só nos fortalecerão, por exemplo, discutindo – juntos – nossa política editorial, nossa divulgação, nossos suportes técnicos especializados no sentido do próprio da Produção Editorial. A experiência de vocês poderá nos ajudar a fomentar uma política editorial digna de um Centro de Documentação e Memória.

Biografia da entrevistada:

     Professora Titular de Linguística junto ao DLCL-CAL-UFSM e professora da Graduação e da Pós-Graduação em Letras na mesma universidade, desde março de 1982. Bacharel em Letras Francês, pela UFSM (1973). Graduada em Linguística Geral pela Université de Paris VIII – Vincennes, França (1978). Especialização em Língua Portuguesa pela UFSM (1980). Mestre e Doutora em Linguística, Semiótica e Comunicação pela Université de Franche-Comté, Besançon, França (CAPES 1988/1992). Realizou estágio Pós-Doutoral na Université de Rennes 2, França (CAPES 2000). Foi professora convidada, em 2012, da Université de Franche-Comté, França, junto ao Centre de Recherches Interdisciplinaires e Transculturelles e, também, da Faculdad de Filosofia y Letras da Universidad de Cadiz, Espanha. Em 2000, foi também professora convidada do Institut Universitaire de Formation de Maîtres em Mayotte (Département français d’outre mer, France). Tem produção acadêmica, nacional e internacional, entre artigos e capítulos de livros, além de obras organizadas. Com experiência na área de Linguística, com ênfase no materialismo histórico, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: a) Língua, Sujeito e História; b) Sujeito entre línguas. Já orientou mais de 21 teses de doutorado e 38 dissertações de mestrado, supervisionou 9 projetos de pós-doutoramento, além de trabalhos de Iniciação Científica e de Especialização.. Coordena dois convênios internacionais e três nacionais. É pesquisadora do Laboratório Corpus, Laboratório de Fontes de Estudos da Linguagem, junto ao Programa de Pós-Graduação em Letras na UFSM e professora de Linguística junto ao DLCL/CAL. Foi coordenadora dos Cursos de Graduação em Letras por mais de 5 anos, na década de 80, criando o primeiro periódico para acadêmicos em Iniciação Científica – Revista Ideias. Coordenou nos anos 90 a Comissão de Pesquisa do Centro de Artes e Letras, inclusive institucionalizando-a como a Comissão de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE/CAL). Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Letras por duas gestões e foi responsável pela criação do nível de doutorado no mesmo programa, além de implementar uma política de criação de uma editora no interior do mesmo programa para poder dar sustentação ao periódico Letras (a Editora do Programa de Pós-Graduação em Letras). Participou e participa de várias comissões nacionais e internacionais, entre as quais podemos citar: responsável pela implantação de uma política de criação de programas de pós-graduação junto ao Centro de Artes e Letras na UFSM; membro do Comitê Assessor da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UFSM; representante de área junto ao CNPq; membro da Comissão de Avaliação de Programa de Pós-Graduação em Letras junto à CAPES; representante de área junto à FAPERGS tendo sido vice-coordenadora; membro representante da ANDIFES na Comissão de Especialistas para indicação do Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia; membro do Comitê de Avaliação de projetos de pesquisa junto à FINEP; fez parte da equipe de seleção de projetos no Ciências sem Fronteiras na França em 2012; membro de diversas associações de pesquisa nacionais e estrangeiras, – participando de seus conselhos superiores, entre elas a ABRALIN (Associação Brasileira de Linguística) e a SIHFLES (Société Internationale pour l’Histoire du Français Langue Etrangère et Seconde); membro Externo do Comitê de Avaliação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); membro Externo de Avaliação de Programas de Iniciação Científica em diversas universidades na região sul (UFRGS, URI, UNICRUZ, UNISC, UPF, UFFS, UNOCHAPECÓ, UNICENTRO/PR); membro de equipe editorial de diversas revistas nacionais e estrangeiras. Présidente do Comité Thématique Linguistique de l’écrit no IV Congrès Mondial de Linguistique Française (2014). Em abril de 2013, foi a Professora Homenageada da 40° Feira do Livro de Santa Maria, RS. Membro do Cercle Ferdinand de Saussure, Genebra-Suíça, desde maio de 2019.

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