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“Crise, Relações Públicas e Comunicação” com Jones Machado

Nesta quarta-feira, dia 20 de maio às 19h00, a Agência Íntegra realizou a terceira Live com o objetivo de popularizar os conhecimentos do Departamento de Ciências da Comunicação para com profissionais, estudantes e professores e interessados pela área de Comunicação. "Crise, Relações Públicas e Comunicação" o tema foi conduzido pelo professor Jones Machado, relações-públicas-educador da Universidade Federal de Santa Maria.



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Nesta quarta-feira, dia 20 de maio às 19h00, a Agência Íntegra realizou a terceira Live com o objetivo de popularizar os conhecimentos do Departamento de Ciências da Comunicação para com profissionais, estudantes e professores e interessados pela área de Comunicação. “Crise, Relações Públicas e Comunicação” o tema foi conduzido pelo professor Jones Machado, relações-públicas-educador da Universidade Federal de Santa Maria.

Quer ouvir o que rolou? Se liga no áudio da live:

 

Após expor experiências de aprendizados pessoais que teve sobre crises, Jones divulga o projeto de extensão “Distanciamento social em rede”, que tem por objetivo dar assistência comunicacional aos pequenos negócios locais e regionais no período de crise pandêmica atual. Ressaltou, ao falar sobre o projeto, que ao se pensar na atuação dos profissionais de jornalismo e relações-públicas no setor da comunicação nas organizações, independente de seu porte e características, é fundamental um plano de comunicação que não seja pontual. Evidenciou, com isso, a importância dos estrategistas da comunicação (RP) pensar no seu papel funcional e pedagógico, tendo responsabilidade social, ambiental e ética.

“(…) Já que (há pessoas) não foram contempladas pelas Políticas Públicas, nós estamos na frente dessa luta (contra a pandemia) e fazendo nossa parte. (…) Nós, relações-públicas, a gente não apenas cuida da imagem, dos relacionamentos, da reputação, das organizações. Nós também temos o dever de transformar a realidade.”

Disse o professor enquanto apresenta o projeto de extensão.

Para saber mais sobre o projeto, assista o vídeo produzido pela TV Campus:

Veja mais em: https://www.youtube.com/channel/UC0U4Kuznv0YtRzULknjaZ2w

Ao apresentar o projeto, em continuidade a reflexão sobre os tempos de crise, Jones foca no profissional de Relações Públicas e em sua atuação com as organizações e públicos. Diferente dos jornalistas, os relações-públicas normalmente não estão em frente às câmeras ou sendo alvos da opinião pública, no entanto, assim como todos profissionais da Comunicação, também tem suas atividades e funções questionadas. Nesse período, mais que nunca, o valor dos gerentes da comunicação, habituados em lidar com crises, é posto em evidência. Deste modo, a necessidade da comunicação-técnica qualificada é novamente reafirmada.

Com isso, situou aos telespectadores sobre qual crise ele menciona durante sua fala. Resgatou seu último livro, Gestão Estratégica da Comunicação de Crise, para sinalizar aspectos importantes para pensar na conjuntura de crises e incertezas.

“Nós temos uma crise política instaurada há anos, antes do golpe, (…); ainda temos uma crise econômica (…) estamos ainda na crise da pandemia do coronavírus (…), uma crise financeira, com salários atrasados, (…) temos ainda, neste contexto, as reformas trabalhistas, que mostra como os direitos foram impactados (…); e nós temos também uma crise moral e ética, por conta da corrupção (…). Então, como podemos perceber, de uma forma bem enxuta, nós temos uma crise generalizada em que estamos envolvido. Só que hoje a gente tem a Crise do COVID-19 é o que mais precisa de atenção, pois se relaciona diretamente com as vidas. (…) Porém a gente tem essa crise eterna do Governo Federal, que tem uma política do medo, de fake news, de nenhum projeto propositivo (…).”

Contextualiza o professor. Recorte feito sem modificação do sentido.

Pontuou que os relações-públicas tem por responsabilidade pública posicionar as organizações no papel de cuidar de seu público, colaboradores e suas famílias. Mostrar que as empresas não enxergam seus clientes e funcionários apenas como números, que eles realmente se importam e os enxergam como sujeitos. Hoje, as empresas trabalham com questões sociais que impactam diretamente a sociedade, porém isso não deve ser feito como um recurso de retorno para empresas, é aí que os profissionais de comunicação entram. Os profissionais qualificados tendem a estudar o mercado, vendo as pautas que estão vigentes na sociedade, assim eles podem realizar programas que apoiem causas que podem ser ou não de seus clientes. Deste modo, além de conquistar novos públicos, a empresa reafirma sua conduta de preocupação com seus clientes que está mais crítica ao consumir produtos.

Atualmente, muitos consumidores tendem a procurar a procedência das mercadorias a quais elas consomem, pesquisando sobre as empresas, que causas elas apoiam, bandeiras que elas levantam e se elas realmente fazem isso para lucrar, ou se realmente se importam com as causas. Deste modo, reforça que a comunicação não possui, somente, o papel de informar ou de impulsionar o comércio. Os processos de comunicação, mediados por técnicos de comunicação, devem fluir de modo diferente, como um “novo normal” (crítica ao case da Vogue Brasil).

A comunicação em épocas de crises é vital tanto para a saúde como para a economia de uma nação. Apesar disso, o papel do comunicador, seja ele de Relações Públicas ou Jornalismo, vem sendo questionada. Mas o que deve ser realmente feito e debatido em épocas não hostis e atípicas? Para auxiliarmos ainda mais nessas questões, nós da Agência Íntegra queremos indicar algumas leituras rápidas que não só nos norteiam como aprimoram nosso conhecimento sobre a importância da comunicação na sociedade principalmente em períodos de instabilidade.

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Não conhece Jones Machado?

Professor Adjunto do Departamento de Ciências da Comunicação da UFSM (Campus FW). Doutor e Mestre em Comunicação Midiática (UFSM), bacharel em Relações Públicas (UFSM). Pesquisador do Grupo de Pesquisa em Comunicação Institucional e Organizacional (CNPq/UFSM) e Membro do Grupo de Pesquisa em Estratégias Midiáticas Organizacionais (EstratO). É autor/organizador de cinco livros na área de gestão cultural, dez capítulos de livros nacionais e internacionais e dez artigos na área de comunicação digital e comunicação de crise. Tem interesse na Área da Comunicação, sub-área de Relações Públicas e Comunicação Organizacional. Pesquisa em andamento envolve os temas: estratégias de comunicação, visibilidade midiática, mídias digitais, convergência midiática, comunicação de crise e práticas de Relações Públicas na ambiência da internet.

Informações coletadas do Lattes em 31/01/2020

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