Neste episódio, vamos falar sobre a atuação do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e como os profissionais estão trabalhando para a população diante o Covid-19.
Na produção e apresentação, estamos Ananda Zouain, Cristiele Braga e Victor da Matta.
Produto da disciplina de Políticas Públicas em Comunicação do curso de Jornalismo.
Orientado pela professora Claudia H. de Moraes.
Em tempos de Pandemia do novo Covid-19, as ações dos governos municipais, estaduais e federal, devem priorizar a saúde e as condições de vida dos trabalhadores e de toda população. Porém, no Brasil, o desemprego, o subemprego, a ausência de moradia, de abastecimento de água e de saneamento básico são situações que ainda prevalecem, o que acaba atingindo a população menos favorecida. Mesmo com essa calamidade pública, é fundamental a atuação do Conselho Federal de Serviço Social, que garante pela Lei de Regulamentação da Profissão e com o Código de Ética, continuar os serviços sociais nas comunidades, como o acesso aos serviços de saúde, assistência e previdência social, benefícios eventuais para a manutenção da vida, além disso, o atendimento psicológico e social à distância que também está ativo, é uma opção.
As Comissões de Orientação e Fiscalização (Cofi) do CFESS e dos CRESS, juntamente com outras comissões e as assessorias jurídicas, têm se debruçado a debater e apresentar respostas às variadas demandas dos/as assistentes sociais de todo o país, que trabalham diretamente com a população nas diferentes políticas sociais e equipamentos públicos e estão na linha de frente no combate à Covid-19.
Em meio a pandemia global, além de serviços sociais, as Organizações não Governamentais (ONGs) possuem um papel fundamental na nossa sociedade, se mobilizam para arrecadar mantimentos, com o intuito em ajudar famílias de baixa renda, em que a grande maioria não possui um emprego formal. Além de comida, as ONGs buscam levar às comunidades, serviços de assistência social, educação complementar, produtos de higienização, entre outros.
Segundo uma reportagem que foi mostrada pelo Fantástico, o Auxílio emergencial revela que 46 milhões de brasileiros são invisíveis aos olhos do governo, em que muitos não se enquadram nas regras e não estão em nenhuma lista do governo, ou seja, sem o acesso à internet, desempregados, autônomos, trabalhadores informais, muitos não têm conta em banco nem cpf ativo, ou seja, essas pessoas muitas vezes são ajudadas por ONGs e projetos sociais, como por exemplo a Central Única das Favelas (CUFA), que promove diversas atividades. E nesse momento de crise que estamos vivendo, a CUFA (que é reconhecida nacionalmente) está levando cestas básicas para famílias carentes de diversas regiões do Brasil.
Podemos destacar algumas ações do Serviço Social e o constante trabalho em campo para combater o avanço da Covid-19. Como exemplo, assim como para ressaltar a importância desses profissionais e desse órgão público, a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, iniciou a produção e entrega de máscaras de proteção para pessoas em situação de rua abrigadas no espaço de acolhimento do Sambódromo, idosos de comunidades hospedados no hotel da Barra, abrigados em hotéis populares, além dos funcionários da SMASDH que trabalham diretamente com a população nestes equipamentos. Foram distribuídas cerca de 700 máscaras, das 4 mil que já foram confeccionadas, esterilizadas, embaladas e que serão destinadas a estes profissionais e acolhidos na rede.
Também iniciaram o projeto “Saúde na escuta” para oferecer assistência psicológica aos profissionais da rede municipal de Saúde que estão na linha de frente do combate à pandemia de coronavírus.O serviço funcionará por telefone ou por videoconferência, todos os dias da semana, 12 horas por dia, com duração de três meses. Cerca de 30 profissionais atuam no projeto e estão organizados em turnos, seguindo todos os protocolos sobre o tema. “O grupo dará suporte emocional aos profissionais que estão no front da batalha. Para sustentar o isolamento social necessário, todo o processo será online. Trata-se de uma experiência nova, mas cabe a nós buscar maneiras de ajudar os profissionais a lidar com a dor desse ofício nesse momento da vida – afirma Hugo Fernandes, psiquiatra e Superintendente de Saúde Mental da SMS”.
