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A luta pela inclusão



Andréa Ortis – andreac_ortis@hotmail.com
Daniela Huberty – danihuberty@gmai.com
Mariana Henriques – mariananhsm@yahoo.com.br

Os desafios são muitos para os acadêmicos portadores de necessidades especiais da Universidade Federal de Santa Maria. A Ação Afirmativa B, que entrou em vigor no ano de 2008, tem como objetivo reservar vagas para esse tipo de alunos. A cada ano, a procura de vagas por esses alunos aumenta significativamente, exigindo maior infraestrutura. São necessárias, primeiramente, rampas de acesso e elevadores nos prédios para cadeirantes, intérprete/tradutora de libras para os surdos e material em braile para deficientes visuais.

A Universidade possui uma infraestrutura adequada, porém, é preciso avançar. Uma dificuldade enfrentada é o acesso à Biblioteca Central, “já que não é possível chegar ao acervo”, conta o cadeirante e estudante do 5º semestre do curso de Filosofia , Diogo Stangherlin.

Apesar dos problemas, a Universidade é modelo, hoje, na inclusão dos alunos surdos. Ao total, são 12 alunos surdos e até o final do ano serão 14. Isso mostra que a instituição está apta a receber alunos com esse tipo de deficiência. No entanto, a falta de intérpretes é um obstáculo a ser superado, já que no momento são apenas duas intérpretes efetivas que trabalham com os dois professores efetivos surdos. Para os alunos, há intérpretes contratadas através de prestação de serviço terceirizado. “A luta agora é ter intérpretes efetivos para que, a cada semestre, na precise renovar os contratos, pois sai muito mais caro do que chamar os efetivos”, destaca a intérprete/tradutora de libras do curso de Educação Especial, Anie Pereira Goulart.

O Núcleo de Acessibilidade da UFSM faz parte de uma política de inclusão da Universidade para alunos com necessidades educacionais especiais e atende hoje quatro grandes grupos: surdos, pessoas com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades de superdotação. É o Núcleo que dá suporte ao aluno quando a coordenação do seu curso não tem condições.

Não são somente as barreiras físicas que devem ser vencidas. A inclusão de alunos com necessidades especiais no meio acadêmico é uma barreira atitudinal, que deve ser vencida, pois a maioria das pessoas não sabe lidar ou relacionar-se com eles. O importante é que  Universidade inclua cada vez mais esses alunos e ofereça o máximo de estrutura possível para um aprendizado efetivo.

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