“As fotografias analógicas que compõem este ensaio são o resultado de andanças, olhar atento e visão sensível da realidade”, conta a professora da UFSM, que captou, revelou e tratou cada uma dessas imagens.
Para Raquel Fonseca, as fotografias comportam uma falsa objetividade que, muitas vezes, escamoteiam seu potencial subjetivo, surreal. Essas fotos revelam um pouco da vida parisiense através da particular visão da fotógrafa.
Ao lado, você pode conferir um trecho das anotações de Raquel sobre as fotografias que fez em Paris e, nestas páginas do Ensaio, também poderá embarcar numa viagem pelas subjetividades do real e da leitura.
“Há muitos anos caminho por Paris e do que ela me oferece devolvo-lhe em imagens captadas pelo meu olhar fotográfico. Como muitas cidades, Paris se revela indistintamente bela e intrigante, melancólica e indiferente, esnobe e miserável. Talvez sejam esses os ingredientes necessários para que o sonho não suplante a realidade de uma grande cidade, ainda que esta seja Paris. Paris possui os ruídos e os movimentos das grandes cidades, mas ela soube criar sua poesia que a fotografia sabe revelar de maneira essencialmente fotogênica”. Raquel Fonseca.
Fotografia: Darci Raquel Fonseca