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UTI’s lotadas: por que isso impacta na vida de todo mundo



Os primeiros meses de 2021 foram marcados pelo rápido avanço da Covid-19 nos municípios brasileiros. O Rio Grande do Sul é um dos estados mais afetados. A região de Frederico Westphalen sentiu os efeitos da ocupação nos leitos de Unidade Tratamento Intensiva (UTI)  do Hospital Divina Providência (HDP).  A Agência Da Hora conversou com a Direção do Hospital para entender por que isso impacta na vida de todos.

No último dia 05, a imagem de uma conversa entre mãe e filha em um aplicativo de mensagens repercutiu na mídia, demonstrando de forma explícita a gravidade do cenário brasileiro no enfrentamento à pandemia. A breve despedida que a filha teve com a mãe, foi por meio de mensagens de texto em que a mãe afirma que precisava de um leito de UTI, porém não tinha nenhum lugar vago para ela. As duas viviam em Esteio, município gaúcho que sofre os efeitos do agravamento da covid-19, explicitando a preocupação dos profissionais de saúde que apelam para sociedade civil seguir as recomendações, para que tristes despedidas como essa não se tornem comum em todo o país. 

Conversa entre mãe e filha no RS emocionou leitores. Fonte: BBC Brasil

Por todo Rio Grande do Sul é perceptível o aumento do contágio pela covid-19, e na região de Frederico Westphalen não é diferente, a preocupação quanto à superlotação de leitos de UTI é acontecimento inédito para os profissionais da área. Segundo a diretora geral do Hospital Divina Providência, a instituição iniciou as atividades na UTI em janeiro de 2020, e hoje possui 115 leitos exclusivos para pacientes com covid. 

A última divulgação dos dados sobre leitos para os casos de covid demonstra em números o cenário preocupante do estado.

Dados mostram situação preocupante. Fonte: Secretaria de Saúde RS (SES)

A principal diferença da superlotação no momento que estamos vivendo em relação ao período anterior à pandemia é como a ocupação dos leitos de UTI interfere no tratamento dos outros pacientes, mesmo que não estejam contaminados, já que caso precisem de um leito não poderão ser atendidos de forma adequada, explica a Diretora Geral do HDP, Roselei Enderlei. Ou seja, se alguém sofrer um acidente de trânsito ou tiver um infarto, pode não ter leito disponível devido à superlotação. Roselei afirma que a ocupação dos leitos começou no final do mês de fevereiro e início de março, acompanhando o ritmo da pandemia de modo geral no país. 

O HDP recebe pacientes de toda região. “Além disso, a UTI da casa de saúde está cadastrada no Sistema de Gerenciamento de Internações do Estado (Gerint). Esse sistema realiza a busca por vagas em Hospitais de todo Estado, a partir de um mapa de ocupação dos leitos em tempo real. Deste modo, quando há vagas, o HDP pode receber pacientes de qualquer cidade do Rio Grande do Sul que necessite de um leito”, esclarece. A diretora informou, ainda, que O HDP também precisou isolar um andar inteiro para conseguir dar conta da demanda de atendimentos Covid. 

Os recursos que chegam ao HDP são destinados exclusivamente para o enfrentamento da pandemia, ou seja, aquisição de equipamentos para o sistema respiratório, medicamentos e materiais necessários para o tratamento de pacientes Covid-19, além dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para os profissionais, já que a demanda no uso diário aumentou significativamente com a pandemia do novo coronavírus. 


Médicos também precisam se cuidar

Outra perspectiva que a pandemia revela é a realidade vivenciada por profissionais da saúde que convivem com o risco de contaminação, até mesmo de forma indireta, como é o caso da médica oncologista Caroline Kist. Apesar de não atender diretamente os pacientes da covid, a médica permanece atuando com seus pacientes oncológicos na cidade de Ijuí, Rio Grande do Sul. Segundo ela, a responsabilidade que assumiu com seus pacientes é um fator crucial na sua decisão. Até ouviu de um paciente “se cuida pra cuidar da gente”. “Então, tenho que me cuidar em prol dos meus pacientes”, destaca.

 

Reportagem: Camila Amorim e Fernanda Vasconcellos.

Edição: Profa. Luciana Carvalho

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