Classes enfileiradas em direção ao quadro. À frente dele, a mesa do professor, em lugar de destaque. O ambiente exige silêncio e concentração. Apenas o docente fala; os demais ouvem e participam quando é conveniente.
Se você já foi aluno, reconhecerá esse cenário – já que, há séculos, as salas de aula brasileiras estão configuradas dessa forma. Aos poucos, no entanto, novas técnicas e ferramentas ganham espaço. Nas chamadas metodologias ativas, estudantes e professores têm papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem, que se torna mais atrativo, participativo e eficiente.
As mudanças se devem, especialmente, à ascensão de tecnologias na educação. Se antes os conhecimentos científicos estavam descritos basicamente em livros e eram transmitidos oralmente nas salas de aula, hoje podem ser acessados em qualquer lugar e a todo momento por meio da internet. Paralelamente a isso, o avanço das pesquisas em inteligência artificial e programação tem permitido a inserção de atores e ferramentas virtuais mais interativas na educação, como os robôs.
Os novos métodos beneficiam, também, os alunos com deficiência, que hoje ocupam cerca de 40 mil vagas em universidades brasileiras. Na UFSM, esse público enfrenta, diariamente, barreiras físicas, pedagógicas e sociais, que são amenizadas por meio de iniciativas de docentes e projetos locais.
Ainda que existam desafios de ordem cultural e estrutural a serem superados, não há mais dúvidas: o investimento em inovação e acessibilidade em prol do conhecimento traz, aos poucos, benefícios a todos os envolvidos na rotina de ensino das universidades.
Confira as reportagens que compõem este dossiê:
E agora, quem dá aula?
Metodologias ativas colocam o aluno em foco e tornam o ensino mais atrativo
Conectados pelo ensino
A internet e a inteligência artificial em prol do ensino na Universidade
Os novos rumos da inclusão
Instituições de ensino superior públicas brasileiras buscam novos métodos voltados à acessibilidade para pessoas com deficiência