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UFSM prepara plano de biossegurança para retorno presencial de atividades administrativas



Medida atende à normativa do governo federal

 

Em função da pandemia da covid-19, as universidades e institutos federais estão com as atividades presenciais suspensas, sem previsão de retorno. Aulas, trabalhos de pesquisa e extensão, e a maioria das atividades administrativas, no entanto, são realizadas de modo remoto. Na UFSM, o calendário acadêmico prevê que aulas presenciais voltem somente após fevereiro, quando encerra o segundo semestre de 2020, realizado por meio do Regime De Exercícios Domiciliares Especiais, o REDE. E, ainda assim, a Reitoria sempre deixou claro que não haveria retorno presencial sem condições sanitárias. Na última semana, uma Instrução Normativa (IN) publicada pelo Ministério da Economia gerou uma sensação de insegurança em professores, técnicos e estudantes de instituições federais de todo o país. A IN número 004 previa que as atividades administrativas deveriam retornar dia 04 de janeiro em todos os órgãos federais. 

Ao tomar contato com a normativa, a Reitoria da UFSM orientou as direções de unidade que elaborassem, ainda no mês de dezembro, planos de retorno de seus servidores, técnicos e docentes. Ao mesmo tempo, o Gabinete do Reitor emitiu uma nota sobre a IN, deixando claro que as aulas bem como as atividades presencias da universidade só voltarão totalmente quando for seguro à todos. 

Diante deste cenário, a Agência da Hora entrou em contato com o diretor do campus da UFSM Frederico Westphalen, Prof. Braúlio Caron, e com a vice presidente da comissão setorial de biossegurança, Profa. Gizelli de Paula, para saber como está sendo preparado esse possível retorno às atividades presenciais.  

 

Possíveis datas e medidas de segurança

 

Segundo o diretor da UFSM – Campus Frederico Westphalen, Bráulio Caron, o retorno das aulas presenciais e semipresenciais ainda é incerto. Ele conta que o aumento dos casos de covid-19 em todo o país deve ser levado em consideração e que, portanto, exige coerência da universidade. “É importante nós nos preocuparmos com o retorno em si. Será que todos estarão vacinados para então poder retornar? Vivemos uma incógnita”, disse.

Para ele, outro ponto significativo se dá diante da dificuldade da vacinação em massa que o país enfrenta. À vista do anúncio feito pelo Ministério da Saúde, em que foi dito que profissionais da área da saúde, idosos e indígenas acima de 60 anos devem ser os primeiros a serem vacinados, Caron afirma que “a testagem em massa é importante para todos, mas a gente sabe que isso é impossível. Então vejo que nós temos que seguir o fluxo normal de qualquer outro cidadão. ”

O diretor diz ainda que a elaboração de um possível plano de retorno não possui datas, e que a ideia consentida entre o reitor da UFSM, Paulo Afonso Burmann e as demais universidades, é de retornar “quando tiver condições sanitárias para que a gente possa atender com o mínimo de segurança o nosso aluno, professor e técnico administrativo”, afirma. 

 

O planejamento para um possível retorno das atividades presenciais

 

A vice-presidente da comissão setorial de biossegurança da UFSM-FW, Gizelli de Paula, afirma que todos os campi da UFSM, juntamente com a reitoria, estão discutindo a possibilidade de retorno das atividades presenciais, respeitando as normas estabelecidas no Manual de Segurança da UFSM e tendo até o dia 15 de dezembro para decidir. Gizelli também destaca que esse retorno será gradual e somente os servidores fora do grupo de risco poderão voltar ao seu trabalho presencial, atendendo 50% da sua carga horária e podendo escolher seu turno.

A comissão setorial fez um levantamento dos materiais necessários para a proteção dos servidores e construiu uma cartilha específica com todas as recomendações de cuidado com a covid-19, a qual foi baseada no Manual de biossegurança da UFSM. Apesar da evolução da pandemia ser imprevisível, “a comissão de biossegurança setorial e da sede só vão autorizar um retorno quando, sim, tivermos segurança e equipamentos […] de uso e higiene que nos proteja”, afirma Gizelli.

Sabe-se que ainda não existe um tratamento específico para a doença e as únicas medidas consideradas cientificamente eficazes são as medidas de distanciamento, bem como os cuidados com a higiene, uso de máscara e álcool em gel para proteção individual. 

 

Texto: Alice Rodrigues, Igor Mussolin e Julia de Sá 

Apuração: Igor Mussolin e Julia de Sá 

Edição: Luciana Carvalho 

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