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União da minha cidade



União Frederiquense é o resultado da junção de clubes amadores de Frederico Westphalen em busca da profissionalização do futebol de campo.

Feito por: Caroline Schepp, Fillipe Lima Orlando e Tainara Laís Teixeira Pompermaier Gonçalves

Whatsapp: Caroline: 55 8423-4689, Fillipe: 11 96631-3510, Tainara: 54 9285-0471

“Eu fazia excursão a Porto Alegre, era um cara muito apaixonado pelo Inter, hoje eu sou 90% União Frederiquense e 10% Internacional, sempre Inter, mas em primeiro lugar o União, com certeza”, conta Celson Oliveira, de 56 anos, proprietário de um restaurante na cidade.

Brenda Oliveira, estudante de Jornalismo da UFSM-FW e filha de Celson, diz que sua paixão pelo clube foi crescendo junto com ela. “Eu digo que cresci junto com o União, eu era bem pequena. Muitas vezes, vi meu pai deixar o restaurante para acompanhar o time, não só ele como outros moradores fizeram o mesmo”.

Celson Oliveira e Brenda Oliveira com a medalha de ouro do Campeonato Gaúcho A-2 de 2021. Foto: Fillipe Orlando.

Em 03 de agosto de 2010 foi criado o União Frederiquense. Samuel Siqueira da Silva,  radialista e um dos fundadores do time, conta que, depois de um comparativo com outros municípios da região, surgiu o questionamento do porquê Frederico Westphalen não ter um time profissional de futebol de campo. Desde então, o assunto começou a ser tratado nos meios de comunicação locais e rapidamente ganhou a adesão da comunidade.

Até 2017, as partidas foram disputadas no Vermelhão da Colina, estádio cedido pelo Esporte Clube Itapajé. Os confrontos eram assistidos por um público significativo aos domingos; porém, nos dias de semana, o número de espectadores era menor, devido à falta de iluminação nos jogos noturnos. Em 2018 foi inaugurada a Arena União, localizada no interior da cidade.

Nos primeiros meses de existência, o clube promoveu um concurso para realizar a escolha do hino e do mascote. Por meio de votação da torcida e depois da aprovação do Conselho Deliberativo, o leão, desenhado por uma artista local, Sara Spolti Pazuch, hoje técnica em Programação Visual da UFSM-FW, venceu a disputa e tornou-se o símbolo oficial, ganhando vida por meio de torcedores. Em razão do mascote e da localização do estádio, o União Frederiquense passou a ser chamado afetivamente de Leão da Colina.

Leão da Colina, mascote do União Frederiquense. Imagem: site do clube.

As cores do clube frederiquense foram escolhidas a fim de homenagear dois times de futsal da cidade. O vermelho fazendo alusão ao Itapajé, o verde se referindo ao Ipiranga Futebol Clube e o branco simbolizando a união entre as instituições.

Em sua segunda gestão na presidência do União desde 2022, o professor de Engenharia Florestal da UFSM-FW Edison Cantarelli esclarece que os estabelecimentos da cidade incentivam e apoiam o clube por meio de patrocínios, tendo seus nomes estampados em placas publicitárias e camisas de jogo, mesmo que, em algumas ocasiões, não obtenham retorno econômico. Atualmente, o clube conta com cerca de 60 patrocinadores.

Edison Cantarelli, presidente do União Frederiquense, no estádio Beira-Rio (2022). Reprodução: Edison Cantarelli.

Cantarelli destaca que o impacto social causado pela criação do União na cidade é significativo, da economia até o sentimento mais puro de amor. A identificação do torcedor com o clube começa pelas crianças, que são o futuro da instituição, pontua.

O presidente afirma que o clube frederiquense vem se tornando uma maneira de sair da vida corrida e rotineira, sendo tratado como motivo de orgulho para os moradores tanto de Frederico Westphalen quanto da região, que exigem um clube que sempre esteja disputando títulos.

