A Paleontologia é um campo tradicionalmente reconhecido como masculino em todo o mundo. Uma forma de demonstrar isso é bem simples: quando pesquiso o termo no Google Imagens, o algoritmo mostra principalmente homens em campo – mulheres demoram a aparecer nos resultados da busca. Ou seja, influenciados pela representação midiática, associamos a profissão a homens brancos (independentemente de sermos leigos ou escolarizados). Mas será que esse cenário condiz com a realidade da pesquisa paleontológica no Brasil?
Em um resumo publicado em 2017 pelas pesquisadoras Mell Siciliano e Jacqueline Leta, foi observado que, em trabalhos de autoria compartilhada na Revista Brasileira de Paleontologia, “praticamente para cada autor há metade de uma autora”. Essas informações reforçam a predominância de autores masculinos na área da Paleontologia no Brasil.
Outro exemplo é a história dos estudos de roedores no Brasil (área de Paleomastozoologia, na qual eu atuo), que iniciou no século 19, com os trabalhos de Peter W. Lund (1801-1880) e posteriormente com Herluf Winge (1857-1923), ambos naturalistas dinamarqueses. Na década de 1940, após um hiato nos estudos de roedores do Brasil, Bryan Paterson realizou algumas descobertas sobre o grupo de animais. Somente a partir da década de 1960, esses estudos se intensificaram, começando pelos trabalhos de George Gaylord Simpson (1902-1984), paleontólogo e evolucionista estadunidense. Na década de 1980, destacaram-se os trabalhos de Kenneth E. Campbell Jr. e David Frailey, do Museu de História Natural da cidade de Los Angeles.
Atualmente, têm se dedicado ao estudo de roedores caviomorfos (roedores sul-americanos, como chinchilas e capivaras) os professores Ricardo Francisco Negri e Leonardo Kerber. Ou seja, até aqui, todos homens. Após quase dois séculos, eu sou primeira mulher brasileira a também me dedicar a esta área de estudos (em outros países, como na Argentina, existem mulheres paleontólogas que estudam roedores extintos, como María Guiomar Vucetich, Michelle Arnal, María Encarnación Pérez, Myriam Boivin – francesa, mas atualmente trabalhando na Argentina, entre outras).
O coletivo Mulheres na Paleontologia, é composto por docentes, pesquisadoras e estudantes que atuam na Paleontologia brasileira. Foi criado em 2017, sob a coordenação da pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Annie Schmaltz Hsiou, a partir de denúncias de discriminação, violência e assédio relatadas por mulheres da graduação e pós-graduação. Em 2020, essas cientistas criaram o projeto de pesquisa ‘Perfil de Gênero da Paleontologia’, que tem o objetivo de “realizar o levantamento do perfil de gênero na Paleontologia brasileira, compreendendo qual a sua diversidade atual e como esse perfil se alterou ao longo da história da Sociedade Brasileira de Paleontologia”. O projeto busca gerar “argumentos baseados em evidências para debates sobre a estrutura opressora do machismo na academia e no universo científico”, segundo consta nas redes sociais da iniciativa. Alguns dos resultados mostram que há uma diversidade muito grande na área paleontológica (49,4% homens, 47,8% mulheres, 1,9% não-binários, 0,5% homens trans, 0,2% mulheres trans e 0,2% agêneros). Entretanto, ainda há predominância de homens quando comparamos gênero em cada área dentro da Paleontologia (Paleoinvertebrados: 57.1% homens, 42.9% mulheres; Paleovertebrados: 60.1% homens, 39.9% mulheres; Paleoicnologia: 60.5% homens, 39.5% mulheres; Paleopalinologia: 32.3% homens, 67.7% mulheres; Paleobotânica: 40% homens, 60% mulheres; Micropaleontologia: 42% homens, 58% mulheres; Tafonomia: 56.9% homens, 43.1% mulheres).
Recentemente, o coletivo publicou uma Carta Aberta da Rede Mulheres na Paleontologia – PaleoMulheres, em razão de um paleontólogo, servidor público e docente ter sido denunciado por assédio moral e sexual – fato que foi reportado no programa televisivo Fantástico. Nesta carta, as mulheres manifestaram seu repúdio e fizeram solicitações à Sociedade Brasileira de Paleontologia, além de se dispor para auxiliar as vítimas.
