Segundo o Relatório Mundial da Infância, publicado pela UNICEF – o Fundo das Nações Unidas para a Infância – no ano de 2019, pelo menos uma em cada três crianças menores de cinco anos sofre com desnutrição ou sobrepeso, enquanto uma em cada duas sofre com a fome oculta no mundo. Esses índices mostram que o mundo não só está esquecendo de cuidar dos adultos do futuro, como indica que choques climáticos, perda de diversidade, globalização e, principalmente, a desigualdade, estão impedindo o desenvolvimento infantil.
A fome oculta afeta a capacidade de aprendizado das crianças pela ausência de ferro – nutriente responsável pelo transporte de oxigênio e produção de células vermelhas -, enquanto que o sobrepeso infantil pode levar ao desenvolvimento precoce de Diabetes tipo 2, que é um indicador de obesidade na vida adulta e um sério fator de risco, além de poder levar a problemas cardiovasculares precoces.
De acordo com um estudo brasileiro publicado em 2008 pela Revista de APS (Atenção Primária à Saúde), “[…] os fatores sociais, econômicos e culturais, influenciam na miséria e consequentemente, na desnutrição, ocasionando déficit na aprendizagem do escolar.” Vemos assim a interferência de um fator – a fome – até então visto como isolado prejudicando a educação da criança no âmbito da escola pública.
Como esperar um futuro sustentável e próspero sem cuidar dos adultos de amanhã? Nós colhemos o que plantamos, e assim como devemos cuidar de nossas terras e mares, as nações precisam respaldar nossas crianças com políticas públicas claras e diretas para a juventude.
Foto: Divulgação/BRZ Duas Estúdio/UNICEF
Para saber mais:
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Texto: Giulia Cavalheiro e Natalie Soares
Supervisão: Professora Cláudia Moraes, disciplina Comunicação, Cidadania e Ambiente
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