Nós precisamos falar sobre religião e racismo.
Racismo e religião. O racismo está presente em nossas vidas em diversas formas, dentro do modo em que vivemos, nos aspectos políticos, sociais e religiosos. Por anos, africanos, indígenas e seus descentes têm sofrido com a intolerância de seus costumes, sua cultura e no seu modo de viver. Respeitar as diferentes religiões, e os seus seguimentos é fundamental para se ter uma sociedade menos intolerante e preconceituosa. O racismo não respeita o modo de viver do não branco, como um trator, esmagando o que temos de mais belo, a pluralidade do nosso povo. Temos que respeitar a forma de pensar, de ser e no que o outro acredita.
Umbanda e Candomblé, duas religiões oriundas do continente africano. As duas tiveram dezenas de mudanças, desde o período que chegou em terras tupiniquins. Sofreram com a imposição da religião dos colonizadores, na interação com os indígenas que aqui se encontravam antes das invasão portuguesa. Elas sempre foram forçadas a ficar à espreita, pois por muito tempo as manifestações religiosas eram feitas as escondidas, devido a perseguição e intolerância dos senhores, religiosos e da monarquia. Décadas se passaram, mas a intolerância com as religiões de matriz africana continuam fortes no Brasil atual.
Dados do Disque 100, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos – mostram que os casos de intolerância religiosa no Brasil, cresceram 56% no primeiro semestre de 2019. Mas os números podem ser ainda maiores, por medo de represálias, muitos casos não chegam a ser denunciados. O Disque 100 é gratuito, a denúncia é anônima, podemos fazer a nossa parte, denunciando qualquer tipo de preconceito, intolerância e opressão. A discussão sobre a religião e o racismo devem ser abrangentes, elas devem ir para os veículos de comunicação, nas universidades e nas vossas casas.
Fotos tiradas pelo estudante de Jornalismo André Luís dos Santos, na disciplina complementar ministrada pelo professor Paulo de Fotografia Documentarista.