Maternidade e Paleontologia
A desconsideração da licença maternidade na aferição de produção acadêmica e científica era um fator importante na produção científica feminina. Apenas no ano de 2021, a plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), possibilitou inserir os registros de períodos de licença maternidade no currículo. Até então, a qualidade e capacidade profissional do cientista, que é medido através da quantidade de publicações e atividades inseridas no Lattes, era mensurado de forma semelhante para homens e mulheres, desconsiderando que as mulheres teriam 120 dias ausentes das atividades acadêmicas por motivos intransferíveis, além de que elas têm que ultrapassar mais barreiras para estruturar suas carreiras do que homens, como dupla jornada, preconceito, competição e segregação. Uma pauta feminista e materna, que finalmente foi conquistada.
Além de tudo que foi citado, a paleontologia possui a necessidade de saídas de campo para coleta de material (outras áreas científicas também têm essa necessidade, porém vou comentar sobre a área na qual eu atuo). Para além do deslocamento até o sítio paleontológico – que exige aptidão física para caminhar longas distâncias, desbravar mata fechada, escalar morros escorregadios ou lamosos -, a coleta de material fóssil necessita de força física para remover um bloco rochoso do chão e transportá-lo até o laboratório. Nesse cenário, o machismo é presente de diversas formas, seja no pensamento das pessoas de que esse é um “trabalho para homens” e que mulheres não são capazes de realizá-lo – portanto, preferem contratar homens para esse emprego; seja quando presenciamos homens constantemente interrompendo nossa atuação para “fazer um trabalho melhor”; ou até no conhecido “mansplaining”, em que homens tentam explicar algo que sabemos – e muitas vezes somos especialistas no assunto.
A maternidade ou a própria manutenção da família e da casa podem afetar a produtividade acadêmica das paleontólogas mulheres, uma vez que algumas saídas de campos podem durar horas, dias ou semanas, o que pode ser um tempo longo para uma mulher que é mãe se ausentar de casa. Essa preocupação ainda não é tão comum para homens, pois eles costumavam ser moldados para se dedicar ao seu trabalho – e apenas isso.
Para as paleontólogas realizarem as saídas de campo, é necessário encontrar um espaço seguro, um familiar ou uma amiga para deixar os filhos. Os campos costumam ser ambientes perigosos para uma criança. Ou seja, a situação exige uma rede de apoio, muitas vezes negligenciada. Tenho certeza que muitas mães já ouviram frases como: “por que resolveu ser mãe agora?”, “deveria ter se planejado melhor”, ou então “uma mãe ausente não é uma boa mãe”. São inúmeras críticas às mulheres cientistasque querem conciliar o trabalho e a família.
“Uma vez feita a opção pela carreira científica, a mulher se depara com o conflito da maternidade, da atenção e obrigação com a família vis-a-vis as exigências da vida acadêmica. Algumas sucumbem e optam pela família, outras, pela academia, e um número decide combinar as duas. Sobre essas últimas, não é necessário dizer quanto têm que se desdobrar para dar conta não apenas das tarefas múltiplas, mas também para conviver com a consciência duplamente culposa: por não se dedicar mais aos filhos e por não ser tão produtiva quanto se esperaria (ou gostaria). (VELHO, 2006, p. xv, retirado de Silva e Ribeiro, 2014)
Para exemplificar, pedi à minha orientadora da graduação, a professora da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) Paula Dentzien-Dias, que me enviasse uma foto de alguma situação relativa à maternidade, visto que ela recentemente tornou-se mãe do Vicente. Ela me enviou esta imagem, um frame de um vídeo para aula prática de uma disciplina de Icnologia atual e fóssil da Pós-Graduação em Oceanologia que ela ministra. Ela se deslocou até o local onde seria realizada a aula prática de campo com os alunos, se não estivessemos em pandemia, para fazer a gravação e levou o Vicente junto – e ele acabou aparecendo sem querer no vídeo.
O “Teto de Vidro”
A autora Londa Schiebinger utiliza a expressão “teto de vidro” para se referir, como metáfora, à “barreira supostamente invisível que impede as mulheres de atingirem o topo”, pois não existem barreiras físicas que explicam o porquê de as mulheres não conseguirem avançar profissionalmente na mesma proporção que os homens.
