Ir para o conteúdo Agência Íntegra Ir para o menu Agência Íntegra Ir para a busca no site Agência Íntegra Ir para o rodapé Agência Íntegra
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

Ainda faltam acordos para financiar transição energética



Entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, conjunto de 17 metas globais, também conhecido como Agenda 2030, está o ODS 7 que traz a ntenção de melhorar eficiência, preço, alcance e promover a democratização do acesso à energia. Aprofundando o estudo da meta ODS7 que, segundo a própria ONU, visa garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos, é uma meta definida por um significante número de submetas, partindo desde o aumento do acesso à eletricidade como a eficiência da geração da mesma, promoção de energias renováveis (inesgotáveis) e buscar parcerias entre países com a intenção de pesquisar e utilizar energias mais limpas, não somente outras formas de gerar, mas de aperfeiçoar os métodos já existentes.

A democratização da energia avança aos poucos, apesar de não chegar a uma boa parte do Brasil e do mundo. Segundo relatório do Banco Mundial, de 2019, esse número de cidadãos que não têm acesso à energia chega aos 900 milhões de pessoas. Enquanto no Brasil, através de dados de 2019, quase um milhão de residentes da região Amazônica não têm acesso.

Felizmente, estudos e previsões são feitos antecipadamente, o que, em inúmeros casos, consegue alertar sobre resultados indesejados que estão por vir. Segundo relatório da Agência Internacional de Energia, Banco Mundial e o Relatório de Progresso de Energia (Energy Progress Report, 2021), mesmo em 2030, mais de meio bilhão de pessoas no planeta ainda não terão acesso à energia. Dados como este conseguem alertar não apenas o governante dos locais previstos para serem afetados, também conseguiria gerar pressão internacional, o que resultaria na mobilidade de outras nações em busca de ajudas benéficas, com ONGs e projetos sociais.

Como a desigualdade pode ser combatida, primordialmente?

Segundo dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a inflação da conta de energia elétrica, no Brasil, atinge com maior intensidade os cidadãos com renda muito baixa. O valor chega a ser 3,5 vezes maior do que o pago por um indivíduo de renda alta ou muito alta. Dados preocupantes, pois o atual número de pessoas com esse acesso, podem ter os mesmos cortados, principalmente em momentos de crise hídrica, declarada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Qual a melhor forma de combater essa desigualdade? Através de benefícios que consigam favorecer os indivíduos de baixa renda na conta de luz. Um ponto positivo que se destaca nesse benefício, é a dobra no valor do mesmo,  que oferecerá descontos na conta de luz do povo mais carente. Essas normas serão estabelecidas pela ANEEL.

Energias renováveis são foco da transição necessária. Foto: S-GE.COM

Adaptação é urgente e necessária

Apesar de ser algo recente, há um desejo de urgência em grande parte dos países que compõem a ONU. Energia renovável e sustentável é o que os países devem se adaptar em um futuro muito próximo. É um rumo que o mundo todo necessita, multilateralmente seguir, juntos, visando atingir um objetivo em comum, sendo o mesmo o de reduzir a utilização e dependência de combustíveis fósseis e promover uma transição para energia renovável, livre de emissão de poluentes e garantindo preços acessíveis aos países.

Resultando em pontos positivos e alguns negativos, foi realizada uma grande conferência mundial, pela ONU, em novembro de 2021 Presente na conferência houveram quase 200 países, negociando e tratando de contribuir para a diminuição do aquecimento global focando em formas mais eficientes, renováveis e sustentáveis de utilização de energia.

A  Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2021, conhecida como COP26, resultou em acordos majoritariamente positivos, desde a diminuição da utilização de carvão (que infelizmente deveria ter sido negociada a extinção do uso desse tipo de combustível, porém foi barrada por países grandes detentores desses meios) até a conscientização da população que, finalmente, está sendo provada por meios científicos e desiludindo a mentalidade de   parte da população que passa a exigir mudanças urgentes quanto ao problema.  

Exemplos devem ser seguidos, como é o caso de um grupo de 40 países, que incluem Reino Unido, Canadá e Polônia, que na COP26 concordaram em eliminar o uso de carvão de sua matriz energética entre 2030 e 2040. Quanto mais a população exalta e elogia esses feitos, mais intensa será a pressão popular para que países maiores sigam o mesmo caminho, pois inúmeras nações não colaboram para o  fim da utilização de energia suja,

Até que nível isso precisa ser exigido? A COP26 contribuiu com a proposta de um acordo    incluindo controle das metas exigidas para que nações em desenvolvimento possam cumprir   em decorrência   do valor que estão recebendo de investimentos. ‘Um problema é justamente haver o controle real dos US$100 bilhões (por ano) que países mais ricos prometeram emprestar   entre 2020 e 2025, para financiar ações contra o avanço do aquecimento global. Esse acordo foi sugerido, infelizmente sem sucesso, para o controle real do valor sendo emprestado e suas finalidades, porém países mais ricos não concordaram e optaram por bloquear a proposta.

Buscar sustentabilidade e economia é desafiador, porém, a COP26 contribuiu para que, aos poucos, esse objetivo seja uma realidade. Até 2024, os países mais ricos precisam dar uma resposta definitiva sobre o aumento do valor do financiamento anual para países em desenvolvimento. Apesar da pressão, a diplomacia é essencial para alcançar um consenso, principalmente quando todos os países presentes reconheceram o perigo que os combustíveis fósseis estão causando no planeta.

Texto: Fernando Simonet Guerra

Supervisão: Professora Cláudia Herte de Moraes, pela disciplina Comunicação, Cidadania e Ambiente

Especial para Íntegra

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-813-3945

Publicações Relacionadas

Publicações Recentes