Integrante fala sobre a rotina e os planos futuros da banda experimental de Chapecó-SC
A banda, fundada em 2019, na cidade de Chapecó, formada por Francisco Faganello (guitarra, teclado, violão, violão de 12, bandolim), Eduardo Boufleuer Florencio (bateria, percussão, flauta, teclado, violão), Matheus Dal Puppo (Violão, Viola) e Leonardo Camargo (baixo, violão), enfrenta as dificuldades comuns ao setor na pandemia. Contudo, eles não se deixam abater e seguem com ensaios e projetos para o futuro.
A Pancas Dream nasceu a partir de jams, ou sessões de improviso, que rolavam em um apartamento apelidado pelo grupo como ‘Pancas House’, daí o nome da banda. Os integrantes se propõem a uma mistura de elementos da psicodelia com toques de samba e bossa nova, trazendo instrumentos como a cuíca e o berimbau, por exemplo. Em entrevista ao Culturália, Leonardo Camargo, 23 anos, violonista e baixista, conta sobre a sonoridade da banda: “são quatro membros com diversos interesses distintos (…) respeitamos todo tipo de cultura e forma de música então certamente vamos querer ‘brincar’ com o que surgir”, explica.
Como a música ainda não dá a eles retorno financeiro, todos os integrantes da banda independente seguem trabalhando em outras áreas durante a semana. Os ensaios acontecem geralmente aos finais de semana, na sala de casa, onde se encontram todos os instrumentos, e os amplificadores e a bateria ficam montados, prontos para a ação.
A trajetória da banda é recente e as medidas impostas pela pandemia frearam os primeiros rolês. “Tivemos que aquietar o coração”, relata Léo. “Seguimos firmes compondo sim, já que não dá pra sair tocar, é importante seguir tocando em casa e sempre escrevendo”, complementa.
Hoje, a Pancas conta com duas versões de demonstração (populares ‘demos’) lançadas no SoundCloud, que carregam essa pegada inicial e experimental. Uma delas conta com a produção de um videoclipe igualmente tomado pela energia ‘make it yourself’, ou ‘faça você mesmo’. Perguntado sobre os planos futuros para a banda, Léo responde com entusiasmo: “é ir pro rolê mesmo, tocar pra caramba por aí, no que surgir, e começar a produzir as músicas. A ideia é lançar o primeiro álbum o quanto antes”, finalizou.
Reportagem: Camila da Silva Oliveira
Matéria produzida na disciplina Redação Jornalística II, do curso de Jornalismo do Campus da UFSM em Frederico Westphalen, no 1º semestre de 2021, ministrada pela Professora Luciana Carvalho.