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Cotidianos Reconfigurados

Investigação artística sobre o cotidiano é tema de exposição



 

A exposição Cotidianos Reconfigurados é resultado de uma investigação artística proposta pela professora de Artes Visuais Karine Perez aos integrantes do Grupo de Pesquisa Processos Pictóricos (GPICTO), com o objetivo de retratar os cotidianos de cada integrante do grupo. “O desafio consistiu em tentar ressignificar o mundo visível e a aparente monotonia do cotidiano, tornando-os fontes de experiências artísticas reconfiguradas em pintura”, conta Karine, que também orienta o GPICTO.

 

Essa é a primeira exposição do grupo, que teve suas atividades iniciadas no ano passado. Constituído por pesquisadores e estudantes de Artes Visuais da UFSM, o GPICTO abrange investigações práticas e teóricas sobre processos artísticos de criação em pintura. O grupo não explora somente técnicas, mas também debate e compartilha aspectos da arte pictórica. “O GPICTO proporciona a interação com outros artistas, o que muitas vezes durante a academia não é tão recorrente, por estarmos centrados mais em pesquisas individuais e não tão compartilhadas”, complementa a estudante de Artes Visuais Leticia Honorio.

 

Além disso, é a primeira vez que alguns artistas expõem. “Temos participantes no início do ensino orientado do Curso de Artes Visuais e outros já concluindo o curso. A ideia é dar oportunidade para que todos mostrem à comunidade um pouco do que estão produzindo na Universidade”, explica a professora.

 

Cotidianos pelo olhar do Ateliê 1332

 

A professora sugeriu a mesma proposta para os estudantes do Ateliê 1332, que aceitaram trabalhar a temática. Foi nessa conversa em conjunto com um número já definido de participantes que a professora Karine sugeriu a exposição Cotidianos reconfigurados. As obras dos 14 integrantes do grupo ficam expostas das 9h às 17h até esta quarta-feira, dia 26 de abril, na Sala Cláudio Carriconde no prédio 40 do Centro de Artes e Letras.

 

 

 

A obra Reconstrução da memória no espaço foi produzida por Antônio Júnior. O graduando de Artes Visuais e bacharel em Desenho e Plástica explora os lugares que frequentou durante seu intercâmbio em Portugal na Faculdade de Belas Artes de Universidade do Porto em 2016. O artista mesclou suas memórias da cultura portuguesa, do passado e das vivências que teve no intercâmbio. “As linhas e formas dos azulejos provocam esse conflito de informações, semelhante ao que se passa em nosso cotidiano quando a questão é a tentativa de lembrar algo na memória, através do nosso cérebro”, esclarece Junior.

 

“Retratos de Colombina”, Letícia Honorio

 

 

Leticia Honorio, estudante de Artes Visuais e bacharel em Desenho e Plástica, problematiza a construção de um sujeito do feminino que se encontra nas artes. “Parto de uma tentativa de questionar a configuração desse sujeito, que está muito ligado à imagem da mulher pré-estabelecida pela História da Arte, de um domínio sobre o corpo, a caracterização, e a concretização de um padrão de Ser mulher dentro da arte”, explica ela. Sua obra em exposição intitulada Retrato de Colombina traz uma personagem caracterizada por diversas identidades, por um corpo fragmentado, transmutado, reconfigurando, sem a intenção de apresentar uma identidade.

 

“Sem verdades”, Stéfani Scapin

 

 

Expondo pela primeira vez, Stéfani Scapin, acadêmica de Artes Visuais, escolheu representar seu cotidiano através da apresentação de um torso desconstruído e subjetivo.  Através de Sem Verdades,  a artista tem intenção de representar algo que desconstrua os conceitos de um corpo perfeito e deixa seu trabalho aberto para que os(as) espectadores(as)  possam assim fazer suas interpretações.

 

“Hábito”, Karine Perez

 

 

A orientadora do Grupo de Pesquisa também expôs seu trabalho. Sua inspiração partiu da percepção de como repetimos hábitos automaticamente, sem prestar atenção em outros detalhes. A sua figura Hábito encontra-se encoberta e velada, já que o ato de repetirmos certas ações cotidianas pode acabar nos tornando cegos. “Trabalhar figuras veladas é algo já presente no meu trabalho, pois me instigam figuras mais misteriosas, que não possuem um rosto aparente. Assim, a leitura do trabalho não se pauta na fisionomia ou nas expressões faciais, o que pode causar certo estranhamento no público”, revela Karine.

Reportagem e fotos: Julia Goulart

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