O jornalista Diego Macagnan, egresso da UFSM-FW, transmite seu amor de torcedor do União Frederiquense para seus filhos, incentivando-os a torcer e apoiar o time da região, levando-os para o estádio e os presenteando com camisas do Leão da Colina. Para Macagnan, que acompanha o time desde 2015, o União motivou a  profissionalização da imprensa, pois as rádios da cidade e da região passaram a se mobilizar para transmitir os jogos. Além disso, o jornalista conta que o time dá visibilidade para a cidade, sendo conhecida no estado por ser a casa do União Frederiquense.

Diego Macagnan, jornalista, exibe tatuagem dos filhos vestidos com a camisa do União. Foto: Jardel Vargas / MDEZ360.

O União conseguiu acesso para a série A do Campeonato Gaúcho de Futebol em duas oportunidades, a primeira em 2014 e a segunda, em 2021, após uma campanha de 1 derrota e 19 jogos de invencibilidade. Em 2022, já na elite do Gauchão, o clube frederiquense derrotou o Grêmio pelo expressivo placar de 3×1, registrando um dos maiores públicos da Arena União, atingindo a capacidade máxima. A partida atraiu espectadores do Paraguai e dos estados de Santa Catarina e Paraná, além de ser transmitida para o mundo todo via internet.

Em relação ao tempo de inatividade que o União enfrenta entre as temporadas, a solução encontrada por Cantarelli é realizar competições de categorias de base, funcionando como uma maneira de deixar a torcida em sinergia com o clube, mesmo sem o time principal estar em campo.

Jogo do União Frederiquense com o Guarany, em 2023, pelas quartas de final. Foto: Jardel Vargas / MDEZ360.

Samuel Siqueira da Silva assegura que o clube possui uma das melhores estruturas do sul do Brasil, com gramado padrão Fifa, arquibancadas e área para sócios coberta, além de poltronas estofadas. A Arena União possui sala de fisioterapia, academia e vestiários, com capacidade máxima de 3,2 mil pessoas. O clube possui uma média de público satisfatória e torcedores ativos. O quadro social do Leão da Colina é composto por cerca de 300 sócios. Além disso, o espaço conta um pub para a realização de eventos para sócios.

O União pretende se tornar uma referência na formação de jogadores da região e de fora também, prezando principalmente pelo desenvolvimento do lado cognitivo, proporcionando estrutura para que isso ocorra. O presidente Cantarelli vê a SAF como uma das alternativas que podem viabilizar esse projeto.

Devido a investimentos monetários altos, usados para realizar o aumento da capacidade de torcedores da Arena União, além de contratações de jogadores qualificados que pudessem entregar um time competitivo, o clube frederiquense se encontra em meio a uma crise financeira, com uma dívida avaliada em R$ 5 milhões. Em vista disso, a direção e conselheiros analisam propostas para tornar a instituição uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), ou seja, transformar o clube em uma empresa.

A SAF de um clube pode ser comprada parcialmente ou até 90% de sua totalidade. Com a concretização da venda, o clube passa a não ter mais presidente, que antes era eleito pelos sócios, e sim um dono, que terá poderes de decisões definitivas. A gestão de um clube empresarial é formada por um diretor-geral, diretor financeiro, diretor jurídico, diretor de marketing e, por fim, um diretor de futebol. Samuel Siqueira da Silva afirma que 95% dos torcedores não apoiam a venda do clube para a empresa MDEZ360 SOCCER, gerida pelo empresário Pablo Bueno de Freitas. A justificativa é de que Freitas, o possível investidor, não possui engajamento social, o que é julgado como fator de grande relevância pelos torcedores. O clube e a MDEZ360 SOCCER possuíam uma parceria na gestão de futebol, que se encerrou no dia 01/12/2023.

Em uma entrevista para o jornalista Diego Macagnan, o presidente do clube afirma que, por mais que a parceria tenha sido encerrada, o projeto da SAF juntamente com a empresa não está descartado, visto que, até o momento, é a única a demonstrar interesse na compra.

Breve História do União Frederiquense. Infográfico: Tainara Gonçalves.

 

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