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Ilusão de óptica ao ar livre no campus

Grupo AVx utiliza patrimônio arquitetônico para experiências audiovisuais



Grupo AVx utiliza patrimônio arquitetônico para experiências audiovisuais

Fachada da Biblioteca Central foi tela de projeção de imagens (Foto: AVx/Especial)

Você já ouviu falar em projeção mapeada? Pois bem, o video mapping, como é mundialmente conhecido, é uma técnica com uso de projeções multimídia em fachadas de prédios e de casas, grandes estruturas arquitetônicas e até mesmo estátuas. Com isso, modificam-se as formas das edificações a partir das imagens projetadas, e criam-se ilusões de óptica e de perspectivas impossíveis.

Em Santa Maria, tal técnica já pôde ser vista, pela primeira vez, em maio de 2012, na sede da TV Ovo, o sobrado localizado na rua Floriano Peixoto, 267. Já a UFSM recebeu essa projeção, em seu campus sede, pela primeira vez no dia 13 de dezembro de 2019. Naquela oportunidade, a fachada da Biblioteca Central se transformou em um imenso telão para exibir trabalhos do grupo AVx, criado em maio deste ano, no Centro de Artes e Letras, com o objetivo de estudar e produzir audiovisual contemporâneo.

Experiência permite diferentes percepções da arte e da arquitetura (Foto: Calixto Bento)

Projeção em superfícies irregulares

O “Campus Open Mapping” foi uma improvisação audiovisual sobre uma superfície diferente das habituais. Os trabalhos apresentaram diversas linguagens, como animação, performance, dança e vídeo. “O video mapping dialoga com as superfícies projetadas de modo geral. O mais popular talvez seja a arquitetônica. No entanto, essa ideia surgiu motivada por duas aulas de video mapping que ministrei na graduação”, explica o artista visual e integrante do grupo, Calixto Bento.

Conforme os membros do AVx, a escolha da Biblioteca Central se deu devido à posição e à extensão da fachada, o fácil acesso e, principalmente, ao fluxo de público que transita em direção ao Restaurante Universitário, à Casa do Estudante, ao Hospital Universitário e aos demais pontos da UFSM. “Acredito que o video mapping seja feito principalmente para quem está em trânsito, surpreendendo o olhar cotidiano de quem passa por essa arquitetura ressignificada, remodelando a rigidez dos traços urbanos através da fluidez audiovisual”, pontua Calixto.

Como a técnica se utiliza de espaços públicos, a experiência, conforme os integrantes do grupo, ajuda a valorizar o patrimônio público. “Acredito que o edifício da Biblioteca Central, que foi a ‘menina dos olhos’ dos arquitetos que a desenvolveram, devido a sua simplicidade e beleza da sua constituição, em alguns momentos destes 47 anos de história, com a expansão do campus, fique condenada a ser um prédio como outro qualquer”, complementa o artista. 

Frequentadores do campus puderam assistir a diferentes conteúdos audiovisuais (Foto: Karyn Fröhlich)

Um projetor, um computador e um software

Para realizar um video mapping, é mais simples do que se imagina. Bastam um projetor e um computador. O diferencial está no emprego de softwares específicos de projeções mapeadas. Outra questão diz respeito ao contexto da projeção, distância da superfície e iluminação.

O AVx  pretende organizar uma exibição semestral em lugares diferentes. Em fevereiro, o grupo volta a se reunir e planeja uma projeção no bairro Camobi, fora da Universidade. Sugestões podem ser encaminhadas pelo e-mail avxufsm@gmail.com. 

Repórter: Pablo Iglesias, acadêmico de Jornalismo

Editora de Produção: Melissa Konzen, acadêmica de Jornalismo

Editor Chefe: Maurício Dias, jornalista

Fotos: AVx, Calixto Bento e Karyn Fröhlich/Especial

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