Ir para o conteúdo Revista Arco Ir para o menu Revista Arco Ir para a busca no site Revista Arco Ir para o rodapé Revista Arco
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

Ovo de codorna

Pesquisa mostra que ajustes na alimentação de codornas torna o ovo mais nutritivo



Já dizia o rei do Baião Luiz Gonzaga: “eu quero ovo de codorna pra comer/ o meu problema ele vai ter que resolver”. O ovo de codorna é considerado pela cultura popular como um alimento afrodisíaco. Mesmo que os dados científicos não comprovem essa fama, podemos supor que essa atribuição se deva ao seu amadurecimento precoce – a codorna atinge a maturidade sexual com 45 dias de vida – e sua produção de ovos é mais abundante que a de outras aves – em média um ovo por dia.

 

Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) mostra que substituir o óleo de soja pelo de canola ao alimentar as codornas faz com que a gema do ovo fique mais nutritiva. Durante o experimento, que durou 84 dias, os pesquisadores deram seis tipos de ração para as aves, para depois analisarem as consequências nos ovos.

 

A conclusão foi de que a substituição aumentou a presença de ácido oléico em até 45% na gema. Esse ácido é classificado como ácido graxo monoinsaturado, que entre outras funções, ajuda a eliminar o colesterol ruim (LDL-C), aquele que pode se acumular nos vasos sanguíneos e em casos extremos levar ao infarto.

 

O enriquecimento da gema pelo ácido oléico é benéfico para a nossa saúde tanto porque reduz os níveis de colesterol ruim, como também reduz o açúcar em diabéticos. O que vai ao encontro de estudos anteriores, em que foi comprovado que populações que vivem no mediterrâneo, por consumirem uma dieta rica em ácido oléico, apresentam um número menor de doenças no coração, diabetes e obesidade.

Já com relação à alteração dos níveis de colesterol, ponto também analisado pela pesquisa, não foi possível detectar  aumento nem diminuição significativa com a mudança na dieta das codornas. Contudo, a adição de selênio na dieta das aves, em alguns casos, melhorou a qualidade dos ovos.

 

 

Codorna no prato ou no poleiro?

No Brasil, a carne de codorna representa 54,01% da produção de carnes de patos e outras aves, segundo dados do relatório anual de 2014 da União Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Nessa análise, foi considerado os números de abatedouro de marreco, pato, faisão e galinha d’angola. A menor ave em tamanho não fica atrás quando se compara sua produção de carne com a de pato, que representa apenas 15,09%. Entretanto, a produção de ovos de codorna dá mais retorno do que seu abatimento.

 

 

 

Reportagem: Luan Moraes Romero
Infográfico: Nicolle Sartor

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-601-258

Publicações Relacionadas

Publicações Recentes