A Arte,
provocativa e volúvel,
pediu às Sociedades diversas – em tempos e lugares distintos –
que a conceituassem;
as Sociedades, presunçosas,
baseadas em seus conhecimentos,
aceitaram o desafio.
Uma a uma as ideias eram quebradas,
um a um os argumentos eram invalidados pela Arte.
A Arte,
incomodativa e desafiadora,
ria das empreitadas das Sociedades,
e, estas, em um ato desesperado,
comum aos que desconhecem,
por medo e ignorância, começaram a atacar a Arte.
Insultos.
Calúnias.
Desrespeito.
E, por fim, a censura.
Contudo,
A Arte,
sagaz e maleável,
sempre contornava a situação.
Como a fênix, das cinzas, renascia.
Diferente.
Estranha.
Incisiva.
A Arte, hoje,
resistência e plural,
segue aguardando um conceito,
segue questionando,
segue propondo,
e, sobretudo, aterrorizando àqueles que decidiram conservar dogmas.
Esta Sociedade falhou – e, assim como as outras, atacou.
Talvez o foco da Arte nunca tenha sido a resposta,
E sim a inquietude do processo.
Enfim…
À Arte:
Moça, você é afrontosa!
Diagramação e Ilustração: Giana Tondolo Bonilla
*Henrique Walter Ribeiro é acadêmico do curso de graduação em Artes Visuais da UFSM. Busca utilizar a Arte – em todas as suas formas – como ferramenta para extravasar pensamentos.