Com o propósito de divulgar o conhecimento científico produzido na Universidade, a Revista Arco busca discutir temas de interesse público e aproximar a comunidade acadêmica da sociedade. Só neste ano, o site da revista acumula quase 500 mil visualizações e mais de 50 reportagens inéditas. A produção de conteúdos exclusivos para as redes sociais também faz parte do cotidiano da equipe.
A revista, que completou oito anos em 2021, foi criada pela Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM. Por meio de um visual atraente e do uso de uma linguagem acessível, o objetivo é divulgar e facilitar o entendimento de termos e temáticas encontradas em pesquisas, atividades de extensão e projetos culturais da Universidade. Além disso, promover experiência prática para alunos de diferentes cursos da instituição – com uma equipe formada por bolsistas, voluntários e estagiários, que atuam em áreas como mídias sociais, design gráfico e jornalismo.
Apesar do foco inicial da revista ter sido na publicação impressa – com 11 edições até o momento -, desde 2016 a Arco investe em produções semanais para o espaço digital. Essa integração com o online possibilita o contato com um público mais diverso – de maneira independente a aspectos geográficos. Em 2021, a revista recebeu pedidos de publicação de suas reportagens e ilustrações em diversos livros didáticos, além de ser citada em artigos científicos e sites, como o da Pfizer.
Popularização da ciência
Ao todo, a revista soma seis pedidos de reprodução de seus materiais neste ano O uso de seus materiais por parte de editoras é para integrar livros didáticos de nível fundamental e médio em disciplinas como ciências, química e linguagens. Entre as publicações estão reportagens e ilustrações da Arco. A editora Tempo Composto, por exemplo, solicitou o uso de um infográfico sobre tráfico de animais para integrar um livro de Ciências do ensino fundamental. A revista também foi citada no livro de Linguagens “Identidade em Ação”, da editora Moderna, como exemplo para o ensino de divulgação científica.
Outro material selecionado foi o texto “Chá de boldo pode melhorar os sintomas ou curar a covid-19?”, que irá compor o livro “Projetos Integradores” para crianças do Ensino Fundamental I, a ser lançado pela Editora Moderna. A doutora em Linguística Aplicada, Juliana Vegas Chinaglia, também autora e editora do livro, explica que, para um texto integrar um material destinado às crianças e ao aprendizado, é preciso que ele possua uma boa escrita e tenha uma linguagem acessível.
“O interesse na matéria se deu pelo tema, que se encaixava perfeitamente no que eu estava buscando. Em seguida, verifiquei a qualidade da escrita e achei que o texto tinha uma linguagem boa para ser utilizada com crianças, pois explica os conceitos científicos de forma acessível. Outro ponto que ajudou na escolha do texto foi a sua publicação em uma revista da UFSM, o que dá credibilidade ao livro”, diz Juliana.
Outras reportagens da revista também foram utilizadas por editoras, como a “Alimentos alcalinos ajudam a combater a ação do novo coronavírus?”, que fez parte do Guia de Estudos de Química para o ensino médio da editora Positivo. Já para livros do ensino fundamental foram escolhidos mais dois textos: “Efeitos colaterais do distanciamento físico na saúde mental”, pela editora Saraiva para o livro “Ações Itinerários” de Linguagens, e uma entrevista com um paleontólogo para o livro “Rotas” de ciências da editora Edebê.
A revista ainda foi mencionada em diversos sites na internet, nos quais suas reportagens são utilizadas como referência. O destaque foi a sua menção no site oficial da farmacêutica Pfizer, onde o mitômetro “As vacinas de RNA contra Covid-19 podem alterar o DNA” foi utilizado na composição de um texto sobre fake news e mitos sobre as vacinas. Segundo Maurício Dias, coordenador de Comunicação Social, “A citação da Pfizer para nós é muito gratificante. Ter uma empresa especializada em produção de vacinas usando um conteúdo produzido aqui na universidade para levar conhecimento para seus internautas nos mostra que estamos no caminho certo. É a comprovação que a comunicação institucional está cumprindo o seu papel de fazer com que a ciência e o conhecimento cheguem a todos”.
Além disso, por meio de busca no Google Acadêmico, é possível perceber que a revista atinge estudantes do ensino superior de diversos cursos. A Arco tem mais de 40 citações em textos acadêmicos e suas produções foram citadas em livros digitais e artigos científicos de diversas instituições do país. Alguns exemplos são: o e-book “Diários de Virologia” da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que utiliza uma matéria sobre as pesquisas para criação de vacinas; uma dissertação de mestrado sobre o ensino de biologia para alunos surdos da Universidade de Brasília (UNB) que cita de um texto sobre estratégias de ensino para alunos com surdez; e um artigo científico do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) que tem como referência a reportagem “15 fatos sobre cadáveres que você nem fazia ideia que eram reais”.
Maurício acredita que os textos de jornalismo científico da Revista Arco são mais acessíveis e complementam assuntos recentes que ainda não possuem grande base bibliográfica, por isso estão sendo utilizados em trabalhos acadêmicos. “Isso nos mostra que a revista está sendo buscada por pessoas de qualquer parte do país e, às vezes, até do mundo – e que a sua linguagem é compreensível para pessoas leigas, cumprindo seu objetivo de popularização da ciência”.
Sobre a Arco
Com o propósito de ampliar o seu público e promover um ambiente de aprendizagem dinâmico para sua equipe de estudantes, nos últimos anos, a revista também tem buscado explorar outros formatos jornalísticos. Um deles é a checagem de informação, por meio da editoria Mitômetro – a qual busca combater a desinformação e encontrar respostas para questões que repercutem nas redes sociais e aplicativos de mensagens.
Outro é o formato sonoro, com o podcast Arco no Fone, que tem seis episódios disponíveis nos principais agregadores, como Spotify, Deezer e Google Podcasts. Em 2020, a Arco também lançou sua primeira edição internacional, publicada totalmente em inglês. Ainda, procura manter a interação com o público por meio do envio quinzenal de sua Newsletter.
Atualmente, a revista trabalha no lançamento da sua 12ª edição impressa, que terá como temática central os 60 anos da UFSM. Concomitante a isso, a Arco conta com três publicações semanais no site e com conteúdos exclusivos nas redes sociais. Você pode acompanhar os posts pelo Facebook e pelo Instagram da @Revista Arco.
Expediente
Repórter: Rebeca Kroll, acadêmica de Jornalismo e bolsista
Ilustrador: Luiz Figueiró, acadêmico de Desenho Industrial e voluntário
Mídia Social: Samara Wobeto, acadêmica de Jornalismo e bolsista; Eloíze Moraes, estagiária de Jornalismo; e Caroline de Souza, acadêmica de Jornalismo e voluntária
Edição de Produção: Esther Klein, acadêmica de Jornalismo e bolsista
Edição Geral: Luciane Treulieb e Maurício Dias, jornalistas