Em 1992, grupos femininos negros de 32 países da América Latina e do Caribe se reuniram em Santo Domingo, na República Dominicana, para denunciar opressões e debater soluções na luta contra o racismo e o sexismo.
O encontro, em 1992, ficou marcado na história e foi reconhecido pela ONU como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e da Diáspora, celebrado em 25 de julho. Isso pois grupos femininos negros de 32 países da América Latina e do Caribe se reuniram em Santo Domingo, na República Dominicana, para denunciar opressões e debater soluções na luta contra o racismo e o sexismo.
A data é um marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe. É um dia para reconhecer a presença e a luta das mulheres negras nesse continente. “Do méxico e ilhas do Caribe pra baixo, os países da América Latina têm uma constituição comum, que nega o racismo e são essencialmente racistas. O ponto comum das amefricanas é o anúncio do racismo e sexismo, as mulheres negras são vítimas de dupla opressão e estão reivindicando isso”, explica Raquel Barreto, historiadora e pesquisadora, para a revista Marie Claire.
“Nossa história não é só marcada pelo que o outro tentou fazer com a gente, mas se mede pela nossa capacidade coletiva de construir, mobilizar e sonhar. A data serve também para celebrar nossa vida e resistências e apontar o que ainda temos que conquistar e transformar. Ainda mais nesse momento de pandemia em que vivemos, assim como nos EUA, vimos aqui que a como ação da polícia na sua política genocida não cessou. Por isso, mais do que nunca é preciso desejar dias melhores. Falar de outras possibilidades de futuro, não só para as mulheres negra, mas para o país. É o que o lema da marcha das mulheres negras diz: pelo bem viver”, diz a pesquisadora. “Eu não sou só o que a supremacia branca tentou fazer de mim, mas sim o que eu, apesar deles, consegui fazer e mobilizar”.