Em 2018, são celebrados 130 anos da abolição da escravatura no Brasil. Apesar disso, os espaços ocupados por negros e brancos em escolas, universidades, mercado de trabalho e demais setores sociais estão longe de se tornarem iguais.
Maria Rita Py Dutra, doutora pelo Programa de Pós-Graduação do Centro de Educação da UFSM, em sua tese Cotistas negros da UFSM e o mundo do trabalho, aponta, com base em dados levantados em 2014 pelo Instituto de Pesquisa Estatística Aplicada (Ipea), que houve redução da desigualdade racial no acesso a ocupações melhores no mercado de trabalho e na distribuição de renda. No entanto, “os efeitos do racismo e da discriminação continuam operando e impedindo avanços na ocupação e remuneração da população negra”, afirma a professora.
Na segunda matéria do Dossiê Consciência Negra, a revista Arco organizou um infográfico com base em dados apresentados por Maria Rita na tese, comparando a realidade de brancos e negros no mercado de trabalho. Confira:
Reportagem: Andressa Motter, acadêmica de Jornalismo
Ilustração da capa e infográfico: Noam Wurzel, acadêmico de Desenho Industrial – A inspiração são as obras de Jean-Michel Basquiat, artista norte-americano que se dedicou às artes das ruas, como grafite, piche e colagens. As questões raciais e a população negra dos Estados Unidos perpassam grande parte da produção do artista, que é negro.