Ir para o conteúdo Revista Arco Ir para o menu Revista Arco Ir para a busca no site Revista Arco Ir para o rodapé Revista Arco
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

Sob duas rodas

Meio de transporte, brincadeira de criança, hobby, opção sustentável e econômica. Conotações não faltam na hora de definir para que a bicicleta serve e os espaços que ela ganhou desde a sua invenção. A propósito, quando foi mesmo?



O primeiro projeto de bicicleta de que se tem conhecimento data de, aproximadamente, 1490 e foi atribuído a Leonardo Da Vinci. Hoje se sabe que o desenho, descoberto em 1966, é de um monge.

A história da bicicleta, propriamente dita, começou por volta de 1790, com a invenção do celerífero. Criado pelo Conde de Sivrac, ele era construído todo em madeira e possuía duas rodas ligadas por uma viga, em que se podia sentar. Embora houvesse um suporte para apoiar as mãos, o celerífero não contava com sistema de direção.

É ao Barão Karl von Drais, no entanto, que muitos creditam o título de inventor da bicicleta. Em 1817, ele adicionou um sistema de direção ao celerífero, criando a draisiana. Com maior capacidade de equilíbrio e um sistema de freios – embora ainda rudimentar –, o deslocamento sob duas rodas se tornou mais seguro.

Em 1840, a draisiana ganhou versão com pedais, em uma adaptação do ferreiro Kirkpatrick Macmillan. A pedalada, porém, ainda apresentava desconforto e certa dificuldade na hora do equilíbrio.

No ano de 1855, Ernest Michaux recebeu uma draisiana para conserto. Ao pedir para que o seu filho a testasse, percebeu a oportunidade de fazer uma alteração no sistema de propulsão: ligar pedais diretamente à roda dianteira. Dez anos mais tarde, foi ele quem criou a primeira fábrica de bicicletas do mundo: a Biciclos Michaux.

No contexto da Revolução Industrial, já em 1868, surgiu um novo modelo, baseado em um biciclo Michaux, apelidado de “chacoalhador de ossos”. A proposta era de James Starley, um apaixonado por máquinas. A confecção passava a ser em aço, e a roda dianteira era enorme, muito maior que a traseira. Logo o modelo ganhou versões personalizadas, em que as medidas da bicicleta eram adequadas ao ciclista.

As preocupações com a segurança também foram decisivas para que a bicicleta chegasse aos modelos que conhecemos hoje. Com o passar dos anos, diversos autores e alterações fizeram com que as duas rodas ganhassem o mesmo tamanho e garantissem mais estabilidade à engenhoca.

Já no fim do século XIX, mais precisamente em 1888, o inglês John Boyd Dunlop criou a patente para o pneu com câmara de ar. A bicicleta ganhou em conforto e popularidade, embora essa não tenha sido uma constante até os dias de hoje.

Não se sabe o ano exato, mas foi na década de 1960 que surgiu uma novidade que voltou a se popularizar no Brasil e no mundo recentemente: as bicicletas comunitárias. A ideia é simples: com estações de bicicletas espalhadas pela cidade, qualquer pessoa pode alugar uma, seja por um dia ou um mês, e rodar por aí. A iniciativa costuma vir acompanhada da construção de ciclovias e de uma mentalidade sustentável, em que as bicicletas podem dividir espaço com os carros e diminuir a poluição do ar.

Na UFSM, os ciclistas – e também pedestres – ganharam espaço em 2014. Ao todo, são aproximadamente 2.200 metros de uma pista multiuso que atravessa o campus de Santa Maria. Que tal ir de bicicleta para a Universidade hoje?

 

Repórter: Daniela Pin Menegazzo

Esta matéria faz parte do projeto Mãos Livres, que foi criado para produzir artefatos culturais bilíngues em língua portuguesa e língua brasileira de sinais (libras), visando a educação pessoas surdas. Confira o vídeo:

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-601-1787

Publicações Relacionadas

Publicações Recentes