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Suzana Busanello e Luma Ferreira

Revista Meio Mundo, 2017

A primeira edição da revista Meio Mundo foi publicada em 2009 pelo curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen. Surgiu da necessidade de disciplinas de jornalismo impresso em produzirem uma revista. Os professores Carlos André Dominguez e Antônio Meira da Rocha foram os orientadores responsáveis pelo desenvolvimento da ideia e pela elaboração da primeira edição. O nome surgiu em uma reunião de brainstorm (tempestade de ideias) entre os acadêmicos. Nilson Rosa Lopes, um dos estudantes, foi quem sugeriu o título.
Carlos André conta como foi a experiência na produção da revista: “O meu trabalho foi integrar os conhecimentos para que o grupo produzisse um conteúdo jornalístico de boa qualidade, em questões que tivessem uma abordagem não factual”. Apostamos no diferencial a cada nova pauta, com reportagens inéditas e de interesse do público. A experiência foi muito boa e sempre fiquei gratificado com o resultado final, o fato de o projeto continuar também nos alegra”, diz.
“Eu fazia questão de que cada estudante fizesse a pauta, a apuração, a diagramação e a edição de seu próprio material”, conta o professor José Antônio Meira da Rocha, que contribuiu durante quatro anos como responsável por toda a parte gráfica do projeto. “Os estudantes recebiam noções de design gráfico, mas, para a revista e o jornal trabalhavam em um projeto gráfico pronto, com margem para a criatividade”, relembra. “Para diagramação, usávamos o software livre Scribus, genérico do Adobe InDesign, mas gratuito e multi-plataforma (roda em GNU/Linux, Windows e Mac). Assim, os estudantes podiam instalar em seus computadores sem infringir a lei de direitos autorais”.
Ex-aluno da turma que iniciou o projeto em 2009, o jornalista Gustavo Menegusso conta que mesmo não tendo a estrutura que o campus disponibiliza atualmente, ou que é necessária para a criação de uma revista, a turma não deixou de correr atrás para realizar o projeto de ter a publicação em mãos. A ex-acadêmica Clarissa Hermes, que atuou na segunda edição, ressalta que o tempo de pesquisa para uma reportagem em revista precisa ser maior do que em outros veículos e fala da diferença em ter produzido a revista em 2010 para uma produção nos dias atuais: “Hoje a gente pesquisa muito mais na internet do que ao vivo, não sente as experiências, não vive. E se vive, é em menor quantidade”, explica.
Para a jornalista Renata Camargo, ter feito parte da quarta edição da revista foi muito interessante. “Além da experiência adquirida dentro da universidade, o projeto fez com que a turma se unisse mais”, afirma. E completa: “É muito legal poder imprimir um texto com as características de um periódico e de um grupo de futuros jornalistas. Relendo as matérias dá para perceber como as pautas interagiam com a comunidade local. Seguir isso é uma maneira de contribuir com informações para o desenvolvimento da Universidade e da própria comunidade”.
Já na sexta edição, diversos grupos na turma atuaram na produção, fotografia e entrevista. “Passávamos para a professora, ela retornava com sugestões, fazíamos alterações e seguíamos  para a avaliação final. Por último, as reportagens eram enviadas para a Tácia Viero, que fez a diagramação da revista. Outra colega, Thaise Brião, criou o design da capa.”, recorda Angélica Knapp.
Em 2010, na sua segunda edição, as então estudantes Laísa Bisol, Larissa Rigo e Letícia Sangaletti foram parte da turma que produziu a revista. Em 2014, como professora substituta, Larissa vivenciou uma experiência distinta, participar da Meio Mundo como docente: “Certamente, foi uma das maiores alegrias na minha prática profissional. O estágio atual da revista, com modificações e desenvolvimento, buscando o jornalismo enquanto prática social, torna-se uma grande referência”.
Na sétima edição, novamente, ex-acadêmicas do curso, também como professoras substitutas, orientaram o trabalho. Na edição de número 7, de 2016, Laísa Bisol e Letícia Sangaletti coordenaram o processo. Laísa conta que foi muito gratificante voltar e poder orientar os alunos no desafio que é construir a publicação. “A experiência enquanto acadêmica foi de grande valia para a minha formação e poder auxiliar que isso aconteça também na vida de outras pessoas, na dos alunos de agora, torna o processo ainda mais prazeroso”, destaca a docente. Letícia Sangaletti salienta a diferença de produção atualmente: “No primeiro momento, como acadêmica, elaborei apenas a reportagem, já que a forma de trabalho era diferente. Havia editorias e pessoas responsáveis por elas. Alguns ficaram na diagramação, outros produziram. Como professora, pude ver a criação de outra maneira. Definimos todos os pontos de planejamento editorial e gráfico com os alunos”, comenta Letícia.

Quando o projeto foi retomado em 2016, antes da finalização da revista, os estudantes de Jornalismo e Relações Públicas ocuparam as dependências do Departamento de Ciências da Comunicação (Decom) da UFSM FW. Como os laboratórios e salas de aula não puderam ser utilizados durante o ato, em acordo com os alunos das turmas de Planejamento Gráfico e de Reportagem em Jornalismo Impresso e os ocupantes, a Meio Mundo foi finalizada dentro da ocupação. “A revista se tornou muito importante pois funcionou como um marco histórico do momento crítico de retirada de direitos que vivemos. Sabemos do papel fundamental da universidade pública, da assistência estudantil, ambas têm como objetivo aumentar a inclusão das pessoas que antes tinham ainda menos espaço e oportunidades para ingressar no ensino superior. Os estudantes serão atingidos de forma grave pelas propostas e reformas de um governo não eleito. Por isso a Revista Meio Mundo deixa na memória que esteve à frente destas discussões, levando à população problematizações muito importantes”, conta a estudante Julia Saggioratto, responsável pela finalização da sétima edição.
O tema principal da publicação foi o cenário político brasileiro. No contexto desse tema, foram articulados educação, empreendedorismo, protagonismo feminino, religião e agricultura. Além da finalização ter sido feita durante a ocupação, a revista traz conteúdos sobre como ela ocorreu.

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