Após mais de um ano de restrições em razão do risco de contaminação pela Covid-19, a vacinação é um passo fundamental para proteção coletiva e individual, e com a população recebendo o imunizante, os estados e municípios estão reduzindo as restrições. Com isso, também surgem as dúvidas sobre o que já é seguro ou não voltar a fazer depois da segunda dose da vacina.
O retorno aos hábitos antes rotineiros, como uma ida ao bar após o trabalho, é algo que hoje gera insegurança mesmo para aqueles que possuem o ciclo de imunização completo. Para explicar o que pode ou não ser perigoso à saúde, entrevistamos o médico infectologista Reinaldo Ritzel, do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).
A volta às atividades necessárias, como ir ao trabalho presencialmente, devem ser mantidas. Então, de acordo com Ritzel, apesar de não existir a possibilidade do risco zero, uma vez que nenhuma vacina oferece proteção de 100% ao indivíduo, o termo que deve ser lembrado é: bom senso.
“Bom senso”, segundo Ritzel, no sentido de que as pessoas que possuem fatores de risco, mesmo com as duas doses da vacina, precisam estar em alerta e se prevenir ainda mais, utilizando máscara e evitando aglomerações. Mas, as atividades importantes e necessárias precisam ser feitas, ressalta o médico infectologista.
Reinaldo avalia de maneira positiva o retorno às atividades, e afirma que em ambientes abertos, as possibilidades de contaminação são quase nulas. Agora, com o avanço da vacinação, se torna ainda mais possível a realização de alguns eventos. “Na medida que isso vai acontecendo, o vírus vai circulando menos e as pessoas vão podendo voltar às atividades e eventos, e tem que voltar sim”, reforça o médico.
Um happy hour com os amigos ou colegas de trabalho, um encontro ao ar livre se tornam possíveis após a imunização. Porém, ainda é necessário seguir as restrições de proteção à Covid-19, principalmente em locais fechados. Como traz a reportagem do Uol, a vacina não é um passe-livre para deixar de usar máscaras e fazer aglomerações, ainda é necessário ter alguns cuidados e também adotar o bom senso que o infectologista Reinaldo Ritzel menciona.
Os imunizantes diminuem as chances de adoecimento e, assim, reduzem a transmissão da doença entre as pessoas. Isso não assegura que as pessoas possam circular nas ruas sem máscara, visto que a contaminação e transmissão do vírus ainda é possível. Assim, Reinaldo afirma que a única previsão que se pode ter é de que a população nunca estará 100% segura e que “risco zero” não existe, pois nada impede que outra pandemia possa vir a acontecer.
Para que todas as atividades voltem com segurança, a população precisa realizar a imunização completa, com as duas doses. E também, não esquecer da dose de reforço. Pois, a vacina é coletiva e a situação só terá mudanças com o esforço de todos. Somente dessa forma, a medida do uso de máscara poderá ser aliviada, como aconteceu nos Estados Unidos (com mais de 50% da população imunizada com as duas doses), e também as atividades poderão retornar ao seu “normal”, incluindo as aulas e eventos nas universidades.
Reportagem: Fernanda Vasconcellos e Júlia de Sá
Revisão: Luciana Carvalho
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