Além disso, é válido destacar que a ciência ainda permanece com uma estrutura patriarcal, baseada em um “modelo masculino” de carreira, com valores e padrões também tidos como masculinos. Isso seria aquele modelo em que a ciência deve ocupar o tempo integral das nossas vidas, já que homens estruturalmente ainda não possuem a responsabilidade da casa e da família. Esse modelo dificulta e limita a participação feminina na ciência. As pesquisadoras Silva e Ribeiro escreveram um artigo intitulado “Trajetórias de mulheres na ciência: “ser cientista” e “ser mulher” no qual trazem a ideia de Fanny Tabak sobre a dificuldade de ser uma mulher cientista, ainda no século 21: “é muito mais difícil para a mulher seguir uma carreira científica numa sociedade ainda de caráter patriarcal e em que as instituições sociais capazes de facilitar o trabalho da mulher ainda são uma aspiração a conquistar’.”
E talvez estejamos pensando: “como fazer para quebrar o ‘teto de vidro’”? Essa é uma pergunta que não tem uma resposta precisa, mas muitas atitudes que tomamos no nosso dia a dia podem influenciar na fragilidade que este vidro possui – e facilitar a sua quebra total no futuro. Por exemplo, podemos buscar exemplos de mulheres cientistas para mostrar o que é ciência; buscar parcerias femininas para trabalhos; incluir mulheres nas suas pesquisas; divulgar a ciência feita por mulheres e as próprias cientistas; dar oportunidades para mulheres na iniciação científica; respeitar o tempo e ter empatia por mães cientistas; mostrar para colegas quando eles têm uma atitude machista; introduzir na ciência uma perspectiva de gênero; reforma curricular na ciência, abordando temáticas de gênero; entre muitas outras atitudes. A ciência não é neutra.
Dentro da paleontologia, é importante destacar algumas ações fundamentais: contratar paleontólogas e geólogas para trabalhos pesados e de campo; repreender quando ouvir alguma frase machista, como “preparar um fóssil exige delicadeza e, por isso, é um trabalho feminino”; não excluir mulheres das saídas de campos; não fazer comparações sobre capacidade e esforço físico entre homens e mulheres; ao presenciarem comentários ou piadas sobre uma mulher no campo, repreender imediatamente; não se oferecer para carregar alguma ferramenta, mochila e equipamento só porque é uma mulher; na dúvida, se ainda houver, trate sua colega da mesma forma que você trataria seus colegas homens. Nós não precisamos de ajuda, conseguimos fazer tudo sozinhas, sim! O que precisamos é de respeito.
“O preconceito de gênero, como produto social, cultural e histórico, que institui e determina constantemente uma imagem negativa e inferiorizada das mulheres, nem sempre se dá de forma explícita; muitas vezes, ele se dá de forma velada, sutil, e aí residem, justamente, sua força e eficácia.” (Silva e Ribeiro, 2014)
A seguir divulgarei o trabalho de algumas cientistas, paleontólogas e estudantes. Que seja uma fonte de inspiração às nossas meninas e mulheres para que consigam quebrar o “teto de vidro” e ocupar espaços que, por muito tempo, foram ocupados por homens devido à disparidade de gênero. De antemão, peço desculpas às cientistas que não citei por mero esquecimento ou porque nossos caminhos ainda não se cruzaram. Todas vocês são importantes! Alguns textos foram retirados e adaptados dos currículos Lattes das pesquisadoras, outros do site do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da UFSM e outros, ainda, foram enviados pelas próprias paleontólogas.
Paula Dentzien Dias: Professora associada da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), com atuação no Programa de Pós-Graduação em Oceanologia e líder do Grupo de Pesquisa em Icnologia. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Paleontologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Icnologia (estudo de vestígios), Permiano, Jurássico, Quaternário, Bacias de Pelotas, Paraná e Parnaíba. Tem atuado na área de extensão e pesquisa, trabalha com icnofósseis, principalmente coprólitos (fezes fossilizadas), e já encontrou espécies novas de actinomicetos (bactérias)actinomisseti e os parasitas de tênia mais antigos de tênia, ambos em coprólitos!
