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Memória preservada

Arquivologia da UFSM trabalha na digitalização da Hemeroteca da Casa de Memória Edmundo Cardoso



Edmundo Cardoso foi jornalista, memorialista, teatrólogo e pesquisador, além de ter atuado como Avaliador Judicial e Escrivão do 2º Cartório de Civil e Crime da Comarca de Santa Maria. Ele nasceu em 1917 e, durante sua vida, colecionou livros, jornais, revistas, fotografias, documentos, objetos antigos, entre outras coisas, formando assim um Arquivo, uma Biblioteca e um Museu. Após sua morte, em 2002, sua família criou a Casa de Memória Edmundo Cardoso, como forma de homenageá-lo e manter o trabalho de uma vida preservado.

 

Proposto pela Associação dos Amigos da Casa de Memória Edmundo Cardoso, está em desenvolvimento um projeto que deverá digitalizar o acervo de documentos que compõe a Hemeroteca existente no local. O projeto, que é realizado em parceria com o Curso de Arquivologia da UFSM, tem como fundamento o interesse na difusão e acesso público dos documentos.

 

A proposta se baseia na digitalização de cerca de 1500 exemplares dos jornais de Santa Maria mais procurados por pesquisadores, “O Combatente” e “O Estado”. Segundo a pesquisadora Fernanda Kieling Pedrazzi, presidente da AACMEC e orientadora do projeto, “o constante manuseio deteriora os documentos, acarretando na perda progressiva dos materiais”. A solução para manter o suporte original é a utilização de recursos arquivísticos de digitalização, como a higienização dos documento, a captação de imagem por meio de câmera fotográfica em mesa estativa e o envio das imagens para um computador. Esse processo é executado na AACMEC pela bolsista Maria Eduarda Flores, estudante de Arquivologia da UFSM.

Aprovado em edital da Lei de Incentivo à Cultura em dezembro de 2015, o projeto iniciou suas atividades em junho de 2016. Cerca de 40 mil reais foram orçados para a compra de equipamentos necessários no processo de digitalização, como a máquina fotográfica, uma mesa estativa, computadores, impressora e serviços de impressão. O projeto objetiva facilitar o acesso de pesquisadores aos documentos da Casa de Memória, através do representante digital – nome dado pelos arquivistas para a versão digital de um documento. Até o momento, nenhuma imagem foi disponibilizada para a comunidade, visto que os computadores e outros materiais ainda não foram comprados. Uma vez digitalizados, os exemplares precisam ser descritos e catalogados, para que os pesquisadores consigam encontrar o conteúdo de forma rápida e precisa, e só depois serão colocados a disposição.

 

Reportagem: Stephanie Battisti e Kátia Moreira
Infográficos: Nicolle Sartor

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