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GEOMOB: Nascimento de uma parceria

Laboratório da UFSM desenvolve softwares para o Exército Brasileiro



A apresentação de resultados dos projetos de pesquisa da UFSM determina o fim de um ciclo de empenho e trabalho. No caso do professor Enio Giotto, coordenador do Laboratório de Geomática, a apresentação dos resultados de um projeto voltado para a gestão rural foi o momento que despertou interesse de um parceiro para novos desdobramentos de seus projetos. O professor conta que um General do Exército viu uma apresentação para empresas e produtores de um trabalho relacionado à Doença de Newcastle — uma patologia aviária que causa problemas econômicos: “Nós tínhamos feito todo um levantamento de onde estavam as empresas de aves, os criadores. Ele veio conversar e perguntar se poderíamos fazer um sistema assim para o Exército.”

 

Nascia a parceria. O convênio entre a 3ª Região Militar do Exército (3ª RM), que abrange o Rio Grande do Sul e que possui sede em Porto Alegre, e o Laboratório de Geomática, do Departamento de Engenharia Rural, estabeleceu-se no final de 2006. O Coronel Rogério Pereira Duarte, um dos militares da equipe de desenvolvimento do projeto, fala que pelo fato de a UFSM ser reconhecida como excelente polo de produção do conhecimento, principalmente na área de geoprocessamento, o Exército decidiu firmar o acordo de cooperação com a Universidade.

 

Como fruto, o primeiro software da parceria foi criado. O GeoMob funciona de forma parecida com o CR Campeiro7, o mesmo usado no projeto de gestão rural, também desenvolvido por Giotto, que informatiza os dados para auxiliar na administração de uma propriedade rural. A manutenção do GeoMob é feita a cada dois ou três meses, quando representantes do Exército e os pesquisadores do Laboratório se reúnem. O software é um produto de desenvolvimento continuado, assim ele é testado e os militares pedem modificações conforme as necessidades do Exército.

 

O GeoMob funciona como uma agenda organizada em categorias, chamadas de ‘classes’ na logística militar, que atendem às necessidades do Exército, como saúde, transporte e combustível. O software georreferencia as empresas, ou seja, além de servir como um banco de dados, também localiza hospitais, Corpo de Bombeiros, Polícias Militares, aeroportos, entre outros, geograficamente.

 

O software utiliza tanto mapas do próprio sistema quanto do Google Earth para localizar as empresas próximas, e também nas cidades selecionadas dentro da 3ª RM. Após isso, o Google Maps prevê qual será o percurso, distância e tempo médio de deslocamento. O sistema foi pensado para funcionar internamente nos regimentos militares e servir estrategicamente na elaboração das missões. Além disso, o sistema gera relatórios da base cadastral das empresas que podem ser salvos, impressos ou copiados.

 

Os dados dos locais podem ser consultados online ou offline. Quando a rede está ativa, é possível fazer atualizações, já quando está offline eles são transmitidos pela Base de Dados do Exército, para as tropas e para os carros que necessitam.

 

 

 

 

 

 

 

 

Por exemplo, a missão é se deslocar de Santa Maria até o porto de Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul. O planejamento é feito com base nos dados do GeoMob, que, com o uso do Google Maps indica o caminho a ser seguido. Se no meio da viagem é preciso parar para abastecer, então o soldado aciona a Base de Dados e, via rádio, pede a localização de todos os postos de combustíveis nas imediações. A central localiza o posto mais adequado e retorna com as coordenadas geográficas do posto para o soldado em deslocamento.

 

Com o tempo, outras necessidades das Forças Armadas chegaram ao Laboratório. “Pela demanda de roubo de explosivos e contrabandos, viu-se a necessidade de fiscalização, para isso, foi criado o GEOFPC.”, comenta Giotto. O convênio foi renovado em 2013, e deve se estender até 2018.

 

Repórteres: Mayara Souto e Luan Moraes Romero

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