Aline Ghilardi: Paleontóloga com foco em Paleobiologia, Paleoicnologia e Osteohistologia de Vertebrados e atua na área de Divulgação Científica. Ela é criadora da rede “Colecionadores de Ossos”, vinculada às iniciativas Science Blogs e Science Vlogs Brasil, e também realiza divulgação de forma independente em suas redes sociais. Atualmente, Aline é professora adjunta de Paleontologia no Departamento de Geologia e do Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica (PPGG) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Annie Hsiou: Professora associada e livre docente junto ao Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), ligado à Universidade de São Paulo (USP). É membra efetiva da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP) e foi diretora da SBP, ocupando o cargo de vice-presidente (gestão 2017/2019), além de ter sido 1ª tesoureira (gestões 2013/2015 e 2015/2017). Atualmente é a 1ª vice-presidente da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp). Estuda morfologia comparada de lepidossauros fósseis (esfenodontes, lagartos e serpentes) através do Mesozóico e Cenozóico sul-americano. Também atua na compreensão e evolução da biota do Neógeno da Amazônia Brasileira da Bacia do Acre, com ênfase nas faunas de répteis, idade e resolução temporal do Mioceno do norte da América do Sul. É mãe de dois filhos e esteve de licença maternidade entre maio a outubro de 2014 e entre junho e dezembro de 2018.
Ana Maria Ribeiro: Bióloga/pesquisadora da Seção de Paleontologia do Museu de Ciências Naturais do Rio Grande do Sul (SEMA/RS), coordenadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica/CNPq e curadora da coleção científica
de Paleontologia no Museu de Ciências Naturais (MCN), editora da Revista Brasileira
de Paleontologia, docente permanente do Programa de Pós-Graduação em
Geociências na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Programa
de Pós-Graduação em Sistemática e Conservação da Diversidade Biológica (SEMA – UERGS). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Paleontologia de Vertebrados, atuando principalmente nos seguintes temas: sistemática de mamíferos e cinodontes, Triássico e Cenozóico.
Elizete Holanda: Doutora em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) desde 2011. Atualmente é professora associada do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Roraima (UFRR), coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua/UFRR) e orientadora no Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais. Atua principalmente nos temas da Paleontologia da Amazônia e Ensino em Geociências.
Marina Bento Soares: Professora associada Nível 3 do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e orientadora permanente do PPGeo – Patrimônio Geopaleontológico do Museu Nacional
e do Programa de Pós-Graduação em Zoologia do Museu Nacional. Também atua como docente colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Geociências -PPGGeo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tem experiência na área de Paleontologia (Paleozoologia e Paleontologia Estratigráfica), com ênfase em
Paleontologia de Vertebrados, atuando principalmente nos seguintes temas:
Morfo-anatomia, Filogenia, Histologia, Tafonomia e Bioestratigrafia de tetrápodes
fósseis do Permo-Triássico do Rio Grande do Sul. Sua pesquisa tem como foco principal
o estudo dos cinodontes não-mamaliaformes (Therapsida, Cynodontia), como
Exaeretodon, e paleohistologia de tetrápodes fósseis.
Taissa Rodrigues (Mulheres na Paleontologia (@paleomulheres)): Professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) desde 2011, onde realiza atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração. Orienta discentes de mestrado e doutorado em Biologia Animal no Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (PPGBAN) da mesma instituição. Possui graduação em Ciências Biológicas (bacharelado em Zoologia dos Vertebrados) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/2004) e mestrado (2007) e doutorado (2011) em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sua pesquisa tem como foco a anatomia e sistemática de pterossauros e a evolução da biota do Cretáceo. Atua também nos temas da diversidade de gênero na paleontologia e tráfico de fósseis, além de realizar divulgação científica. Atualmente, é podcaster no “Cinema com Ciência”, membra afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e membra dos comitês de Assuntos Governamentais e do Prêmio Alfred Sherwood Romer da Society of Vertebrate Paleontology (EUA).
Ana Emilia Quezado de Figueiredo: Bióloga pela Universidade Estadual do
Ceará (UECE/2005), este em Geociências e paleontologia na Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/2009). É doutoranda em Geociências e Paleontologia na UFRGS. Tem experiência em paleontologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Curadoria, Ensino de Paleontologia,
Icnologia de Vertebrados, Tafonomia de Vertebrados e Taxonomia de Peixes.
Carolina Saldanha Scherer: Doutora em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente trabalha como professora adjunta na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), na área de Paleontologia. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Mamíferos Fósseis, atuando principalmente nos seguintes temas: camelídeos fósseis, ungulados pleistocênicos e mamíferos fósseis.
