O Grupo Extremus — Dança sobre rodas surgiu na UFSM com o objetivo de ensinar a arte de dançar para pessoas com deficiências que estão em cadeiras de rodas. Desde 2001, todos os sábados os integrantes do grupo vão até o Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade para ensaiar.
Um micro-ônibus cedido pela Pró-Reitoria de Extensão busca alguns dos cadeirantes em suas casas e os conduz para a Universidade. Além de pessoas com deficiência física, no Extremus também participam dançarinos com deficiência intelectual, paralisia cerebral e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Há, portanto, integrantes que não percorrem o caminho sozinhos- são acompanhados por familiares ou responsáveis, devido a sua deficiência mais agravada. Além disso, para reforçar o contato com as famílias, cada dançarino tem uma agenda personalizada, onde ficam anotadas informações relevantes sobre as atividades do grupo, avisos e atividades paralelas que são realizadas.
Chegando ao campus, os bailarinos são recepcionados pela professora Mara Rubia Alves da Silva, coordenadora do projeto, e pelos monitores, que são acadêmicos de diversos cursos da UFSM como Dança, Educação Física, Educação Especial, Artes Cênicas, Pedagogia e Terapia Ocupacional. As atividades começam com uma roda de conversa, seguida do aquecimento. Logo depois, acontece a criação da coreografia e o ensaio. No fim, uma sessão de relaxamento e uma nova roda de conversa.
Durante um ano letivo, os bailarinos e monitores ensaiam e se preparam para a apresentação de uma coreografia, que é realizada com movimentos sobre a cadeira e fora dela, e que pode ser de estilos variados, desde a dança de rua até o estilo tradicionalista.
Em 2016, o espetáculo apresentado foi Rodas da Tradição, que contava com elementos da dança tradicional, além de costumes e lendas gaúchas. As fotografias dessa apresentação você pode conferir no site da Arco.
Repórteres: Jocéli Bisonhim Lima e Júlia Goulart
Fotografias: Rafael Happke
Confira o ensaio completo na versão flip