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Milhopão: PoliFeira valoriza diversidade cultural com pratos típicos venezuelanos

Casal de pós-graduandos da UFSM é responsável pela produção de arepas, empanadas e tequeños



Quem passa pela PoliFeira do Agricultor na Avenida Roraima, em Camobi, nas terças-feiras pela manhã, encontra estampada em uma das tendas uma bandeira nas cores amarelo, azul e vermelho. É a bandeira da Venezuela. No expositor, arepas, empanadas e tequeños, lanches preparados à base de farinha de milho com recheio de proteínas como carnes, queijo e doces. Os sabores típicos da cultura venezuelana compõem a variedade de produtos disponíveis na PoliFeira. 

Colagem horizontal e colorida em tons de amarelo, azul e vermelho. No centro da imagem, em preto e branco, homem de sobrancelhas grossas e escuras, usa touca e máscaras pretas; veste camiseta clara e avental claro. Na frente do homem, dois recortes de taqueños: à esquerda, dois taqueños abertos, e na direita, uma mão com luva de plástico segura seis taqueños. Na frente dos taqueños, um círculo com pontas. Atrás, uma bandeira da Venezuela e uma listra ondulada azul. Há três logomarcas da MilhoPão espalhadas pela colegem. O fundo é branco, com textura de papel amassado.

Milhopão é o nome do negócio criado pelo casal venezuelano Maximiliano Escalona e Nayibel Garcia, estudantes de pós-graduação na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Ele, doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos; ela, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural.

 

Ambos são engenheiros industriais formados na Venezuela. Em 2012, Maximiliano chegou a Santa Maria pela primeira vez para fazer mestrado e, após a conclusão, voltou para seu país. Segundo ele, havia a intenção de retornar ao coração do Rio Grande e, em 2017, surgiu a oportunidade de realizar o doutorado também na UFSM, a partir de um edital específico para estrangeiros, e ele veio. Um ano depois, a esposa e seus três filhos também chegaram ao Brasil.

Fotografia horizontal e colorida de um feirante em uma feira de rua. Ele tem pele escura, rosto angular, sobrancelhas grossas e na cor preta, olhos escuros. Usa uma touca preta e uma máscara preta com o símbolo da Polifeira. Veste uma camiseta e avental verdes, com "Polifeira" em branco. Usa uma luva de plástico nas mãos. Com a mão direita, segura uma porção de taqueños, típico salgado frito da Venezuela, em formato de cilindro. Ao fundo, estrutura de metal e telhado branco de uma tenda. Ao fundo, em desfoque, detalhes de árvores e da rua.
Maximiliano serve uma porção de tequeños fritos.

Com a família toda no Brasil e com a chegada da pandemia, em 2020, eles sentiram a necessidade de encontrar uma fonte de renda que contribuísse para as suas demandas econômicas. Passaram a produzir as comidas em casa, de forma artesanal, e vender por tele-entrega. Recentemente, tiveram a oportunidade de se tornarem expositores na PoliFeira da UFSM, bem como de outras feiras populares da cidade, como o Feirão Colonial. 

 

A receptividade aos produtos tem sido boa. Na percepção de Maximiliano, isso se deve ao interesse dos brasileiros em conhecer novos sabores e, para isso, o espaço proporcionado pela feira é muito importante para promover experiências culinárias. “A gente percebe que as pessoas ficam mais interessadas quando você explica pra elas o que é cada coisa que colocamos para venda”, explica.

 

O trabalho que realizam vai muito além de vender, pois ao apresentar os sabores também estão compartilhando sua cultura, história e tradição. É o que confirma Geórgea Quevedo que, após experimentar as empanadas pela primeira vez, se tornou cliente. “Eu nunca tinha provado, mas amei. Eles têm opções bem diferentes”, comenta. Para ela, a PoliFeira se diferencia justamente pela diversidade cultural que apresenta por meio dos produtos oferecidos pelos feirantes. 

 

Conforme Gustavo Pinto da Silva, coordenador da PoliFeira, o projeto tem a intenção de promover a ampla participação da comunidade e também trazer novos significados para as experiências alimentares. A MilhoPão cumpre com esses elementos: “Eles trazem uma riqueza pra feira que tem a ver com a diversidade cultural da Venezuela”, afirma Gustavo. O edital pelo qual ingressaram na PoliFeira é destinado a estudantes da UFSM e busca oferecer um espaço de fortalecimento ao empreendedorismo entre os alunos. 

Maximiliano explica que manter o negócio tem sido um desafio já que, além da produção e venda, eles também têm o compromisso com os estudos e atenção com a família. Ainda assim, destaca que há planos de ampliação da produção para o futuro. 

 

No momento, os produtos oferecidos são as arepas, empanadas e tequeños de sabores variados. São refeições versáteis da culinária venezuelana e podem ser consumidas tanto no café da manhã, como no almoço ou no jantar.

Arepas: Discos feitos de farinha de milho branco ou amarelo. Podem ser fritas ou assadas com recheio salgado.

Fotografia quadrada e colorida de uma arepa sendo montada. No centro, um salgado circular frito, aberto ao meio, é recheado com carne.

Empanadas: Pastel em formato de meia lua, feito de farinha de milho branco ou amarelo. São fritas e crocantes, com recheio salgado.

Fotografia quadrada e colorida de empanadas, tipo de salgado típico venezuelano parecido com um pastel.

Tequeños: “Dedinhos” enrolados feitos com farinha de trigo. São fritos e com recheios variados, doce ou salgado.

Fotografia quadrada e colorida de taqueños, salgados típicos venezuelanos, fritos e em formato circular. A mão de um homem segura uma porção de taqueños.

As comidas estão disponíveis na banca da Milhopão na PoliFeira, que ocorre todas as terças, das 7h às 12h30, na Avenida Roraima. Também é possível realizar encomendas dos alimentos prontos ou congelados para preparar em casa pelo telefone (55) 99704-2016 ou pelo perfil no Instagram.

Expediente

Reportagem: Caroline de Souza, acadêmica de Jornalismo e voluntária

Fotografias: Luís Gustavo Santos, acadêmico de Jornalismo e voluntário

Design gráfico e Tratamento de imagem: Ana Carolina Cipriani, acadêmica de Desenho Industrial e voluntária

Mídia Social: Eloíze Moraes, acadêmica de Jornalismo e bolsista; Caroline de Souza, acadêmica de Jornalismo e voluntária; Alice Santos, acadêmica de Jornalismo e voluntária; Rebeca Kroll, acadêmica de Jornalismo e voluntária; e Martina Pozzebon, acadêmica de Jornalismo e estagiária

Edição de Produção: Samara Wobeto, acadêmica de Jornalismo e bolsista

Edição Geral: Luciane Treulieb e Maurício Dias, jornalistas

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