Em junho, celebra-se ao redor do mundo o Mês do Orgulho LGBTQIA+, movimento iniciado em 28 de junho de 1969, nos Estados Unidos, após uma série de protestos que uniu a comunidade LGBT a fim de denunciar a violência policial direcionada a essa população. Muito tempo se passou desde o fim da década de 1960, direitos foram conquistados e avanços culturais foram concretizados. Contudo, o preconceito persiste e faz de Frederico Westphalen uma cidade hostil aos membros desses grupos que aqui vivem.
Uma pesquisa feita pela Agência da Hora mostrou que as políticas públicas e campanhas que promovem o combate à homofobia precisam melhorar urgentemente na cidade: dos 70 moradores ouvidos, 88,6% afirmam já terem presenciado ou passado por uma situação de LGBTfobia, e 61,4% não se sente confortável em praticar atividades de lazer junto aos seus parceiros em público na região.
“Acredito que para tornar Frederico mais inclusivo, a população poderia começar a aceitar a pluralidade de pessoas que a UFSM trouxe. E de como essa pluralidade beneficiou a cidade. Poderiam criar mais ambientes em que pessoas LGBTQIA+ pudessem compartilhar seus afetos, sem julgamento ou olhares repreensivos. A maioria dos locais na cidade são pensados para pessoas hétero”, relata uma das entrevistadas.
A pluralidade proporcionada pela migração de estudantes da UFSM/FW não é representada nas propagandas de empresas locais ou postagens nas redes sociais oficiais do governo da cidade, o que dá continuidade a um pensamento conservador que está enraizado na população frederiquense.
Texto: Ana Alice Viana e Thayssa Kruger
Revisão: Luciana Carvalho