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Mais informação, menos bugios mortos

Professora cria projeto para explicar que macacos não transmitem febre amarela



Os bugios são considerados sentinelas dos seres humanos quando se trata da febre amarela. Eles são chamados assim por serem mais sensíveis à doença e os primeiros infectados. O local de sua morte deixa indícios sobre a circulação do vírus na região e alerta os órgãos de saúde para que tomem as medidas necessárias no combate à febre amarela. Apesar disso, muitos desses animais acabam mortos por pessoas que acham que eles são os transmissores da doença. Em 2009, no último surto de febre amarela silvestre ocorrido no Rio Grande do Sul, vários bugios morreram em razão da doença, mas também devido à falta de informação das pessoas. A professora do curso de Ciências Biológicas da UFSM de Palmeira das Missões Vanessa Barbisan Fortes afirma que em 2004, quando realizou a pesquisa de campo para o doutorado, a população de bugios no Campo de Instrução de Santa Maria (CISM), uma área pertencente ao Exército Brasileiro, era de mais de mil macacos nesse local. Ela também participou de outro estudo, coordenado pelo professor de Ciências Biológicas da PUCRS Júlio César Bicca Marques, que apontou que entre os anos de 2012 e 2014 havia cerca de 300 bugios nessa mesma região, uma drástica redução da população. Vanessa estuda ecologia e comportamento de bugios em Santa Maria há 20 anos. Ao considerar essas questões, ela criou o projeto de extensão Bugios, mosquitos e febre amarela: prevenção e contribuições ao monitoramento epidemiológico da doença em áreas de risco no município de Santa Maria, RS, que teve início em maio de 2016. O objetivo é divulgar informações sobre o ciclo biológico da doença e sensibilizar os participantes sobre a necessidade de proteger os macacos. As atividades do projeto incluem palestras em escolas de ensino fundamental e médio no entorno do CISM. No ano passado, três escolas participaram das ações — cerca de 400 estudantes da zona urbana e rural. Os conteúdos abordados são relacionados à transmissão da febre amarela, caracterização dos bugios (ecologia e comportamento), combate ao Aedes aegypti e características dos mosquitos vetores nos ambientes silvestre e urbano. Além do trabalho nas escolas, os integrantes do projeto realizam captura de bugios para coleta de sangue e encaminhamento laboratorial para verificação da presença de anticorpos contra o vírus. São coletados ainda larvas e mosquitos adultos para verificar se há possíveis vetores da doença. O projeto também prevê a realização de palestras para os militares que estão em instrução no CISM e para as comunidades do entorno dessa área. A ações de campo são realizadas em parceria com o Exército. Participam das atividades estudantes de Ciências Biológicas de Santa Maria e de Palmeira das Missões, Engenharia Sanitária e Ambiental, Zootecnia e Técnico em Meio Ambiente. A vice-coordenação é realizada pela professora do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, Marilise Krügel. Repórter: Gabriele Wagner de Souza
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