O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado diz que as fotografias são vetores entre o que acontece no mundo e as pessoas que não tiveram como presenciar. Se não fossem as fotos, o que comprovaria que os Beatles atravessaram a Abbey Road nos anos sessenta? Ou que Einstein mostrou a língua para as lentes do americano Arthur Sasse? A fotografia faz perdurarem os momentos e os transmite por gerações.
Na UFSM, pensando na manutenção da memória da instituição, foi criado o Departamento de Arquivo Geral, o DAG, em 1988. No setor de Arquivo Permanente, fotografias e documentos são fontes de pesquisa e recordações para alunos, servidores e comunidade em geral, e guardam a história das mais de cinco décadas da Universidade. Além das que já estão em formato digital, 85 mil imagens em negativos, tiradas entre os anos de 1958 a 2002, compõem o acervo, organizadas por data, evento, personagem e fotógrafo. Os negativos são, gradativamente, transferidos para plataformas digitais e já somam 2.500 imagens disponíveis online.
A preocupação de oferecer condições igualitárias de acesso a esse material para toda a comunidade universitária fez surgir o projeto Retalhos da Memória, em 2015, coordenado pela arquivista do DAG Cristina Strohschoen. Através dele, as imagens já digitalizadas são divulgadas com textos históricos e explicativos. Além disso, acompanham as postagens vídeos em Libras para surdos e audiodescrição de fotografias para cegos.
Diante de um acervo fotográfico repleto de curiosidades, o Ensaio desta edição da Arco é composto por algumas imagens memoráveis da história da UFSM.
Repórter: Andressa Foggiato
Diagramação: Kennior Dias
Fotografia: Acervo DAG/UFSM