A luz do dia evidencia as belezas do campus da UFSM às milhares de pessoas que por ele passam cotidianamente. No entanto, foram as nuances noturnas que chamaram a atenção de um grupo de fotógrafos santa-marienses.
Por duas noites, as lentes de Cris Fontoura, Karlos Ab, Fabiano Machado, Carlos Rangel e Rafael Beltrame registraram o eixo principal da UFSM, desde o início da Avenida Roraima até o entorno do Centro de Convenções. Campus de estrelas: um olhar noturno sobre a UFSM foi o nome dado ao conjunto de 16 fotografias produzido pelo grupo e que está exposto no Shopping Praça Nova, em Santa Maria, desde o dia 15 de março.
“Pensamos que a UFSM possui um conjunto arquitetônico muito interessante e que se revela surpreendente com as luzes e sombras do ambiente noturno. A Instituição faz parte da identidade de nossa cidade e merecia essa abordagem diferente e, de certa maneira, surpreendente”, destaca Rafael, egresso de Engenharia Elétrica e atualmente docente do Departamento de Processamento de Energia Elétrica do Centro de Tecnologia, na UFSM.
![](https://www.ufsm.br/comunicacao/arco/wp-content/uploads/sites/601/2019/03/Carlos-Rangel.jpg)
Os cinco fotógrafos participantes da exposição fazem parte do grupo Os Elementos, criado em 2017 com o objetivo de reunir amigos que tinham a fotografia como hobby. Atualmente composto por 13 integrantes entre fotógrafos amadores e profissionais, a equipe já realizou a exposição Os 4 Elementos – que acabou dando nome ao grupo – e Os caminhos de Joanilson, ambas na Cesma, em Santa Maria.
![](https://www.ufsm.br/comunicacao/arco/wp-content/uploads/sites/601/2019/03/Cris-Fontoura.jpg)
Para produzir fotografias noturnas, segundo Rafael, um bom tripé é imprescindível. “Como nem todos possuíam, nos emprestávamos. Esse é um dos papéis de um grupo”, destaca o docente e fotógrafo. No registro do campus, cada um usou um modelo diferente de câmera, de super zoom a câmeras de entrada – não sendo necessário equipamento profissional.
Rafael comenta que ambientes urbanos normalmente não são bons lugares para visualizar o céu, pois as luzes da cidade ofuscam as estrelas. Uma solução é usar a técnica de longa exposição na fotografia. Nela, o obturador da câmera – um dispositivo que abre e fecha, controlando o tempo de exposição do sensor à luz – fica aberto por um período longo, que pode ir de um segundo a vários minutos. Assim, é possível fazer com que as estrelas apareçam com nitidez no céu.
![](https://www.ufsm.br/comunicacao/arco/wp-content/uploads/sites/601/2019/03/Fabiano-Machado.jpg)
A fotografia que ilustra a capa desta matéria é da autoria de Rafael, responsável por outras quatro que compõem a exposição. Ao registrar o Memorial do professor José Mariano da Rocha Filho, o fotógrafo quis retratar a beleza do céu noturno, a imensidão de estrelas que os olhos não conseguem ver, principalmente devido à poluição luminosa das cidades. A reitoria, o espaço multiuso e a escultura em forma de bússola, localizada na Avenida Roraima, foram outros pontos escolhidos por Rafael. “Falo como ex-aluno e atualmente docente: a experiência proporcionou-me uma sensação ainda mais intensa de pertencimento à Instituição”, salienta ele.
![](https://www.ufsm.br/comunicacao/arco/wp-content/uploads/sites/601/2019/03/Karlos-Ab.jpg)
As fotografias ficam expostas até o dia 29 de março, no Shopping Praça Nova, das 10h às 22h, próximo ao Empório Amadeo.
Reportagem: Andressa Motter, acadêmica de Jornalismo
Fotografia de capa: Rafael Beltrame
Fotografias: Divulgação