Dimila Mothé: Doutora em Zoologia pelo Museu Nacional/Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), e Pós-Doutora em Paleoecologia na Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE) e na Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (Unirio). Atualmente faz Pós-doutorado na Unirio com o estudo da
evolução e sistemática de Tethytheria. Tem experiência na área de Zoologia, com
ênfase em Paleontologia, atuando principalmente nos seguintes temas:
Proboscidea, Paleoecologia, Morfologia, Taxonomia, Evolução, Sistemática e
Biogeografia.
Estudantes do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia - CAPPA
Micheli Stefanello: Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/2015), mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal da UFSM e estudante de doutorado na mesma instituição. Desenvolve estudo sobre sistemática e anatomia de cinodontes Probainognathia.
Tiane Macedo Oliveira: Bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do
Pampa (Unipampa/2016), mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade
Animal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e estudante de doutorado na
mesma instituição. Atualmente desenvolve estudo sobre sistemática e
anatomia de Archosauromorpha do Triássico Inferior.
Emmanuelle Fontoura: Bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Rio Grande (FURG/2019). Mestra (2021) e estudante de Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Tem se dedicado ao estudo morfológico de cetartiodáctilos terrestres do Pleistoceno e paleoneurologia de cervídeos. Atualmente desenvolve estudos sobre roedores caviomorfos do Mioceno da Amazônia.
Gabriela Menezes Cerqueira: Bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa/2017), mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas pela mesma instituição (2019) e doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Atualmente desenvolve pesquisa com o uso de proporções corporais como critério taxonômico para Pterosauria.
Débora Moro: Licenciada em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal Farroupilha – Campus São Vicente do Sul (IFFar-SVS/2019), mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/2021), e estudante de doutorado na mesma instituição. Atualmente desenvolve estudos anatômicos e filogenéticos de novos espécimes de dinossauros sauropodomorfos do Rio Grande do Sul, dedicando-se também a estudos paleoautoecológicos dos primeiros dinossauros.
Tabata Freitas Klimeck: Bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR/2017). Estudante de Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Tem se dedicado ao estudo morfológico de Cingulata do Paleogeno da Bacia de Curitiba e da Fauna da Formação Guabirotuba.
Letícia Rezende de Oliveira: Bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/2019) e estudante de mestrado pelo Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Animal na mesma instituição. Desenvolve estudos na área de sistemática de Archosauria.
Lívia Roese Miron: Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM/2019). Estudante de mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada da Universidade de São Paulo (USP). Atualmente
estuda a neuroanatomia de répteis rincocefálios fósseis do Triássico do Rio Grande do
Sul e viventes da Nova Zelândia. Recentemente foi aprovada no Doutorado em Biodiversidade Animal (UFSM).
Estudantes do laboratório de Estratigrafia e Paleontologia - LEP
Lísie Damke: Bacharela e licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/2021). Ao longo da graduação dedicou-se ao estudo morfológico de Loricata basais do Triássico e às atividades de extensão. Recentemente foi aprovada no mestrado pelo PPG Biodiversidade Animal (UFSM) e estudará dinossauros basais do Triássico.
Franciele Fischer Ortiz: Técnica em Controle Ambiental pelo Instituto Federal
Farroupilha – Campus Panambi (IFFar/2019), licenciada em Ciências Biológicas pelo
mesmo Campus (2021). Pós-Graduanda em Docência no Ensino Superior pelo
Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI e mestranda pelo PPG em
Biodiversidade Animal da UFSM. Atualmente desenvolve estudos sobre registros de
Cingulata no Rio Grande do Sul.
Referências:
Casagrande, S. L; Schwartz, J; Carvalho, M. G. de; Leszczynski, S. A. 2005. Mulher e ciência: uma relação possível? Cadernos De Gênero E Tecnologia. ISSN: 2674-5704, v. 1, n. 4
Silva, F. F. da, & Ribeiro, P. R. C. (2014). Trajetórias de mulheres na ciência: “ser cientista” e “ser mulher.” Ciência & Educação (Bauru), 20(2), 449–466. doi:10.1590/1516-73132014000200012
SCHIEBINGER, L. O feminismo mudou a ciência? São Paulo: EDUSC, 2001
VELHO, L. Prefácio. In: SANTOS, L. W.; ICHIKAWA, E. Y.; CARGANO, D. F. (Org.). Ciência,
tecnologia e gênero: desvelando o feminino na construção do conhecimento. Londrina: IAPAR, 2006. p. xiii-xviii.