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Políticas de gênero impactam positivamente na performance das instituições



Trabalhar com questões de gênero não é confortável para ninguém, “pois exige questionar estruturas de poder enraizadas e desafiar privilégios estabelecidos”, afirma a professora Vera Martins, relações-públicas que tem se dedicado ao desenvolvimento de propostas pedagógicas e políticas voltadas para a equidade de gênero na Universidade Federal de Santa Maria, campus Frederico Westphalen.

Profa. Vera Martins

Para ela, embora a faculdade ainda esteja em um estágio inicial nesse processo, sempre houve uma recepção positiva às ações propostas, o que evidencia um avanço importante dentro da instituição. Vera Martins também destaca a necessidade de o profissional de relações-públicas questionar as representações externas de gênero nas organizações. “É o teu olhar que precisa ir apontando. Olha, a gente está dizendo lá na missão, na visão e nos valores que nós temos diversidade e inclusão. Olha esse anúncio aqui, isso aqui. Está batendo ou não?”, reflete.

Vera enfatiza que, apesar dos desafios, é crucial que as organizações não apenas adotem políticas de inclusão de gênero, mas que as implementem de maneira prática e contínua. Para a professora do curso de Relações Públicas, “não é o nosso papel salvar o mundo nem as organizações. Então, a gente precisa saber que a nossa atuação tem um limite”. Ainda segundo a docente, é “preciso compreender o limite da minha atuação profissional, encontrar as brechas, ver as margens e aproveitar todas as oportunidades, mas não me auto-responsabilizar por algo que está atravessado por forças que são maiores do que as nossas”, conclui ao refletir sobre o papel dos profissionais na implementação de políticas de equidade de gênero.

A professora ressalta, ainda, a importância de as organizações aplicarem políticas de equidade de gênero de forma consistente em seus ambientes de trabalho. Para Vera, além de uma questão ética e de responsabilidade social, as políticas de inclusão de gênero têm um impacto direto na qualidade de vida no trabalho e, por consequência, no sucesso das empresas. “O assédio e a violência no ambiente corporativo afetam diretamente a saúde dos colaboradores. Quando uma pessoa sofre assédio, todos ao seu redor também são afetados”, alerta.

Segundo a professora Vera Martins, essas políticas não devem ser vistas como ações isoladas, mas como parte integrante do processo que leva ao sucesso da empresa no mercado. “Você precisa mostrar para os gestores que a implementação de políticas de inclusão vai impactar positivamente na performance da empresa, seja diretamente, por meio de produtividade, ou de maneira simbólica, como na construção de uma boa imagem e reputação no mercado”, enfatiza.

A docente destaca que é preciso estar capacitado, saber onde buscar informações e ser capaz de elaborar bons projetos de equidade de gênero que comprovem os benefícios dessas ações para a saúde organizacional e os resultados da empresa.

Texto escrito por Ana Valentina Binotto Ferreira, Luane Alvarenga e Millena Nery
Fotografia por Paulo Munhoz

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