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Dá para confiar na água?

Pesquisas apontam que 43,7 % da água potável de Santa Maria tem qualidade comprometida



A partir da década de 1970, com o decreto federal nº 79.36, o controle da qualidade de água para consumo humano passou a ser um assunto de saúde pública no Brasil. A ação estabelecia que cabia ao Ministério da Saúde (MS) a definição do padrão de potabilidade da água para consumo da população. Ao perceber uma grande relação entre água contaminada e doenças, o MS definiu 1977 normas e padrões para deixar a água potável nos padrões para o consumo humano, instituindo a primeira legislação federal sobre a potabilidade de água.

 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das doenças que ocorrem em países em desenvolvimento são ocasionadas pela contaminação da água. Para verificar a qualidade da água potável, os pesquisadores se valem de uma série de indicadores, como a contagem de bactérias heterotróficas (as que não produzem seu próprio alimento) – que não podem ultrapassar 500 Unidades Formadoras de Colônia por mililitro (UFC/mL), caso contrário a água está contaminada e indica riscos à saúde.

 

Além disso, em busca da melhor qualidade da água e para se certificar que ela realmente está nos padrões ideais para consumo, os analistas procuram fazer uma série de testes, que funcionam como indicadores auxiliares da água por detectarem microorganismos presentes, assim como Escherichia coli (E.coli) causadoras de muitas doenças. E apesar da maior parte das bactérias heterotróficas não serem da classe das patogênicas, elas também podem representar danos à saúde por deteriorar muitas vezes a qualidade da água através da acidez, odor e sabor desagradável.

Em Santa Maria, pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Bacteriologia do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da UFSM também indicam que muitas doenças vêm do consumo de água contaminada. Da análise de 22 amostras de água advindas de poços artesianos, água hospitalar, água de poço raso, água natural e de caixas d´água de diversas localidades da região, 10 estavam contaminadas. As análises indicam presença de bactérias que ultrapassaram o limite de 500 UFC/mL, número em percentagem de 43,7%.

 

 

Os alunos e pesquisadores envolvidos no projeto acreditam que esses resultados insatisfatórios também podem estar relacionados à falta de informação da população em relação à manutenção, limpeza e higienização dos reservatórios de água. Os especialistas aconselham o uso de filtros d’água para garantir a pureza da água. Thiago Antoniolli, supervisor administrativo de uma empresa de filtros conta que “os filtros são indicados para serem utilizados em águas que atendam à portaria 2914 do Ministério da Saúde, ou seja, uma água pré-tratada que todas as companhias de saneamento deveriam fornecer à sociedade brasileira, mas isso nem sempre ocorre”.

 

Antoniolli lembra que, se uma localidade possui água de qualidade inferior, talvez se tenha que fazer a troca do elemento filtrante, o refil, com mais frequência, e, em contrapartida, se compensa a má qualidade da água fornecida e se garante benefícios para a saúde. Em localidades com água tratada de acordo com as exigências do MS, o refil tem durabilidade entre 6 meses e 1 ano.

 

 

Além de limpa, água alcalina

Outro indicador importante é o pH, potencial de Hidrogênio, uma medida que determina a acidez e a alcalinidade de uma substância. O pH da água é representado em uma escala 1 a 14, onde o dado entre 1 e 6,9 é considerado ácido, e entre 7 e 14, alcalino.

 

 

 

Com o envelhecimento do organismo, a acidez do corpo humano aumenta gradativamente. Nesse processo, os radicais livres, responsáveis pela degradação celular, aumentam, e, consequentemente, aumenta o risco de surgimento de doenças. O câncer, por exemplo, só se desenvolve em ambiente ácido, mesmo ambiente onde se desenvolvem as bactérias.  Uma das formas de prevenção dessas enfermidades é por meio da ingestão de água alcalina.

 

O médico homeopata Ivandelino Sancutos explica que “a água alcalina é melhor absorvida pelo organismo – quem já observou insetos caminhando sobre a água, por exemplo, consegue entender claramente e, com a água alcalina, essa tensão diminui”.


Sancutos explica que é possível produzir água de qualidade em casa, diminuindo a acidez da água que chega pelas torneiras. O processo é simples e barato, e por seus benefícios é essa água é chanada pelo homeopata de “água dos milagres”

 

Josiane Vignatti e seu marido Célio Dal Pizol fazem a água dos milagres em casa e contam que perceberam melhora no funcionamento do intestino, nas gengivas, que deixaram de sangrar, e também na qualidade da pele.

 

Outra forma de alcalinizar o organismo e melhorar a saúde é através do consumo de água com suco de limão em jejum, explica Victor Sorrentino, médico especialista em Nutriendocrinologia e Membro da Sociedade Brasileira de Geriatria Preventiva.

 

O cuidado com a água e com a alcalinização do organismo resulta em diversos benefícios para a saúde: melhora na disposição, rejuvenescimento das células, é antioxidante, combate os radicais livres, melhora a circulação sanguínea, ativa o sistema imunológico, previne doenças, inclusive o câncer,  Alzheimer, doenças cardiovasculares, entre diversas outras, porque equilibra o organismo como um todo.

 

Reportagem: Jéssica Loss e Luíza Tavares
Infográficos: Vitória Rorato
Fotografias: Rafael Happke

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